Revista do Villa
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Revista luso-brasileira de conteúdo sobre cultura, gastronomia, moda, turismo,
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- FLUP 25: Mano Brown, Majur e Jonathan Ferr são alguns dos destaques da primeira semana da Flup 2025, em Madureira
Mano Brown, Majur e Jonathan Ferr são alguns dos destaques da primeira semana da Flup 2025, em Madureira Shows gratuitos movimentam a Festa Literária das Periferias a partir de quarta-feira (19/11); os ingressos são gratuitos e podem ser retirados diretamente pelo Sympla ou clicando aqui ; o patrocínio master é da Shell Credenciamento para jornalistas, programação completa, press releases, fotos e demais materiais de apoio à imprensa estão disponíveis no www.agenciagalo.com/flup2025 Jonathan Ferr, Majur e Mano Brown se apresentam na Flup 2025. Fotos: Divulgação Rio de Janeiro, novembro de 2025 - A primeira semana da Festa Literária das Periferias inicia quarta-feira (19/11) com um line-up de peso: Mano Brown, Majur, Jonathan Ferr e a lendária bateria da Portela vão transformar o Viaduto de Madureira em um grande palco de celebração e resistência. A entrada é gratuita, mas será preciso retirar o ingresso pelo Sympla ou clicando aqui . Na quinta-feira, 20 de novembro, quem comanda o microfone é Mano Brown, lenda viva do rap nacional e voz das quebradas. O show do líder dos Racionais MC’s promete ser um dos momentos mais marcantes do festival, com uma performance que une crítica social, poesia e groove. No domingo, 23 de novembro, é a vez de Majur subir ao palco com sua mistura poderosa de pop, R&B e ritmos afro-brasileiros. A cantora baiana, referência de representatividade negra e LGBTQIA+, encerra o evento em um show que celebra o amor, o afeto e a diversidade. Mas a trilha da Flup começa antes, com o Concerto para Conceição, de Jonathan Ferr, pianista e compositor de Madureira que leva o “urban jazz” — uma fusão de jazz, soul, rap e música eletrônica — para homenagear Conceição Evaristo, autora celebrada nesta edição. Entre os grandes momentos musicais, o público também vai dançar com o Fuzuê d’Aruanda, o lendário Agbara Dudu, o som ancestral do Awurê, a força caribenha do grupo Akiyo com Fanswa Ladrezeau, e o batuque inconfundível da Bateria da Portela. Troca de saberes Entre um show e outro, a Flup 2025 reafirma seu papel como um dos maiores encontros de literatura e pensamento das periferias. A programação começa na quarta (19/11) com a exposição “Fanon, revolucionário anticolonial: um programa de desordem absoluta” , em homenagem ao centenário do pensador Frantz Fanon, seguida de uma performance do artista Ziel Karapotó. A noite termina em grande estilo com a mesa “O sonho de nossos heróis, que precisamos manter vivo” , um diálogo histórico entre Conceição Evaristo e Mireille Fanon, filha do autor de Os condenados da Terra , com mediação da professora Mame-Fatou Niang. Nos dias seguintes, o festival se desdobra em encontros imperdíveis: Leda Maria Martins e Lena Blou em “O corpo que dança outro tempo” , sobre ancestralidade e movimento; Conceição Evaristo e Bonaventure Ndikung em “Ideias para reencantar o mundo” ; Michelle Alexander e Raull Santiago discutindo racismo e encarceramento em “O alvo de sempre” ; e uma série de conversas com Patrick Chamoiseau, Nadia Yala Kisukidi, Itamar Vieira Junior, Geni Núñez, Liz Gomis, Malcolm Ferdinand, Tiganá Santana e muitos outros pensadores e artistas das diásporas africanas e ameríndias. Outros destaques da Flup, na segunda semana de programação, 27 a 30 de novembro podem ser confidos aqui. ENDEREÇOS Viaduto de Madureira (Viaduto Prefeito Negrão de Lima) Rua Francisco Batista, 01, Madureira, Rio de Janeiro ) CUFA - Central Única das Favelas, Madureira Rua Francisco Batista, 01, Madureira, Rio de Janeiro Zê ene Rua Carvalho de Souza, 182, Loja F, em Madureira, Rio de Janeiro Alex Varela
- Brasil: Seminário debate processo de nacionalização da língua portuguesa no Brasil
Foto: divulgação O seminário “Gramáticas e dicionários em português – uma coleção em rede” realiza-se, nos próximos dias 17 e 18 de novembro, a partir das 10h, no Auditório Machado de Assis da Biblioteca Nacional, localizada no centro do Rio. O evento gratuito será transmitido ao vivo através do canal de YouTube da instituição. A mesa de abertura do dia 17 conta com a presença de Marco Lucchesi, presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), e de Alexandre Santini, presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB). O evento tem como objetivo divulgar a coleção de gramáticas e dicionários da FBN e da FCRB - ambas vinculadas ao Ministério da Cultura - e promover o debate sobre a gramatização da língua portuguesa. Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o evento resulta de um Acordo de Cooperação Técnica entre a FBN e a FCRB, o qual, para Alexandre Santini, “reafirma o papel de ambas as Casas na preservação e atualização da memória linguística do Brasil”. Ao longo dos dois dias, as palestras serão proferidas por investigadores do grupo “A gramatização no Brasil - língua e construção da nacionalidade: 1808 a 1930”: fundado em 2021, a partir de um edital do Faperj, o grupo investiga o processo de nacionalização da língua portuguesa no Brasil e a sua gramatização, utilizando principalmente os acervos da FBN e da FCRB. Liderado pelo investigador da FBN Irineu Corrêa e pelo autor da “Gramática Houaiss da Língua Portuguesa” e antigo professor da Faculdade de Letras da UFRJ e do Instituto de Letras da UERJ, José Carlos Santos de Azeredo, o grupo reúne muitos dos investigadores, académicos e intelectuais ligados à FBN e à FCRB, bem como a vários colégios e universidades brasileiras que estarão presentes no seminário. Os trabalhos do grupo resultaram no dossiê “Gramáticas & Dicionários do Português”, disponível na BNDigital em: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/gramaticas-e-dicionarios-do-portugues/creditos-gramaticas-e-dicionarios-do-portugues/ . “O debate proposto pelo grupo é sobre a nacionalização da língua e o registro desse longo e constante processo, conforme registrado nas gramáticas e nos dicionários. Para isso, desde a sua criação, o grupo localiza, identifica e anota novas informações sobre o conteúdo e sobre as condições materiais daquelas obras”, sublinhou Irineu Corrêa. O investigador acrescenta que, “entre as informações colhidas, está a existência de outros exemplares delas noutros acervos, nacionais e estrangeiros, indicando a existência de uma rede que transcende as instituições promotoras do seminário. Essa rede já tem um bom quantitativo de entrelaçamentos, como pode ser constatado no dossiê”. “Agora, neste seminário, queremos começar a tecer uma rede das muitas pesquisas e dos muitos estudos que já existem sobre a nacionalização da língua portuguesa", concluiu. Ígor Lopes
- Lançamento da nova coleção da Balangan da estilista Eliza Pique- D'Amici Barra restaurante- na Barra
Ontem, dia 12 de novembro, aconteceu no restaurante D'Amici Barra na Barra da Tijuca o aguardado lançamento da nova coleção 2026 “Com que roupa ” da Balangan, com um maravilhoso desfile. O evento marcou um novo capítulo na história da marca, reunindo, clientes, imprensa e presenças ilustres como Nina Kaufmann que acaba de chegar da semana de moda em Paris, Magda Cotrofe, além da família, entre outras que prestigiaram o momento especial. A coleção “Com que roupa?” é um convite à expressão através do vestir. Ela reflete o amadurecimento estético e emocional da marca, que se firma cada vez mais como referência em peças autorais, femininas e cheias de significado. À frente da Balangan está Eliza Piquet, CEO e diretora criativa da marca. Aos 33 anos, Eliza traz um olhar mais apurado e maduro sobre a moda, traduzindo em cada criação sua vivência, sensibilidade e a essência da mulher Balangan: intensa, livre e poética. Todas as estampas são exclusivas, criadas pela própria Eliza, que transforma inspirações do cotidiano em arte vestível. Cada desenho nasce de um processo criativo afetivo, resultando em peças únicas que unem leveza, intensidade e autenticidade. O evento de lançamento veio para coroar a nova fase da Balangan, mais consolidada, autoral e conectada à sua essência. Com “Com que roupa?”, a marca rearma seu propósito de criar não apenas roupas, mas narrativas que vestem sentimentos, liberdade e identidade. Vera Donato
- Evento de lançamento da coleção de lingeries do estilista Vinny Garcia celebra liberdade, arte e sensualidade na casa da artista plástica Patricia Secco
Na tarde desta quarta-feira, 12 de novembro , o estilista carioca Vinny Garcia apresentou oficialmente sua marca VORPHIK em um evento que movimentou o cenário fashion carioca. O lançamento aconteceu na residência da artista plástica, designer e escultora Patrícia Secco , que se transformou em passarela e instalação artística para receber convidados especiais. Entre os presentes, nomes como [Myrian Back , Lucia Guanabara , Solange Perdigão , Tereza Acciolly , Maria Lygia e Jane Sendas ] prestigiaram o desfile-instalação, que apresentou uma coleção provocante e sofisticada de lingeries sensuais e inclusivas para homens e mulheres. A atmosfera intimista, entre arte e performance, ressaltou a fusão entre corpo, desejo e liberdade criativa que define o DNA da marca. Com uma cenografia cercada de obras de arte da anfitriã Patrícia Secco, o público foi conduzido por uma narrativa visual que misturava moda, erotismo e arte contemporânea . Peças icônicas do estilista — originalmente criadas para o público feminino, masculino e LGBT — foram exibidas ao lado de novos modelos da coleção “VORPHIK” , em tule, rendas, metais e cristais, sem falar das lingeries de neon de cores vibrantes. O desfile fechou com chave de ouro na apresentação dos bodystocking’s em branco adornado de pérolas nos modelos vestidos de noiva e pajem levando alianças. O resultado foi um verdadeiro manifesto de sensualidade e autenticidade. “A VORPHIK nasceu para romper fronteiras. É sobre vestir-se como ato de liberdade e expressão. Crio roupas íntimas que são extensão da alma, não rótulos”, afirmou Vinny Garcia após o desfile, sob aplausos e flashes dos convidados.o O lançamento reforça o papel da VORPHIK como uma nova marca que vem quebrar paradigmas no movimento de lingeries sem gênero , unindo arte, conforto e moda em uma estética que desafia convenções e celebra o corpo em todas as suas formas. Sobre Vinny Garcia Carioca e autodidata, Vinny Garcia iniciou sua trajetória na moda ainda criança, aprendendo a costurar com sua bisavó. Transformou essa herança afetiva em uma linguagem própria, que une tradição, rebeldia e sensualidade. À frente da VORPHIK , o estilista propõe uma moda íntima que ultrapassa gêneros e transforma o vestir em arte e liberdade. Cristina Granato
