Revista do Villa
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Revista luso-brasileira de conteúdo sobre cultura, gastronomia, moda, turismo,
entretenimento, eventos sociais, bem-estar, life style e muito mais...
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- Entrevista: Chef Madeleine Saad
Minha convidada é um exemplo de mulher e uma maravilhosa Chef, simplesmente Madeleine Saade! Flash exclusivo para coluna da elegante festeira Madeleine Saad 1- Olá Madeleine! Qual é uma boa dica para uma bela festa de fim de ano, sabemos da sua maravilhosa gastronomia. Planejar a sua virada com antecedência: tema, música, bebida, buffet e serviço, definir seu publico alvo, open bar com drinks diversos; para brindar a virada do ano: champagne ou espumante, buffet com comidas leves e frescor, ilha gastronomica e open buffet com terrines, salmão, patês, jambon en croüte, saladas diversas, finger food e uma decoração no tema da festa. 2- Quando você começou a se interessar por ter um buffet? Como está estruturada a sua equipe de funcionários? Logo depois que eu parei de trabalhar com moda, marca Dijon. me divorciei e resolvi dar um tempo, um ano sabático. Depois comecei a pensar que precisava fazer algo, não queria mais moda. Foi quando pensei nas grandes festas que participei e nas que fazia ainda casada. meus pais eram bastantes festeiros, como todo bom libanês adoravam receber pessoas com bastante fartura; foi quando me veio a ideia de usar esta minha experiencia para explorar a culinária. qual a melhor maneira pra isso além de eu mesma organizar jantares. comecei fazendo eventos em 2008. Iniciei o Madeleine Gastronomie, buffet especializado em culinária libanesa. A empresa tem como estrutura uma equipe treinada por mim de garçonetes e garçons para eventos. Carlos, Cris e minha filha Tamima que me ajudam com a organização dos eventos. 3- Qual é o público que você tem preferência em atender? Qualquer publico é meu alvo: executivos, jovens e todos que apreciam uma boa gastronomia e principalmente a oriental libanesa que eu trago da minha infância os odores, o paladar e feito com muito amor por mim e minha equipe. 4- Você tem algum livro de receitas publicado? Não porque eu sempre quis fazer um livro de culinária libanesa popular com preço para todos. Surgiu a oportunidade com a revista Caras e patrocínio da Tramontina de fasciculos semanais nas bancas, ficando por 36 semanas falando sobre culinária, etiqueta, comportamento e com grande sucesso. (preço acessível a todos). 5- Quais os ingredientes que você mais utiliza para preparar suas refeições? Temperos: Sumac, Zaatar, 7 temperos, Curcuma, Jamaica, Azeite, Manteiga clarificada, muitas ervas frescas, Tomilho. 6- Você chegou na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1964. Como era o RJ daquela época? O que mudou? Cheguei em 1964, golpe no rio de janeiro antiga capital do brasil. De fato o rio era muito glamuroso, se festejou naquele ano no Copacabana Palace um grande baile de 3 mil pessoas da sociedade e autoridades nos salões do hotel. 7- Na Dijon, você era a responsável pela versao feminina da loja. Quais foram as principais tendências que você lançou? Acredito que a tendencia foi o glamour, mulheres elegantes que vinham ao brasil para comprar na Dijon pois só tínhamos lojas no rio e foi a primeira loja no brasil com Happy Hour. O que superou a minha expectativa foi a calça jeans com plaquetas, que tinha lista de espera junto com o grande marketing que a Dijon tinha das top models. 8- No réveillon de 2024 você será responsável por organizar alguns jantares. Você poderia revelar alguns? Tenho sim 2 reveillons para organizar. Um deles já fazemos a mais de 4 anos e o outro vamos entregar delivery. 9- Você tem descendência libanesa. Como se sente nesse momento de guerra? Minha irmã , parentes e amigos, muito triste com esta guerra. O mundo está perdido e cheio de ódio, é um mundo que eu não conheço e nem quero conhecer. 10- Quais são os seus projetos futuros? O meu futuro é hoje, tratar de ter saúde e um mundo melhor sem guerras e ódio. Chico Vartulli
- Entrevista: Sónia Crisóstomo
“Eu fortemente desaconselho aqueles que vem para Portugal com visto de turista para esperar pela sua documentação”, advertiu Sónia Crisóstomo. O empreendedorismo feminino em Portugal tem registado um crescimento significativo nos últimos anos, refletindo uma tendência global de aumento da participação das mulheres no mundo dos negócios. De acordo com estudos recentes, as mulheres representam cerca de 34% dos empreendedores nesse país europeu, com crescimento em áreas como a tecnologia e a inovação. Um avanço que é também impulsionado por iniciativas governamentais e privadas que incentivam a criação de startups lideradas por mulheres, além de uma crescente consciência sobre a igualdade de género no ambiente empresarial. Foto: Divulgação Para perceber melhor este cenário, conversamos com a empreendedora Sónia Crisóstomo, que integra o Clube de Mulheres Empreendedoras de Portugal e o Business Club do World Trade Center, em Lisboa, além de atuar em diferentes frentes empresariais, ligando, sobretudo, Portugal à América do Sul e ao resto da Europa. Esta responsável, que conta com experiência internacional, mencionou os desafios de se investir e empreender em Portugal, mas destacou também as oportunidades existentes. Sónia enumerou os benefícios de se ter empresas com “sotaque” feminino e defendeu serem necessários esforços para se promover um ambiente de trabalho feliz para o sucesso dos negócios e para uma vida pessoal mais serena. No dia a dia, quais os principais desafios de uma empreendedora brasileira em Portugal? Os desafios são inúmeros. Desde conseguir e compreender o visto correto para vir para Portugal. Este é o primeiro passo. Eu fortemente desaconselho aqueles que vem para Portugal com visto de turista para esperar pela sua documentação. Tudo é moroso, lento e burocrático como a maioria dos serviços públicos em todos os países. O segundo grande desafio é o aculturamento. Erra quem pensa que “somos irmãos e falamos a mesma língua, e está tudo certo”. A cultura europeia é diferente e falar o português do Brasil ajuda, mas pode