- Isabella Taviani estreia show "Confissões (De Amor)" no Teatro Riachuelo Rio
ISABELLA TAVIANI ESTREIA SHOW "CONFISSÕES (DE AMOR)" NO TEATRO RIACHUELO RIO Cantora e compositora volta aos palcos com banda, dia 19 de novembro, no Teatro Riachuelo Rio, após alguns anos circulando pelo país em formato intimista, para show de lançamento de EP com canções autorais que combinam MPB, pop e romantismo. No repertório estão também sucessos da carreira da artista. Link com imagens: https://drive.google.com/drive/folders/1rUiadMH39g_-7n25I1Hl4QKc4ilSST_W Isabella Taviani está de volta aos palcos e inaugura uma nova fase da carreira com a turnê "Confissões (de Amor)" . O espetáculo marca o lançamento do EP homônimo, que reafirma sua identidade confessional e autoral, e celebra o aguardado retorno da artista à circulação com banda, após alguns anos de shows em formato intimista, em voz e violão, quando comemorou mais de duas décadas de trajetória. A estreia acontece no Rio de Janeiro, no Teatro Riachuelo , em 19 de novembro (quarta-feira), véspera de feriado, às 20h30. "Passei alguns anos celebrando na intimidade do violão, mas voltar ao palco com a força da banda é como redescobrir minhas próprias músicas. É um reencontro com a energia, a potência e a emoção que sempre marcaram meus shows", afirma Isabella. O espetáculo "Confissões (de Amor)" representa uma fase luminosa na carreira de Isabella Taviani, que volta a se apresentar com a intensidade de uma banda ao vivo, formada por Sérgio Melo (bateria), Tavinho Menezes (guitarra) e Marco Britto (teclados), ampliando a experiência emocional que sempre foi a marca registrada de seus shows. A atmosfera intimista dá lugar a um encontro arrebatador com o público, em que as novas canções se entrelaçam a sucessos que marcaram sua trajetória e emocionam plateias há mais de vinte anos, como "Diga Sim Pra Mim", "Luxúria" e "A Canção que Faltava". O novo EP marca uma fase leve, apaixonada e popular na trajetória de Isabella. O trabalho reúne cinco faixas autorais que exploram o universo afetivo em suas múltiplas camadas - dos encontros aos desencontros, da saudade à esperança - sempre com a força emocional e melódica que consagrou a artista. É o primeiro volume do que está programado para ser uma série, chamada "Confissões". "É um projeto que me traz muita alegria. Estou muito feliz com esse novo momento e animada com a forma como essas músicas estão nascendo, se revelando e conversando entre si. São canções que me tocam profundamente e que, ao mesmo tempo, têm tudo para tocar o coração de muita gente", completa. Sobre o Teatro Riachuelo Rio Localizado no icônico edifício do antigo Cine Palácio, na Cinelândia, berço dos maiores movimentos sociais e culturais do país, o Teatro Riachuelo Rio é um dos mais tradicionais palcos do Brasil. Tombado como patrimônio histórico e arquitetônico, o espaço preserva sua fachada neomourisca e foi completamente revitalizado para atender aos mais altos padrões técnicos da cena cultural contemporânea. Desde sua reinauguração, em 2016, o Instituto Evoé é responsável pela gestão do teatro, que hoje representa a união entre história, modernidade e pluralidade artística. Um retrofit completo devolveu vida ao prédio, mantendo detalhes originais da construção de 1890 e integrando elementos de design contemporâneo, como poltronas, iluminação cênica de última geração e estrutura técnica de padrão internacional. Com capacidade para 999 espectadores, distribuídos entre plateia e dois balcões, o Teatro Riachuelo Rio ocupa cerca de 3.500m². Conta com palco de 280m², subpalco, fosso de orquestra, camarins, sala de ensaio e espaços de convivência que atendem a uma programação diversa. SERVIÇOISABELLA TAVIANI - CONFISSÕES (DE AMOR) Data : 19 de novembro de 2025 (quarta-feira) Horário : 20h30 Classificação etária : livre Valores: Plateia VIP - R$ 180,00 Plateia - R$ 160,00 Balcão Nobre - R$ 140,00 Balcão 1 - R$ 80,00 Balcão 2 - R$ 50,00 Vendas : https://www.ingresso.com/evento/isabella-taviani-confissoes-de-amor Alex Varela
- Brasil: Após passar por Portugal, Fliporto dá o pontapé de saída no Brasil para celebrar 20 anos
Foto: divulgação A Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) entra hoje numa nova fase ao celebrar 20 anos de existência. O evento acontece em Recife entre os dias 13 e 16 de novembro, no Parque Dona Lindu, com o tema “Literatura, tecnologia, sustentabilidade, interfaces e diálogos”. No mês passado, a Fundação Livraria Lello, em Portugal, recebeu a Fliporto para a sua primeira edição fora do Brasil, numa aproximação com o público lusófono. Escritores portugueses integram a programação. Em articulação com editoras, como a Editora Imeph, bem como instituições culturais lusófonas e atores da arte e da literatura, o evento reafirma o seu carácter internacional e a sua ambição de fazer da língua portuguesa um eixo de convergência cultural entre os continentes. Durante quatro dias, escritores brasileiros e de outras