nos colocar em situações constrangedoras. O terceiro grande desafio é a compreensão dos tributos. Cada local, cada tipo de serviço tem a sua tributação peculiar e a carga tributária pode inviabilizar o negócio se simplesmente o empresário quiser fazer um “copy+paste” do seu negócio do Brasil. Que negócios almeja em Portugal? Tenho algumas áreas diferentes de negócios que são executadas por mim e/ou com apoio de empresas locais parceiras em áreas específicas. A Ponte360, que lidero, desenvolve projetos nas áreas de missões empresariais, internacionalização de negócios, eventos/palestras de pequeno, médio e grande portes, e representações comerciais de empresas estrangeiras em Portugal. Outra atuação que mantenho é na área artística, cultural e pessoal. Sou escritora, artista com obras e livros lançados no Carrossel do Louvre, em Paris, e com as certificações que tenho e continuo a estudar, sou coach de well-being para empresários e lideranças que buscam estabelecer uma trilha de autoconhecimento com foco na felicidade e no bem-estar pessoal e nas suas organizações. Acredita que empreender e investir em Portugal é hoje um risco ou uma oportunidade? Tudo na vida é risco e oportunidade, não existe nada certo. O que vai determinar se os passos foram dados corretamente é o conhecimento de mercado, o conhecimento do próprio negócio, as boas conexões no ecossistema local e um “colchão” financeiro que permita o mínimo de maturidade no seu negócio até começar a florescer. Mas ninguém prevê uma pandemia, por exemplo. Como avalia o atual mercado empresarial em Portugal, considerando as tendências e a concorrência? Portugal está a crescer a olhos vistos. Apesar de que o português é um pouco “fadista”, digo isto de forma divertida e sem juízo de valor, o mercado é sim promissor. Portugal é um país vocacionado para as energias renováveis, à literacia, à boa mesa e incentiva o turismo pelos belos recursos naturais e cidades que podiam estar (e estão) em filmes de época, como Monsanto, que sediou alguns takes da Série “House of The Dragon”, ou mesmo Óbidos, uma cidadezinha medieval simpática que agita o mercado do imaginário. Portugal também abriga grandes hubs de negócios e incubadoras de startups movimentando o mercado da inovação. Portanto, é muito mais promissor e vejo a concorrência como algo saudável. A concorrência sempre nos desafia a sermos melhores. Qual o papel da mulher nesse ramo? Gosto de falar sobre o tema trazendo números. Em estudos da McKinsey, Credit Suisse Ressearch Institute, Deloite, S&P Global Market Inteligence e Harvard Business Review vemos que “empresas com mulheres em posições executivas seniores mostram um ROI superior em até 10% em comparação com empresas sem mulheres nesses cargos; empresas fundadas ou cofundadas por mulheres geram 78 centavos de dólar por cada dólar investido, em comparação com 31 centavos gerados por empresas fundadas por homens; organizações com maior diversidade de género na liderança são 21% mais propensas a obter lucratividade acima da média; startups fundadas por mulheres performam 63% melhor do que as fundadas por homens no que diz respeito ao crescimento de receita; empresas com maior diversidade de género têm 20% mais chances de serem vistas como inovadoras. Não sou adepta a levantar bandeiras de equidade, basta fazer o que tem que ser feito. Às vezes, com um pouquinho mais de coragem porque o desafio pode ser maior. Que resultados espera alcançar? Eu diria que esta é uma boa pergunta. Não posso dizer que já fiz tudo o que queria na vida, mas já alcancei todos, absolutamente todos, os resultados que planeei. Foi duro, sofri, chorei, achei que não era possível. Mas usei a constância e a persistência como conselheiras. Mudei de rota quando necessário. Agora, quero trabalhar para mostrar às pessoas que trabalho e inteligência emocional devem andar juntas. Se a pessoa ainda está “morrendo de trabalhar”, então ainda não aprendeu a trabalhar com inteligência. A qualificação é importante neste meio? Em qualquer meio. Uma frase que uso como mantra: “Ou passamos a dor de aprender ou passamos pela dor do arrependimento”. Quando disse há pouco que consegui tudo que o queria foi porque estudei para isso. E estudar não é só sentar no banco de uma faculdade, é aprender com erros e acertos de outros, é ouvir bons conselhos, é escolher um bom mentor. A que entidades está conectada hoje em dia? Estou ligada à entidades como Jethro – Diplomacia Civil Humanitária; Clube de Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa; G100; Divine Academie Française des Arts, Letres et Culture de Paris; World Trade Center, em Lisboa; Clube Mulheres Empreendedoras de Portugal; entre outras. Que trabalho desempenha no Clube de Mulheres Empreendedoras de Portugal? Somos um grande grupo que cresce sob a liderança da Dra. Rijarda Aristóteles. O Clube é jovem, nasceu em 2020 e já está presente em quatro continentes com mulheres que falam a Língua Portuguesa, onde desenvolvemos o networking para negócios, palestras e cursos de conteúdo relevante para as empresárias. São feitas reuniões abertas com conteúdo e reuniões somente para as Embaixadoras. Eu apoio algumas das iniciativas da Dra. Rijarda, que é incansável no desenvolvimento das mulheres que querem empreender, participando de reuniões, contribuindo para apuração das métricas e partilhando conhecimento. Por fim, quais os planos para o futuro? Expandir os negócios, expandir a mante, continuar a realizar boas conexões, cultivar os meus valores inegociáveis de ética, me cercar de pessoas que falam o meu nome numa mesa cheia de oportunidades, cuidar do físico, mental e espiritual para estar bem para novos cargos que assumirei ainda este ano, como ser avó. Quem é Sónia Crisóstomo? Mulher, esposa, mãe de duas potências femininas. Uma eterna e feliz aprendiz. Posso ser encontrada nas redes sociais em: @soniacrisostomo; @ponte360; e https://ponte360.com Ígor Lopes
- Copacabana, a princesinha do mar – Parte 5