partes do mundo lusófono vão participar de mesas-redondas, painéis, lançamentos e homenagens. Haverá, além da Fliporto Literatura, a Fliporto Artes e Fliporto Cordel, que vão valorizar a cultura nordestina. Entre os homenageados desta edição figuram os poetas Carlos Pena Filho e Miró da Muribeca, que deixaram marca no panorama literário pernambucano. A estreia de um espectáculo artístico-literário dedicado a ambos, sítios de memória recriados, como o café inspirado no Bar Savoy, e lançamentos de novas edições de obras ambicionam reforçar o elo entre literatura, arte e comunidade. Na vertente das artes visuais, o festival expande-se através da Fliporto Arte 2025, feira de artes visuais que vai decorrer simultaneamente na Galeria Janete Costa dentro do Parque Dona Lindu, com 31 espaços expositivos, curadoria de Denise Rodrigues Missaka, idealização de Antônio Campos, e uma homenagem ao centenário do pintor pernambucano Reynaldo Fonseca. A programação também contempla uma componente dedicada ao cordel, com a Fliporto Cordel – IMEPH, valorizando a tradição da narrativa nordestina em parceria com a Editora IMEPH e homenageando o poeta popular Chico Pedrosa. Cenário cultural valorizado Para além dos espaços físicos de debate e exposição, o festival faz aliança com organismos internacionais como o Instituto Camões e o Instituto Cervantes, reforçando o carácter lusófono da iniciativa e abrindo janelas de diálogo entre a literatura portuguesa, brasileira e de outras comunidades da língua. A escolha de Recife, cidade costeira nordestina com tradição cultural e literária, é estratégica, pois “permite que a Fliporto se inscreva como plataforma de convergência entre a cultura do Norte/Nordeste do Brasil e a Lusofonia, refletindo o movimento de ida e volta entre o Brasil e Portugal que caracteriza a vida literária e cultural dos dois países”. Nesta edição, o foco na sustentabilidade também se destaca, já que o festival anuncia-se como evento “Carbon Free”, com plantio de árvores para compensar emissões de carbono, e inclui ações de sensibilização sobre ecossistemas como a Caatinga e a preservação dos Baobás de Pernambuco. Antônio Campos, curador e coordenador-geral da Fliporto, acredita que “celebrar 20 anos do evento em Recife marca a continuidade de um percurso que chega aos 20 anos com vitalidade renovada, reforçando o papel do festival como ponte entre a criação literária, a circulação de ideias e o diálogo cultural no espaço lusófono”. Ígor Lopes
- Trilha de Tom Jobim, será apresentada pela primeira vez com coreografia da Cia de Ballet Dalal Achcar
Ministério da Cultura e Associação de Ballet do Rio de Janeiro apresentam Trilha de Tom Jobim, será apresentada pela primeira vez com coreografia da Cia de Ballet Dalal Achcar A partitura foi presente do grande maestro e ícone da Bossa Nova à coreógrafa Dalal Achcar 60 anos atrás. O espetáculo “ Água de Meninos - Fantasia Poética em Dois Atos” conta, ainda, com releituras da música popular brasileira Link para imagens: https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1aqUF8t8iiOwCaDGdLKa8efPkqQYZ0lSq A mestre de ballet e coreógrafa Dalal Achcar guardou por mais de 60 anos uma partitura inédita de Tom Jobim. A obra, intitulada "Água de Meninos", foi encomendada ao compositor para ser trilha de um de seus ballets, que vai ser apresentado na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, a partir do dia 22 de novembro. O espetáculo inédito “ Água de Meninos - Fantasia Poética em Dois Atos” , conta com produção da Aventura e patrocínio master da Vale e da Bradesco Seguros , via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Após mais de 20 anos sem criar uma coreografia, Dalal Achcar assina o espetáculo em parceria com Éric Frédéric, maître de ballet e coreógrafo da Cia de Ballet Dalal Achcar. No palco, 21 bailarinos contam a história de amizade entre coreógrafa e Tom Jobim. Arranjada para orquestra sinfônica pelo maestro Radamés Gnattali, o espetáculo se passa entre o Rio de Janeiro e Salvador. Além dos bailarinos da Cia de Ballet Dalal Achcar, a montagem conta com Claudia Mota, primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, interpretando Dalal, Manoel Francisco como Tom Jobim e Irene Orazem com Madame Makarova, professora e mestra da Dalal. Para Dalal Achcar, tirar da gaveta e realizar o ballet "Água de Meninos" é uma forma de homenagear o amigo, além de valorizar a cultura brasileira. - "Mostrar para o Brasil a riqueza que temos em termos de música, de dança e de manifestações populares é magnífico, ainda mais nos dias de hoje em que tudo é digital. Reviver o Tom, que foi quem popularizou a música brasileira no mundo inteiro, é uma forma de fazer essa nova geração se dar conta da riqueza dos artistas brasileiros que marcaram época." Na trilha inédita, Tom Jobim incluiu canções como por exemplo “ Eu Preciso de Você” , “ Água de Beber” , “ Quebra Pedra” , além de batuques de capoeira. O espetáculo conta ainda com músicas de grandes nomes da música brasileira como Baden Powell, com “ Canto de Yemanjá” ; Dorival Caymmi, com “ Pescaria” e “ Você Já Foi à Bahia” ; Pixinguinha, com “ Naquele Tempo e Quem é Você?” e Vinicius de Moraes, com as clássicas “ Garota de Ipanema”. Ao todo, 23 músicas compõem o repertório de “Água de Meninos”. "Quando a Dalal me contou sobre Água de Meninos, esse presente que ela ganhou de Tom Jobim, e me chamou para coreografar junto com ela, foi uma gratidão imensa. A Dalal é apaixonada pela Bahia e eu também tenho essa região do Brasil no coração. Esse é um ballet que representa a cultura brasileira, tivemos um cuidado em trazer para a atualidade o Rio de Janeiro dos anos 60, a feira popular em Salvador, a amizade entre Dalal e Tom e, é claro, a importância da Bossa Nova". - Destaca Éric Frédéric. SINOPSE Uma trilha sonora “perdida” há mais de 60 anos. Elaborada especialmente pelo multiartista Antônio Carlos Jobim, um dos maiores expoentes da música brasileira e mundial, a pedido de outra estrela maior das nossas artes, a mestra de ballet e coreógrafa Dalal Achcar. Como mote, um bairro de Salvador, que atende pelo não menos poético nome de Água de Meninos. Arranjada para orquestra sinfônica pelo maestro Radamés Gnattali, a trilha, composta por seis faixas e suas variações, permaneceu inédita até hoje, jamais tendo sido apresentada ao público no formato em que foi concebida. O balé “Água de Meninos – Fantasia poética em dois atos” é, portanto, a materialização deste duplo presente recebido por Dalal, e que restou escondido por longas décadas. E que ela, agora, se encarrega generosamente de nos ofertar. Dividido em dois movimentos, no primeiro ato, percorrerá a Ipanema do início dos anos 1960, na qual Tom Jobim e Vinícius de Moraes transitavam. Da varanda do Bar Veloso, de onde viam passar a garota que serviria de inspiração para a canção brasileira mais gravada e executada em todo o mundo, até o contato travado com a própria Dalal Achcar, cuja escola de balé, à época, funcionava naquele mesmo bairro, e onde, por vezes, a dupla ia testar melodias ao piano. Veremos como a “encomenda” feita por Dalal foi concebida; as prováveis influências sofridas por Tom na concepção daquela trilha sonora; e a atmosfera de um tempo rico de encantamento, em meio à efervescência de um bairro que veria nascer, naqueles mesmos anos, a Banda de Ipanema – tornando-se, ela também, símbolo da cultura e do modo de ser carioca. Ainda no primeiro ato, um mar separa a idílica Ipanema do soteropolitano bairro de Água de Meninos. Tal como uma mensagem em uma garrafa lançada ao mar, a partitura de “Água de Meninos” perdeu-se nas profundezas do infinito, mantendo-se, por assim dizer, “submersa” por décadas a fio. A fantasia poética se configura, aqui, com a mão de Cronos, o implacável titã do tempo, que a tudo assiste, adiando tanto a execução da trilha quanto a apresentação do balé ao público. Poseidon, o deus do mar, é testemunha da briga de Cronos com Urano pelo domínio da Terra. Desta briga, forma-se uma espuma branca, e dela nasce uma bela mulher, Afrodite. O povo do mar – marinheiros, sereias e iabás – saúda o maestro Tom Jobim, que, em sonho, segue procurando sua partitura perdida. E é Iemanjá, a Afrodite brasileira, divindade dos mares, mãe de todos os orixás e mãe do mundo, quem conduz Tom à Bahia, promovendo seu encontro com Água de Meninos da Baía de Todos os Santos. Chegamos, assim, ao segundo ato e último movimento, à Bahia idealizada por Dalal e presentificada na trilha elaborada por Tom Jobim. Voltamos à realidade urbana, a um bairro bucólico em plenos anos 1960. Aqui, a feira popular de Água de Meninos ainda existe, a praia ainda existe, um certo modo de viver ainda existe. Entre a nostalgia e a vontade de lembrar de uma Salvador também idílica, e amparados na trilha sonora elaborada por Tom, contaremos a vida dos habitantes soteropolitanos, em meio aos passantes, turistas, pedestres, banhistas e brincantes das festas populares, do folclore e dos ritmos baianos. É nesta atmosfera pulsante que Dalal realiza, finalmente, seu sonho. E nos faz sonhar. Importa destacar que, para a trilha, Tom valeu-se de composições próprias, ou em parceria com Vinícius de Moraes e Aloysio de Oliveira, indo buscar, ainda, o amparo dos baianos Dorival Caymmi e João Gilberto. Procurando seguir esta mesma lógica, e tomando por base o critério de proximidade estética com a obra de Tom, foi proposto, para os dois primeiros movimentos desta fantasia poética, uma trilha capaz de dialogar com tais escolhas, seja por filiação ou afinidade. Sem preocupação cronológica, foram compositores do naipe de Heitor Villa-Lobos, Pixinguinha, Chico Buarque, Baden Powell e João Bosco. Dalal Achcar Com mais de meio século de trajetória artística, Dalal é a responsável pelo lançamento dos maiores bailarinos brasileiros no mercado nacional e internacional, entre eles: Marcelo Gomes - American Ballet Theatre New York – USA; Ana Botafogo – primeira bailarina do Theatro Municipal; Roberta Marques - Royal Ballet- Londres - Inglaterra, entre muitos outros. Carioca, Dalal tem o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro marcado em sua carreira: foi diretora do Ballet e duas vezes presidente da Fundação Theatro Municipal. Além disso, conviveu e trabalhou com os maiores nomes da cultura brasileira, dentre eles, Vinicius de Moraes e Manuel Bandeira que escreveram um balé especialmente para a coreógrafa. Di Cavalcanti e Burle Marx fizeram cenários e figurinos de alguns de seus espetáculos. Tom Jobim compôs uma canção para ela, que