O Glamour da Princesinha do mar Imagem da recém-inaugurada Avenida Atlântica - 1919 - IMS Ao longo da década dos 20, Copacabana passou por várias transformações em sua orla, algumas devido as frequentes ressacas e outras seguindo o desenvolvimento do bairro. O proprietário da Empresa Balneária, que explorava as barracas para banho na praia de Copacabana, Luiz Dante Torre, teve a ideia de colocar bancos de 10 em 10 metros ao longo de toda a Avenida Atlântica, mas em 1926 a falta de bancos era cobrada à Prefeitura, já sob a gestão de Antônio da Silva Prado Junior. Começava também a construção de um prédio na esquina da avenida com a então denominada rua do Barroso, atual Siqueira Campos, projeto do engenheiro Eduardo Pederneiras e de propriedade dos srs. Rocha Miranda Filhos & Companhia Limitada. Mas o mais marcante fato de 1923 na avenida foi a inauguração do Hotel Copacabana Palace , ícone da arquitetura do Rio de Janeiro, que se tornaria um símbolo do glamour carioca. Na época de sua inauguração, era o maior hotel da América Latina e representava a modernidade da cidade. Imagem de Copacabana - Anos 20 - Brasiliana Fotografica Copacabana Palace Construído entre 1919 e 1923, o Copacabana Palace foi erguido a pedido do então presidente Epitácio Pessoa (1919-1922), que desejava que a cidade do Rio de Janeiro – capital do Brasil na época – tivesse um grande hotel turístico . Imagem da construção do Copacabana Palace - 1920 - ao lado o Palacete da Familia Duvivier A intenção era um projeto que ficasse para os anos seguintes, mas o foco inicial para o Hotel era ajudar a hospedar o grande número de visitantes esperados para a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, um evento de dimensões internacionais, realizado na esplanada do Castelo, em 1922. O empresário Octávio Guinle chamou uma grande equipe para erguer seu hotel, que foi o primeiro grande edifício de Copacabana, cercado apenas por pequenas casas e mansões. Imagem do anúncio da Inauguração do Copacabana Palace - Anos 20 - Fundação Biblioteca Nacional Imagem do Hotel Copacabana Palace - 1923 - IMS “Para liderar a equipe que construiu o Palace foram chamados o arquiteto francês Joseph Gire e o engenheiro César Melo e Cunha. Gire se inspirou em dois famosos hotéis da Riviera Francesa: o Negresco, em Nice, e o Carlton, em Cannes. César impôs o mármore de Carrara e cristais da Boêmia. Foi um projeto marcante para época, pois essa região da Zona Sul da cidade ainda era pouco habitada. O Copacabana Palace mudou a estrutura social do bairro de Copacabana” conta o historiador Maurício Santos. Imagem do projeto inicial do Hotel Copacabana Palace Imagem do recém-inaugurado Hotel Copacabana Palace - 1923 - Biblioteca Nacional Entretanto, o hotel só foi inaugurado em 13 de agosto de 1923, quase um ano após a Exposição do Centenário. Isso se deveu às dificuldades na importação de mármores e cristais e na execução das suas fundações (com catorze metros de profundidade, conforme exigido pelo projeto); à falta de tecnologia e experiência no país para tal confecção; e a uma violenta ressaca que, em 1922, destruiu a Avenida Atlântica, causando danos aos pavimentos inferiores do hotel. Para marcar a inauguração, contou-se com a presença da grande cantora, atriz e vedete francesa Mistinguett , que, mesmo tendo as famosas "mais belas pernas do mundo", foi proibida de mostrá-las na festa. Sua presença e sua apresentação tornaram a inauguração do hotel um evento de projeções mundiais. Em sua abertura, só seis apartamentos estavam ocupados, mas sua equipe já contava com cerca de mil funcionários. As diárias custavam menos de 10 dólares e davam direito a pensão completa e transporte para o Centro da cidade. Desde o início sua marca era o requinte, a sofisticação e em um artigo publicado no mês seguinte a sua inauguração, a iniciativa foi muito elogiada. O atraso na inauguração do hotel gerou uma polêmica. A área onde o hotel se encontra foi liberada por Epitácio Pessoa quando o mesmo era presidente. Epitácio queria o hotel pronto antes de 1922 (por conta da Exposição do Centenário) e em troca liberou que se fizesse um cassino no Palace. Imagem do cassino do Copacabana Palace - 1925 Como não ficou pronto a tempo da Exposição do Centenário, o presidente Artur Bernardes tentou caçar o funcionalmente do cassino do Copacabana Palace. Mas ele perdeu na Justiça e essa área do Hotel ajudou a deixar o prédio ainda mais conhecido. O Copa, apelido pelo qual ficou conhecido, teve seu batismo oficial realizado em 13 de agosto de 1923 com a visita do presidente da República, Artur Bernardes, em companhia de outras autoridades, dentre elas o prefeito do Rio de Janeiro, Alaor Prata. Foram recebidos por Octávio Guinle. No dia seguinte o hotel começou a receber hóspedes, distintos turistas e brasileiros da melhor sociedade. Imagens dos salões do Copacabana Palace - 1930 - Biblioteca Nacional Imagem da entrada do Copacabana Palace - Anos 20 - Arquivo Nacional Para o comando gastronômico do Copacabana Palace, foi contratado o chef Auguste Escoffier, trazido do Hotel Savoy, de Londres. Em 1930, com a contratação do chef tcheco Fery Wunsch como maitre sênior a cozinha do hotel se consagrou. Rigoroso em relação a protocolos e etiquetas, Octávio Guinle criou o Código de Empregados da Companhia Copacabana Palace onde detalhava, em 18 itens, a conduta de seus funcionários. Para supervisionar o hotel, possuía, em seu quarto, a suíte B, um sistema de escuta que possibilitava que ele soubesse de tudo o que se passava no Copa. Em 1934, foi construída a piscina do hotel, com projeto do engenheiro César Melo e Cunha, ampliada em 1949. Em 1938, inaugurou-se o "Golden Room", com um espetáculo do ator, cantor e humorista francês Maurice Chevalier . Imagem da construção da piscina do Copacabana Palace - 1934 - ao lado o Morro do Inhangá - Arquivo Nacional Depoimentos : "Av Atlântica, lindas casas construías pelas famílias Guinle, Dias Garcia, Paula Machado, imediações posto 03. Ainda hoje existe a casa dos Dias Garcia... Chateaubriand adquiriu por compra uma da família Guinle. Nesta avenida existiu o Hotel Londres muito antes do Copacabana Palace . Na esquina da Atlântica com Santo Expedito moravam familiares de Olegário Mariano. A área hoje é ocupada por um restaurante usado para festas no carnaval. 1918/1925 época de minha referência não existiam prédios (arranha-céu), somente casas. O primeiro edifício da Avenida Atlântica foi construído no final do Posto Seis, edifício Olinda, ali hoje é um hotel construído por Santos Dias (família pernambucana). “Na esquina da Avenida Atlântica com Barrozo , Posto Três existia prédio servindo assistência pública como mais adiante uma escola pública . Ha um fato, acredito ocorrido 1919 a 1922, naufrágio e/ou encalhe de um navio mercante cujos restos permaneceram por muito tempo no local, era nas imediações hoje Copacabana Palace ”. Fontes : Arquivo Pessoal Biblioteca Nacional Brasiliana fotográfica Copacabana Palace Hotel Instituto Moreira Salles André Conrado
- Casa de Portugal de São Paulo celebrou “Luso-Brasilidade Musical”, novo livro de Ígor Lopes
Evento ficou marcado pela homenagem póstuma a Roberto Leal, através do seu filho Rodrigo Leal; Objetivo da obra é “promover um melhor diálogo cultural entre Brasil e Portugal”. Apresentações decorreram no Brasil nas cidades de Vitória, Rio de Janeiro, Olinda / Recife e São Paulo. Fotos: Agência Incomparáveis A Casa de Portugal de São Paulo foi palco, no dia 27 de novembro, da última apresentação em solo brasileiro em 2024 do livro "Luso-Brasilidade Musical - A influência da Música na Ligação entre Brasil-Portugal", da autoria do jornalista e escritor luso-brasileiro Ígor Lopes. O evento ficou marcado pela homenagem póstuma ao cantor Roberto Leal, através do seu filho, o músico Rodrigo Leal, que recebeu diplomas da Academia Luso-Brasileira de Letras, da Academia de Filosofia e Ciências Humanísticas Lucentina, da Associação de Portugueses do Estado do Espírito Santo e com declamação de poema pelo Instituto Um Olhar sobre a Língua Portuguesa no Mundo. Uma data que ficou marcada ainda por ser o dia em que Roberto Leal celebraria 73 anos de vida. Houve apontamentos musicais por Andrea Teixeira, instrumentista premiada internacionalmente, que tocou, ao piano, os hinos de Portugal e do Brasil, além do guitarrista Wallace Oliveira e Fernanda. Os músicos recordaram o trabalho do cantor português. Já no dia seguinte, 28, houve uma pequena apresentação do livro no âmbito do Almoço das Quintas, no restaurante “O Marques”, nas instalações da Casa de Portugal de São Paulo, com a presença de autoridades portuguesas e luso-brasileiras. A obra, realizada pelo Governo Federal do Brasil, leva o selo da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), e é fruto de um projeto que pretendeu celebrar os 200 anos de Independência desse país sul-americano. Fotos: Agência Incomparáveis Promover o diálogo Este novo trabalho de Ígor Lopes destaca as relações culturais entre os dois países, tendo a música como elo central. O livro examina o papel da música lusófona na construção de uma identidade cultural compartilhada entre Brasil e Portugal. Nas 255 páginas desse projeto literário, Ígor Lopes explora como a música, desde o fado e o samba até as influências contemporâneas, tem sido uma força de integração, criando diálogos culturais que transcendem fronteiras geográficas e históricas. A aposta recai em entrevistas a nomes que moldaram o tom das relações no campo artístico e musical, nos dois países. No seio da pesquisa que dá corpo a este novo livro, editado em 2022, há referências à cooperação cultural e musical, um retrato do movimento associativo português no Brasil, a imponência do fado, a integração promovida pelo samba, estudos sobre a vida e obra de nomes como a fadista portuguesa Maria Alcina, o compositor Alcino Correia, o cantor Roberto Leal, a exuberância de Carmen Miranda, entre outros casos que marcaram a agenda artística luso-brasileira. O prefácio é assinado por Ricardo Cravo Albin, musicólogo brasileiro, considerado um dos maiores pesquisadores da Música Popular Brasileira, autor do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira e responsável pelo Instituto Cultural Cravo Albin. Há ainda a participação de entidades e autoridades entre os dois países irmãos. Existem referências à cooperação cultural e musical e um retrato do movimento associativo português no Brasil. “Foi um momento em que pude estar junto de portugueses, brasileiros, lusodescendentes e amantes da lusofonia e da cultura, num convívio com a comunidade portuguesa e lusodescendente em São Paulo”, disse Ígor Lopes. No Brasil, o livro passou ainda por Vitória, Rio de Janeiro, Olinda e Recife, com o apoio internacional da In-Finita Editorial. Já em Portugal, houve apresentações em Lisboa e em Castelo Branco. “O objetivo destes lançamentos é promover um melhor diálogo entre os cidadãos residentes no Brasil e em Portugal, incentivando o espírito colaborativo entre os dois países. Escrever “Luso-Brasilidade Musical” foi uma jornada de redescoberta das profundas ligações que unem Brasil e Portugal por meio da música", finalizou Ígor Lopes. O livro, entregue em todo o mundo, pode ser solicitado em: info@agenciaincomparaveis.com . Ígor Lopes
- Festa das Luzes - Chanucá - Dia 26 na Praia de Copacabana
Ministério da Cultura apresenta, CHANUCÁ - FESTA DAS LUZES, tradicional festa judaica que faz parte do Calendário Oficial do Rio de Janeiro, será comemorada com acendimento de candelabro de seis metros de altura na Praia de Copacabana em celebração pela paz. Uma celebração pela paz e harmonia entre os povos será realizada pela comunidade judaica no dia 26 de dezembro, quinta-feira, às 18h, na Praia de Copacabana, entre as ruas Figueiredo de Magalhães e Santa Clara, quando será acendido um hanukkiah (escultura em forma de candelabro), de seis metros de altura. A Festa das Luzes (Chanucá) terá também apresentações musicais, teatrais e circenses. Toda a programação é gratuita e aberta para o público. HANUKKIAN NA PRAIA DE COPACABANA Link para Release e imagens: https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1I68wrpI72pS5pZcAW52nXHDP8DCYp9Py A Festa das Luzes ou Chanucá, tradicional evento realizado pela comunidade judaica, será realizada dia 26 de dezembro, quinta-feira, às 18h, na Praia de Copacabana, quando será acendido um hanukkiah (escultura em forma de candelabro), de seis metros de altura, com um show de luzes, seguido de uma oração coletiva pela paz e harmonia entre os