continua inédita. “O Tom fez uma música orquestrada pelo maestro Radamés Gnatalli, que guardo em meus arquivos”, revela Achcar. Margot Fonteyn, falecida em 1991 e principal estrela do Royal Ballet, foi madrinha profissional de Dalal, que começou a dançar aos 15 anos. Aos 18, fundou a Associação de Ballet do Rio de Janeiro. Dalal coreografou o ballet “O QUEBRA NOZES”, considerado pela revista NewsWeek a mais bela produção entre centenas de outras, e uma tradição anual de mais de 30 anos no Theatro Municipal, além de “A FLORESTA AMAZÔNICA”, um marco brasileiro criado para Margot Fonteyn, o ballet “ DOM QUIXOTE”, com o qual recebeu o prêmio Ibéria e os Pas de deux com "Amor para Ann Marie de Angelo e o Joffrey Ballet” e “SomethingSpecial” este para Natália Makarova e o American Ballet Theatre. Cia de Ballet Dalal Achcar Patrocinado pela Vale e Bradesco Seguros , via lei federal de incentivo à cultura, a CIA DE BALLET DALAL ACHCAR baseia sua trajetória em mais de 50 anos de história ligada a dança de sua fundadora a diretora e coreografa Dalal Achcar e a Associação de Ballet do Rio de Janeiro. No trabalho de sua companhia, pináculo do projeto “A DANÇA COMO PODER DE TRANSFORMAÇÃO”, Dalal une a técnica e arte com personalidade, emoção e identidade, acreditando que todo processo na humanidade passa pelo afeto. Afeto em sua forma ampla infiltrando, despertando e levando as pessoas a aventurar-se nessa grande viagem que é a fruição. A Cia é formada por 20 bailarinos profissionais das mais variadas origens que trazem em sua bagagem o amor pela dança e muitas histórias para compartilhar e dançar. O repertório é trabalhado de forma universal com clássicos e contemporâneos, criados por renomados coreógrafos nacionais e internacionais, sem esquecer do trabalho experimental que traz o futuro, o novo. Bailarinos Beatriz Loureiro, Camila Lino, Debora Gomes, Gabriela Sisto, Julia Pera, Lais Lourenço, Lívia de Castro, Luana Gali, Mariana Rodrigues, Sophia Temis e Thais Cabral. Fernando Mendonça, Gustavo Ventali, Jean Pires, João Luis da Matta, Matheus Benevides, Matheus Brito, Mirosmar Ribeiro, Luiz Machado, Vinícios Oliveira e Gabriel Agnez (estagiário). Vale A Vale acredita que a cultura transforma vidas. Pelo quarto ano consecutivo é a maior apoiadora privada da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa. Para fortalecer sua atuação na Cultura, em 2020 foi criado o Instituto Cultural Vale, que já esteve ao lado de mais de mil projetos em todo o país, com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Conheça mais sobre a Vale em vale.com Circuito Cultural Bradesco Seguros Manter uma política de incentivo à cultura faz parte do compromisso do Grupo Bradesco Seguros considerando a cultura como ativo para o desenvolvimento dos capitais do conhecimento e do convívio social. Nesse sentido, o Circuito Cultural Bradesco Seguros se orgulha de ter patrocinado e apoiado, nos últimos anos, em diversas regiões do Brasil, projetos nas áreas de música, dança, artes plásticas, teatro, literatura e exposições, além de outras manifestações artísticas. Dentre as atrações incentivadas destacam-se os musicais “Bibi – Uma vida em musical”, “Bem Sertanejo”, “Les Misérables”, “70 – Década do Divino Maravilhoso”, “Cinderela”, “O Fantasma da Ópera”, “A Cor Púrpura” e “Concerto para Dois”, além da “Série Dell'Arte Concertos Internacionais” e a exposição “Mickey 90 Anos”. Aventura Fundada em 2008, e liderada por Aniela Jordan, Sócia-Diretora Artística e Produção, e por Luiz Calainho, Sócio-Diretor de Marketing e Negócios, a Aventura é referência na produção de espetáculos de altíssima qualidade, que tornou o mercado de teatro musical um dos principais segmentos da economia criativa no Brasil. A empresa se estabeleceu como uma grande aliada da multiplicidade artística, fundamental para o desenvolvimento social, econômico e cultural. A sua missão é transformar grandes ideias em realidade, criando fortes conexões entre marcas e projetos. São mais de 40 produções, de espetáculos inéditos e de versões da Broadway, como “Elis, a musical”, “A Noviça Rebelde”, “Sete”, “O Mágico de Oz”, “SamBra”, “Chacrinha, o musical”, “Romeu & Julieta, ao som de Marisa Monte”, “Merlin e Arthur, um sonho de liberdade” e o infantil “Zaquim”. Em 2022, a produtora inovou com o primeiro musical em formato de série do país, o “Vozes Negras – A Força do Canto Feminino”, além de estrear uma parceria com a Disney-Pixar com o espetáculo “Pixar in Concert” e, em 2023, com “Disney Princesa – O Espetáculo”. Ao todo, foram mais de 4 mil apresentações e cerca de 4,5 milhões de espectadores, números que não param de crescer. SERVIÇO: “ Água de Meninos - Fantasia Poética em Dois Atos” Local: Cidade das Artes Bibi Ferreira - Grande Sala Datas e Horários: Temporada: 22 de novembro a 07 de dezembro de 2025 22/11, 27/11, 28/11, 04/12 e 05/12 – 20h30 29/11 e 06/12 – 16h e 20h30 23/11, 30/11 e 07/12 – 16h Preços: Plateia VIP: R$140,00 (inteira) / R$ 70,00 (meia Plateia: R$ 120,00 (inteira) / R$ 60,00 (meia) Frisa Lat.: R$ 70,00 (inteira) / R$ 35,00 (meia) Camarote: R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia) Galeria 3º e 4º and.: R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia) Duração : 76 minutos com 1 intervalo de 15 minutos Classificação : Livre Vendas no site : www.sympla.com.br Informações para a imprensa: MNiemeyer Assessoria de Comunicação - www.mniemeyer.com.br Bruna Zordan: bruna@mniemeyer.com.br (21) 98642-2872 Carolina Feital: carolina@mniemeyer.com.br (21) 98362-223 Juliana Rosa : juliana@mniemeyer.com.br (21) 97209-5898 Alex Varela