povos. Para festejar, apresentações musicais com Déborah Levy (teclado) e Michel Nirenberg (sax), Banda Rag Samba Eletro, teatrais e circenses (Circo & Cia) estão programadas. E no domingo, dia 29, a Praça Zózimo Barroso do Amaral, no Leblon, recebe a partir das 18h, diversas atividades culturais, com artistas de circo (Circo & Cia), teatro Centro de Investigação Artística), e música a cargo da saxofonista Daniela Spielmann e o violinista Gilbert Vilela. Antes disso, dia 18, nesta quarta-feira, vários menorás medindo entre 1,5m e 3m, serão acesos em diversos pontos da cidade comemorando a Festa das Luzes, como nos túneis Zuzu Angel, Rebouças e Santa Bárbara, Shopping Rio Sul, Leblon, Rio Design, Campo Grande, Barra Shopping e Shopping da Gávea, Arpoador, Estação do Metrô Cardeal Arco-Verde, Praça Saens Pena, entre outros locais. O hanukkiah tem nove pontas e é muito semelhante ao menorá , candelabro de sete pontas e conhecido símbolo do judaísmo. Os menorás iluminam os caminhos da paz, solidariedade e tolerância. Toda a programação é gratuita e aberta para o público, contando com estruturas de acessibilidade, segurança e banheiros durante os eventos. O Chanucá Festa das Luzes) é viabilizado através da Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet, com o apoio do Ministério da Cultura e Governo Federal, com patrocínio da CBC, CSN, Banco Safra, TGB, Sulatlântica, fundo Rogério Jonas Zilbersztajn (RJZ) e apoio da Fierj. Hanukkah, ou Chanucá, é conhecido como “O Festival das Luzes” e seu principal símbolo é o candelabro de nove pontas (com a ponta do meio mais elevada que as outras) chamado de hanukkiah. É uma tradicional festa judaica que celebra a vitória da luz sobre as trevas e a liberdade de religião e de expressão para todos . A palavra hebraica "chanucá" significa "dedicação" ou "inauguração". A primeira noite de Chanucá começa após o pôr-do-sol do 24º dia do mês judaico de Kislev e a festa é comemorada durante 8 dias. A festa comemora a Guerra dos Macabeus e a vitória dos judeus sobre os Selêucidas no ano de 2.200 AC. A tradição diz que, após a reconquista de Jerusalém, os judeus encontraram um pote de azeite que durou oito dias, apesar de haver apenas o suficiente para um dia, sendo este o milagre de Hanukkah. Em memória desse acontecimento, os judeus acendem uma vela ou lamparina em cada oito dias da festa. SERVIÇO: Grande Festa de Chanucá na Praia de Copacabana Dia 26 de dezembro, a partir das 18h Av. Atlântica, entre as ruas Figueiredo de Magalhães e Santa Clara Classificação livre - Entrada franca Atrações Artísticas: Banda Rag Samba Eletro , formada há 25 anos por oito ritmistas de diversas escolas de samba do Rio de Janeiro, apresenta um repertório com música judaica, sucessos nacionais e internacionais. Déborah Levy (teclado) Mestra em Música pela UNIRIO, RJ, 2016. MBA em Gestão Cultural pela Universidade Cândido Mendes, RJ, 2010 e Bacharel em Música Popular Brasileira (Arranjo), pela UNIRIO, 2005. Profissional atuante na área de artes, com especialização em música, ênfase em piano, teclado, arranjo, prática de conjunto e composição musical. Atua profissionalmente na área de música popular desde 1989, tanto na área de performance, quanto de ensino de piano. Michel Nirenberg (saxofone) - Com um destacado currículo e tendo se graduado com louvor em seu bacharelado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestrado na James Madison University (JMU), Nirenberg traz um repertório eclético, do jazz ao choro, samba, baião e maracatu. Teatro – com atores do Centro de Investigação Artística, apresentando a peça “O Milagre de Chanucá” Circo - artistas da Circo & Cia Festa de Chanucá no Leblon 29 de dezembro, às 18h Praça Zózimo do Amaral (Leblon) Classificação livre - Entrada franca Atrações Artísticas: Daniela Spielmann – sax - começou a tocar saxofone aos 17 anos e sempre se interessou pela música brasileira. Além de fortemente marcada pelo choro, sua música também incorpora o frevo, o maracatu, o samba, a bossa nova e o jazz. Gilbert Vilela – violinista – participa da “Orquestra de Rua” na Casa Amarela Providência, onde também é professor voluntário para crianças e adolescentes. Teatro – com atores do Centro de Investigação Artística, apresentando a peça “O Milagre de Chanucá” Circo - artistas da Circo & Cia MAIS INFORMAÇÕES : Reg Murray - Assessoria de Imprensa regmurray.jornalista@gmail.com (21) 98892-1549 celular e whatsapp Revista do Villa | Reg Murray
- Paulo Rangel defende relevância da participação de Portugal no G20 no Brasil
Foto: Agência Incomparáveis Durante a visita da comitiva portuguesa ao Brasil, entre os dias 18 e 20 de novembro, no âmbito da participação nas reuniões do G20, uma oportunidade disponibilizada a Portugal, na qualidade de observador, a convite da Presidência brasileira, a reportagem da Agência Incomparáveis conversou, com exclusividade, com Paulo Rangel, ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros de Portugal, sobre a participação no evento internacional e os resultados atingidos. O governo português anunciou que vai contribuir com 300 mil dólares anuais para a nova Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada pelo presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, durante a cimeira do G20. No âmbito deste evento internacional, e durante a primeira sessão de trabalho da reunião de chefes de Estado e de Governo do G20, o governo português saudou o presidente Lula por trazer para o centro da discussão “temas absolutamente essenciais como a erradicação da pobreza e da fome”. O G20 é um dos principais fóruns internacionais sobre cooperação económica e desenvolvimento internacional. Foi estabelecido em 1999 e inclui, desde 2008, uma Cimeira anual, com a participação dos respetivos Chefes de Estado e de Governo. Os membros do G20 são: EUA, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, Índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia e, ainda, a União Europeia e a União Africana e representam as maiores economias, compondo cerca de 85% do PIB mundial, mais de 75% do comércio mundial e cerca de 2/3 da população mundial. Nesta oportunidade, o ministro estava acompanhado pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro; pelo embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos; pelo deputado luso-brasileiro eleito pelo círculo de Fora da Europa, Flávio Martins, que é também presidente do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CP-CCP); e por Gabriela de Albergaria, cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro. À nossa reportagem, Paulo Rangel avaliou a participação portuguesa no certame e considerou “a luta contra a pobreza e contra a fome o resultado mais evidente e mais forte” da reunião que contou com a presença de diversos chefes de Estado e de governo do mundo. Como avalia a participação de Portugal no G20? Foi uma oportunidade extraordinária para Portugal ter participado em todas as sessões como convidado, no fundo, para assistir permanentemente a todos os trabalhos preparatórios e a todas as reuniões de ministros, foi realmente extraordinário porque nos deu acesso a um fórum em que estavam nações que representam dois terços da população mundial, que representam 80% do PIB do mundo e, portanto, estamos a falar de uma organização com uma importância crucial. Isto permitiu a Portugal estar presente, debater, propor medidas, contribuir para a relação dos documentos, intervir com ministros em todas as áreas, em várias cidades do Brasil, porque o Brasil desconcentrou e muito bem esta iniciativa e esta presidência e aquilo que eu tenho a dizer é que Portugal está imensamente grato ao Brasil e à presidência brasileira do G20, porque foi uma oportunidade que nunca tínhamos tido e que, eu diria, aproveitamos em pleno. E como avalia as conclusões do encontro? A luta contra a pobreza e contra a fome, julgo, foi o resultado mais evidente e mais forte desta presidência e há, de facto, agora um conjunto de iniciativas que vão permitir ajudar os países em desenvolvimento, onde a fome e a miséria continuam a ser problemas muito persistentes e com muita dificuldade de serem superados. Portugal aqui também está com muita atenção para as guerras e os conflitos que estão em curso, que verdadeiramente também nos retiram a oportunidade de lançar estes programas, porque obviamente para se lançar programas de apoio, de ajuda às pessoas que estão na pobreza ou que estão até mesmo na fome ou na iminência da fome, tem que haver segurança para aqueles que vão ajudar e, portanto, com conflitos isso não é possível, isso é grave e um imenso problema. Uma outra dimensão muito relevante é a questão do combate às alterações climáticas e, portanto, também aí Portugal esteve muito presente, primeiramente teve intervenção nos dois momentos e, portanto, tivemos, aliás, algumas reuniões paralelas à margem para fazer projetos de colaboração, por exemplo, na Amazónia, para nos envolvermos mais em programas em que vários países europeus estão empenhados em ajudar os oito países que, no fundo, estão ligados à Amazónia, porque a Amazónia, na verdade, sendo, obviamente, integrando o território destes países, é o pulmão da humanidade e, portanto, toda a humanidade tem de cuidar e ajudar a cuidar, porque o que representa em termos de ambiente, de natureza, evidentemente, tem um impacto global, não é um impacto apenas no continente americano ou no continente sul-americano e, portanto, há aqui uma responsabilidade global de ajudar estes oito países a cuidarem da sua floresta, este é um aspeto também muito importante e eu diria que estes são pontos relevantes. Nestas cimeiras há muitos encontros bilaterais que, embora Portugal seja um país muito bem inserido na comunidade internacional, porque está na União Europeia, tem a Cimeira Ibero-Americana, tem a Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa, tem a NATO, está na ONU muito dinâmica, o secretário-geral da ONU é português, o presidente do Conselho Europeu também é um português, portanto, isso significa que estamos muito bem inseridos, mas houve aqui uma oportunidade de falar diretamente com líderes e com países que, normalmente, não estão nos fóruns em que nós estamos ou, pelo menos, não estão com este grau de facilidade de acesso e isso para o nosso país foi muito importante para afirmar, no fundo, aquela que é a vocação universalista portuguesa, que é justamente a de ser um fazedor de pontes, um mediador entre regiões do mundo ou Estados que estão, eu não diria em conflito, mas muitas vezes em tensão e, portanto, nós temos essa capacidade de fazer pontos e aqui o Brasil deu-nos esta grande oportunidade. Queria também saudar o Brasil por outra coisa, por ter convidado a Angola, no fundo, convidou um país de língua portuguesa em África e um país de língua portuguesa na Europa, isto também é uma grande valorização desse ativo comum que temos e, portanto, não sendo eu Ministro de Negócios Estrangeiros da Angola, embora grande amigo do meu homólogo, isto representa uma visão que o Brasil tem, pois decidiu escolher dois países que nunca tinham participado e ambos países de língua portuguesa. Ígor Lopes
- Escritor João Morgado lançou livro em África com a ajuda da Associação “Mais Lusofonia”
Fotos: Associação Mais Lusofonia No âmbito de mais uma missão humanitária realizada em Cabo Verde pela Associação “Mais Lusofonia”, o escritor português João Morgado apresentou o livro “Praia di Bunitas”, em julho, no Museu da Educação, na cidade da Praia. A mesa de honra contou com a presença do autor, de Maria Clara Marques Gomes Rodrigues, presidente da Assembleia Municipal da Praia, e de Sofia Lourenço, presidente da Associação Mais Lusofonia. Este projeto literário foi um dos pontos dessa missão às ilhas da Brava e de Santiago, reunindo cerca de 20 voluntários portugueses e luso-brasileiros. Esta missão foi composta também por formações realizadas por elementos portugueses da área da Saúde, um espetáculo de dança envolvendo jovens e professores bravenses, a distribuição de cerca de dez toneladas em doações, que seguiram para Cabo Verde em malas, via aérea, e num contentor de 40 pés, via marítima, além da entrega de donativos às entidades Fazenda da Esperança e Aldeias SOS Cabo Verde Infantil. “Praia di Bunitas” foi ainda apresentada ao presidente da República de Cabo-Verde, José Maria Neves, e a Dom