- Editora Capivara lança "Dona Leopoldina e os viajantes no Brasil", do historiador Robert Wagner
“Dona Leopoldina e os viajantes no Brasil” Escrito com riqueza de detalhes e ritmo romanceado pelo historiador austríaco Robert Wagner, o livro traz detalhes da vinda para o Brasil da princesa Leopoldina, depois imperatriz, e dos naturalistas e artistas europeus como Thomas Ender e Spix e Martius A trajetória da primeira imperatriz brasileira, uma das figuras mais queridas do imaginário nacional, é tema do livro Dona Leopoldina e os viajantes no Brasil , do historiador da arte austríaco Robert Wagner, lançamento da editora Capivara (452 p., R$ 140, tradução de Claudia Abeling). O autor, que dirigiu por 22 anos a Biblioteca e o Gabinete de Gravuras da Academia de Belas-Artes de Viena, se debruça sobre a decisiva participação de Leopoldina na independência do Brasil, contando sua chegada em 1817 e sua lealdade ao país de adoção – sem esquecer a dramática relação com o marido, d. Pedro, e sua morte aos 29 anos, em 1826. “O caráter de meu marido é extremamente exaltado... qualquer coisa que denote liberdade lhe é odiosa. Por isso, só posso observar.” , escreveu em carta à irmã Maria Luisa, mulher de Napoleão Bonaparte. O livro tem o patrocínio do Itaú Unibanco através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal. Wagner reconta também, em tintas aventureiras, mas de extrema precisão e detalhe, as expedições de naturalistas e artistas ligados ao interesse europeu pelo Brasil – como os bávaros Spix e Martius e os austríacos Thomas Ender, Pohl, Natterer e Sochol. Traçando roteiros pelo interior do Brasil, em caminhos pouquíssimo ou nada conhecidos, esses europeus fizeram relatos abrangentes e pintaram imagens espetaculares do novo mundo tropical, recolhendo espécimes “exóticos” de plantas e animais, minerais e insetos. A vida e o trabalho de Ender, aliás, é especialidade de Robert Wagner, que já publicou alguns dos trabalhos mais importantes sobre esse artista cuja obra ficou tão ligada ao Brasil. O leitor acompanha as peripécias da viagem para o Brasil nas fragatas austríacas e portuguesas, longas expedições pelo interior, encontros com povos indígenas, difíceis navegações rio acima – muitas vezes carregando as embarcações pelas margens –, surtos de doenças debilitantes como a malária, além do trabalho de coleta e armazenamento de plantas e animais do trópico para exibição e estudo na Europa. O volume é fartamente ilustrado, com cerca de 300 imagens exclusivamente da época (de Taunay, Debret, Florence, Pallière, Rugendas e Frübeck, entre outros), trazendo, além de pinturas conhecidas, peças como cartas d. Pedro I, da coleção Corrêa do Lago, e imagens pouco divulgadas – como o último boletim médico emitido sobre a imperatriz Leopoldina, comunicando seu falecimento. LEOPOLDINA - Nascida em 22 de janeiro de 1797 em Viena, filha do poderoso imperador Francisco I, cunhada de Napoleão Bonaparte, a jovem Leopoldine Caroline Josepha von Österreich transformou-se em princesa herdeira do Brasil em 1817, ao se casar com Pedro de Alcântara, do Reino Unido Portugal, Brasil e Algarves. E foi figura decisiva para a independência do país em 1822. Ela adicionou “Maria” ao seu nome, abraçando um costume português, ao assinar, pelo casamento, o Ato de Renúncia à sucessão austríaca. Tinha uma relação de profundo carinho com d. João VI e sofreu com os episódios de violência e traição do marido ao longo do casamento. Mulher muito culta, era particularmente interessada em ciências naturais, pesquisando por conta própria minerais, plantas e animais do Brasil. Em carta para seu irmão mais novo, ela descreve: “O país é um grande jardim. Imagine todas as plantas das estufas de Schönbrunn crescendo desordenadas, as palmeiras majestosas e milhares de outras plantas. Laranjas têm o tamanho de pratos, de sabor muito bom e, nesse clima quente, são imprescindíveis a saúde. Há pássaros esplêndidos por aqui como papagaios, colibris e tucanos. Dos grandes, vi urubus-reis e urubus. Esses são especialmente úteis porque devoram tudo que é putrefato. Os cavalos são tão grandes quanto bois, e há mulas com filhotes. Elas formam bandos selvagens em lugares com capim da altura de uma pessoa; por ali rastejam as mais belas cobras e voejam borboletas. Minhas pernas e braços estão todos picados por mosquitos, os bichos-de-pé também doem muito. Tive um, visto que andava descalça pela casa, como é hábito aqui. Eles entram debaixo das unhas e inflamam. Já visitei todas as ilhas e bancos de areia da baía. A ilha do Governador é muito bonita. Há muitas antas por lá. Esse é o maior animal da América do Sul. Trata-se de um tipo de porco com três dedos. Além disso, pesquei um peixe que se parece com uma aranha. Por aqui, há milhões de seus animais preferidos, os macacos. Em São Cristóvão, há um de peruca enorme, vindo de Angola. Ele é muito engraçado e morde todos os negros. Dou-lhe de comer todos os dias, visto que