Arlindo Gomes Furtado, Cardeal da Diocese de Santiago de Cabo Verde. Os livros foram distribuídos gratuitamente por escolas e bibliotecas, pela “Mais Lusofonia”, que tem sede em Castelo Branco, Portugal. A ideia do projeto de João Morgado, que se juntou ao grupo como voluntário, foi aceite pela Associação, que mobilizou patrocinadores que viabilizaram a impressão da obra. Segundo apurámos, este conto infantojuvenil “mistura português e crioulo” e é a primeira incursão do autor no ambiente cultural africano. “É uma ousadia só possível por ser integrada numa campanha solidária, mas que me deu muito prazer”, frisou João Morgado, que explicou que esta nova obra “fala da amizade de uma menina pela sua boneca e de como a ‘deusa das águas’ pede que cuidem dos oceanos”. “Uma mensagem ecológica”, referiu o autor, que comentou ainda, que, “na Europa, estamos a perder esta batalha, imersos no consumismo e no desperdício, mas em África há ainda uma relação forte com a natureza, com a mãe-natureza, é importante que estas mensagens permaneçam nos mais jovens”. A apresentação do livro, que foi prefaciado pelo embaixador de Cabo-Verde em Portugal, Eurico Correia Monteiro, contou com a presença da escritora cabo-verdiana Vera Duarte Pina, que elogiou o trabalho de Morgado. “Vamos distribuir a obra pelas escolas gratuitamente. Foi um projeto árduo de um ano em Portugal para conseguirmos patrocínios através de atividades que nós desenvolvemos, que os voluntários da Associação fazem. Sem ajuda autárquica ou do governo conseguimos levar a cabo o projeto do livro, não só na Praia como também de algumas ações na Ilha da Brava. A presidente da Câmara Municipal da Praia, Clara Marques, reforçou que a cooperação existente tem valorizado as ligações de Portugal com Cabo Verde. “O objetivo foi distribuir o livro pelas escolas de ensino básico em Cabo Verde. Este livro, que muito nos agradou, intensificou o nosso processo de intercâmbio cultural e ação social, em toda as vertentes que a missão possui”, finalizou Sofia Lourenço, presidente da Associação Mais Lusofonia. Fotos: Associação Mais Lusofonia Ígor Lopes
- Competitividade no setor agroalimentar português foi destaque da edição 2024 do “InovFood Summit” em Castelo Branco
Foto: cedida pela organização do evento O Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA), em Castelo Branco, foi palco da segunda edição do InovFood Summit, evento organizado pela Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro (InovCluster) que reuniu empresários e especialistas do setor agroindustrial. Com 30 oradores e 50 participantes, incluindo representantes de 24 pequenas e médias empresas (PME), o evento realizado nos dias 26 e 27 de novembro destacou temas como digitalização, inovação, sustentabilidade, apoios financeiros e internacionalização. No primeiro dia, as sessões abordaram a utilização de ferramentas digitais para otimizar processos nas empresas agroalimentares e o projeto Hub4Food, uma iniciativa co-financiada pelo programa INTERREG Atlantic. O projeto visa “apoiar as PME no desenvolvimento de novos produtos em colaboração com os centros tecnológicos CATAA e MARE do IP Leiria”. Durante a tarde, a atenção voltou-se para os relatórios ESG (Environmental, Social, Governance) e os desafios de implementação da certificação IFS Food, cada vez mais valorizada nos mercados internacionais. O segundo dia focou-se em oportunidades de financiamento, abordando apoios públicos e soluções bancárias. Foram também apresentadas tendências como o uso de inteligência artificial e cadeias curtas de distribuição. A sessão de encerramento foi dedicada à internacionalização, com destaque para o projeto export.i9 e o uso de ferramentas digitais para aceder a mercados internacionais. A InovCluster, responsável pela organização, destacou a importância de eventos como o InovFood Summit para fortalecer o setor agroalimentar, promovendo a troca de conhecimentos, networking e inovação. O evento, que evidenciou ainda a importância da colaboração e inovação no fortalecimento da competitividade do setor, permitiu “a troca de experiências, conhecimento e boas práticas, num ambiente participativo, marcado pelo dinamismo e motivado pelo interesse em saber mais”, lê-se na nota da organização que descreveu “a atmosfera dinâmica e participativa” que destacou o “compromisso do setor com a inovação e a melhoria contínua” dos participantes. Durante as apresentações, foram exibidos produtos inovadores já desenvolvidos pelos parceiros, numa iniciativa que serviu como “uma fonte de inspiração para as PME”, de acordo com os organizadores. No âmbito da sustentabilidade, as discussões giraram em torno dos relatórios ESG (Environmental, Social, Governance), cada vez mais valorizados no mercado. A certificação IFS Food também foi abordada, com participantes a destacarem a sua importância como “um selo de qualidade essencial para conquistar mercados internacionais”. A InovCluster, com sede em Castelo Branco, desempenha um papel central no apoio ao setor agroalimentar, abrangendo áreas como inovação, marketing, sustentabilidade e exportação. Atualmente, conta com 147 associados, entre empresas, associações, cooperativas e instituições de ensino, e promove iniciativas que fortalecem o tecido empresarial da região. Ígor Lopes
- Grupo de Teatro "Tá na Rua" lança site com memória dos 45 anos de trabalho liderados por Amir Haddad
O portal será lançado no tradicional espetáculo gratuito de fim de ano do coletivo, o “Auto de Natal – O Auto do Renascimento”, no dia 14 de dezembro na Praça Cardeal Câmara, na Lapa. Às vésperas de completar 45 anos de história dedicados à arte popular, o grupo Tá Na Rua lança no dia 14 de dezembro, às 16h, o site www.grupotanarua.com.br , contendo todas as imagens, textos, documentos, roteiros, vídeos e registros de espetáculos, curso e atividades culturais apresentados ao longo dessas quase cinco décadas. O lançamento será realizado no tradicional espetáculo de fim de ano do grupo, apresentado há 44 anos nas praças e espaços públicos da cidade do Rio de Janeiro, o “Auto de Natal – o Auto do Renascimento” na Praça Cardeal Câmara, na Lapa. Com o propósito de promover um contato direto com a cidade e o cidadão, o evento aborda os ritos e significados em torno do Natal evidenciando bem o trabalho do grupo, com uma manifestação de arte pública, gratuita e aberta a todas as idades. Na montagem deste ano o grupo propõe uma reflexão sobre o renascimento, tema que norteará as apresentações. Fundado pelo renomado diretor Amir Haddad, o Tá Na Rua se tornou Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro em 2011, contribuindo para a formação de um grande número de artistas e para o desenvolvimento cultural da cidade, abrindo caminho para o surgimento e a consolidação de diversos coletivos teatrais e tornando-se referência nacional no campo das artes, educação e cidadania. A criação do site faz parte do projeto “Tá Na Rua Tem História” que foi contemplado pelo edital Programa Funarte Retomada 2023 – Teatro, realizado pela Funarte / Ministério da Cultura /Governo Federal, projeto desenvolvido ao longo de todo o ano de 2024. Além da trajetória do Tá Na Rua, amantes do teatro e da cultura popular terão a oportunidade de conhecer detalhes da história de Amir Haddad, um dos maiores diretores e teatrólogos do Brasil com reconhecimento internacional. Com uma vida inteira dedicada às artes cênicas e ganhador de diversos prêmios da categoria, Amir brinca ao falar da importância de unir cultura e tecnologia. “Quem disse que eu me rendi à internet? Eu lido com o ser humano vivo, é teatro que eu faço! A internet é importante porque vai permitir que as pessoas tenham acesso a todo material acumulado ao longo de quase 45 anos de trabalho do ‘Tá na Rua’. Nisso a internet ajuda muito”, afirma Haddad. Com curadoria e coordenação de Ana Carneiro, (co-fundadora do Tá Na Rua), projeto visual de Leandro Felgueiras e apoio institucional da Cinemateca do MAM, o site é um espaço para pesquisas sobre teatro de rua e divulgação de produções artísticas, oficinas, cursos, palestras e demais atividades do Centro Cultural Casa Tá Na Rua. “Há um aspecto afetivo e emocional nessa construção por ver materializado um sonho que perpassa a longo tempo a trajetória do Tá na Rua. É uma satisfação como pesquisadora saber que, com o site, estamos criando um espaço virtual onde toda a história desse trabalho tão importante poderá ser lida por aqueles que se interessam em conhecer um pouco mais sobre o teatro brasileiro. Desde suas origens, o Tá na Rua se preocupou em documentar seu processo de trabalho, tanto por meio de anotações, como por imagens, que permitem hoje se conhecer a prática artística que, pouco a pouco, corporificou nossa linguagem”, relembra Ana Carneiro. O site também oferece informações sobre os diversos setores que, estruturados legal e juridicamente pelo grupo para as artes, educação e cidadania, constituem as atividades desenvolvidas pelo Tá Na Rua (produção artística); pelo Centro Cultural Casa do Tá Na Rua; pela Escola Carioca do Espetáculo Brasileiro (espaço de passagens de saber e pesquisa teatral); pelo Fórum de Arte Pública (cidadania); pelo acervo Tá Na Rua (Centro de Memória e Documentação do grupo), onde se encontram todos os registros documentais; e, finalmente, pelo setor administrativo e de produção do grupo. SERVIÇO : LANÇAMENTO DO SITE www.grupotanarua.com.br Data: 14 de dezembro de 2024 Horário: 16h Local: Praça Cardeal Câmara – Arcos da Lapa / Rio de Janeiro Evento Gratuito FICHA TÉCNICA: Realização: Funarte / Ministério da Cultura /Governo Federal e Instituto Tá Na Rua para as Artes, Educação e Cidadania Direção Geral: Amir Haddad Coordenação do projeto e Curadoria: Ana Carneiro Coordenação Administrativa: Maria Helena da Cruz Produção: Maria Inês Vale Elaboração de projeto: Ana Carneiro, Carol Eller, Evandro Castro, Isadora Figueira, Maria Helena da Cruz, Maria Inês Vale e Máximo Cutrim. Pesquisa: Carol Eller, Luciana Pedroso, Mônica Saturnino e Isadora Figueira Comunicação (Rede Social): Evandro Castro e Máximo Cutrim Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Comunicação Desenvolvimento Web: Somar Comunicação Programador Visual: Leandro Felgueiras (FARPA) Apoio Institucional: Cinemateca do MAM Alex Varela
- Tributo a Rita Lee de Mel Lisboa, abre nova data no Teatro Maria Matos
Descarregar fotos e imagens: https://9tiox.r.a.d.sendibm1.com/mk/cl/f/sh/1t6Af4OiGsGsLgZs2nhYDcPzhCHiar/e2DaVeXDzlMt A actriz e cantora brasileira Mel Lisboa apresenta-se em Lisboa nos próximos dias 21 e 22 de Janeiro, no Teatro Maria Matos, com um concerto que promete celebrar a vida e a obra de uma das maiores artistas da música brasileira: a icónica Rita Lee. Após esgotar as duas primeiras datas, foi aberta esta tarde nova apresentação no dia 22 pelas 19h. A relação de Mel Lisboa com o legado de Rita Lee começou em 2014, quando subiu ao palco como protagonista do espectáculo "Rita Lee Mora ao Lado - O Musical". A performance rendeu elogios da própria homenageada, que declarou: “Mel, você me fez muito melhor do que eu mesma”. Desde então, Mel tem sido uma das principais intérpretes da história e do repertório daquela que foi uma das maiores vozes do rock brasileiro. Passados dez anos, Mel Lisboa continua a celebrar a vida e a música da artista. No Brasil, o espectáculo "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical" tem sido um sucesso arrebatador de público, com sucessivas apresentações esgotadas, e também junto da crítica. Paralelamente, Mel Lisboa tem percorrido o país com um concerto emocionante e cheio de energia onde interpreta vários sucessos do repertório de Rita. Agora, chegou a vez de Lisboa viver esta experiência única. O espetáculo no Teatro Maria Matos será uma noite de pura celebração, repleta de recordações e marcada pelos sucessos que fizeram de Rita Lee uma das vozes mais emblemáticas do rock brasileiro. Não perca esta oportunidade de revisitar a música de Rita Lee através da voz e da presença magnética de Mel Lisboa. Teatro Maria Matos 21 de Janeiro às 21h e 22 de Janeiro às 19h e às 21h Bilhetes 25€ | M6 Links úteis: BILHETES SITE Teresa Sequeira | Força de Produção teresa.sequeira@fproducao.pt | (+351) 939 107 144 Travessa de Paulo Jorge, 11 A 1300-444 Lisboa Revista do Villa (Teresa Sequeira | Força de Produção)