anda solto com um peso, para não fugir. Tenho quatro papagaios do Maranhão na minha antessala, que repetem tudo que ouvem, além de vários outros pássaros de Macau e de Moçambique, de linda plumagem, mas que precisam de muita paciência para serem adestrados” Dona Leopoldina e os viajantes no Brasil , retrato multifacetado e profundo daquele momento histórico, oferece ainda uma visão privilegiada dos bastidores da política e da diplomacia, desde as negociações para os casamentos da nobreza até os caminhos da política no Brasil na transição; prossegue após a morte da imperatriz Leopoldina nos desdobramentos da disputa do trono português; e descortina as intrigas palacianas, o poder da amante de Pedro, Domitila, e o progressivo isolamento que sofreu depois da partida de d. João. SOBRE O AUTOR - Robert Wagner (Viena,1943), é historiador. Chefiou entre 1982 e 2004 a Biblioteca e o Gabinete de Gravuras da Academia de Belas-Artes de Viena. O Gabinete de Gravuras guarda 763 aquarelas e desenhos de Thomas Ender realizados no Brasil. Fez a curadoria de três exposições dedicadas a Ender: em 1994, na Academia de Belas-Artes, em Viena; em 1997, no Museu de Arte de São Paulo e no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Em 2000, as aquarelas de Ender também foram expostas na Mostra do Redescobrimento: Brasil+500, em São Paulo.Wagner é autor Viagem ao Brasil nas aquarelas de Thomas Ender (Petrópolis: Kapa Editorial, 2000), monografia em três volumes com todas as aquarelas e desenhos de Ender no Brasil. Colaborou no projeto artístico liderado por Mark Dion, The Brazilian Expedition of Thomas Ender — Reconsi- dered, com jovens artistas de São Paulo e Viena, apresentado na 269 Bienal de São Paulo, em setembro de 2004. Esteve no Brasil em 1997, 2000 e 2004. DONA LEOPOLDINA E OS VIAJANTES NO BRASIL AUTOR: Robert Wagner TRADUÇÃO: Claudia Abeling Editora Capivara | 452 páginas ISBN 978-65-88610-17-6 PREÇO SUGERIDO R$140,00 Alex Varela
- Projeto ‘Start CPLP’ apresentado em evento internacional em Macau
“Fórum Global CE-CPLP-Macau”. Foto: divulgação O vice-presidente da Comissão Executiva da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), Higor Ferro Esteves, participou, entre os dias 22 e 25 de outubro, na "Macau International Fair 2025”. No painel "Educação, Inovação e Empreendedorismo na CPLP", Esteves apresentou a “Start CPLP”, programa de formação e capacitação de empreendedores nos países lusófonos, uma iniciativa de aproximação e cooperação com a China, com foco em Macau, uma região administrativa especial pertencente àquele país. Este painel foi moderado por Berta Montalvão, também vice-presidente da Comissão Executiva da CE-CPLP, e contou com a participação, além de Higor Ferro Esteves, de Alexandre Lobo, vice-Reitor da University of Saint Joseph de Macau, e de Ossi Ferreira Lima, gerente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) do Brasil. Houve ainda a oportunidade de ouvir Saidi Baldé, jovem empreendedor de 18 anos da Guiné-Bissau, que se juntou ao painel e surpreendeu a plateia com a sua história de coragem e superação. Durante a sua participação, Higor Ferro Esteves enfatizou a importância do empreendedorismo. “Foi uma excelente oportunidade para reforçar que o empreendedorismo é, acima de tudo, um instrumento de transformação, inclusão e integração entre os países que partilham a nossa língua”, disse. Além do painel, o evento foi palco do “Fórum Global CE-CPLP-Macau”, que reuniu representantes de diferentes países e setores comerciais e económicos para discutir caminhos de desenvolvimento e inovação no espaço lusófono. Ígor Lopes
- Edifício histórico do Convento do Santíssimo Sacramento acolhe estrutura modernizada da DGACCP
Foto: divulgação A Direção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP) passou a ter uma nova sede no Convento do Santíssimo Sacramento, em Lisboa. O espaço foi inaugurado oficialmente pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, numa cerimónia que contou com a presença do antigo Presidente da República, António Cavaco Silva, do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, e do diretor-geral da DGACCP, embaixador Luís Ferraz. Durante a sessão, realizada a 6 de novembro, Paulo Rangel sublinhou que o novo edifício representa “uma síntese entre a preservação da história e a projeção do país para o futuro”. O governante destacou ainda que o espaço, agora renovado, “combina o espírito que o Ministério dos Negócios Estrangeiros deve ter, sendo capaz de honrar a tradição portuguesa e, simultaneamente, preparar-se para os desafios de amanhã”. O ministro elogiou as “instalações moderníssimas” da DGACCP, salientando a importância de dotar os serviços consulares de melhores condições de trabalho e de resposta às necessidades dos portugueses espalhados pelo mundo. “Este é um edifício que preserva a história do Estado, mas que foi pensado para servir Portugal e as suas comunidades, no presente e no futuro”, frisou o ministro dos Negócios Estrangeiros. A nova sede, situada num dos mais emblemáticos edifícios históricos de Lisboa, simboliza a modernização administrativa e tecnológica do serviço diplomático português, reforçando o compromisso do país com a valorização das suas comunidades no estrangeiro. Ígor Lopes










