Revista do Villa
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Revista luso-brasileira de conteúdo sobre cultura, gastronomia, moda, turismo,
entretenimento, eventos sociais, bem-estar, life style e muito mais...
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- Emídio Sousa defende “império da língua portuguesa” durante evento luso-brasileiro em Matosinhos
Foto: Agência Incomparáveis/Fundação Livraria Lello O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, afirmou durante a abertura da primeira edição da Fliporto Portugal, em Matosinhos, que a língua portuguesa é “o património comum mais valioso” entre os países lusófonos e defendeu a criação de um verdadeiro “império da língua portuguesa”. “Nós somos a sexta língua mais falada no mundo, mas se pensarmos nas geografias onde se fala português, seremos provavelmente a segunda ou terceira maior língua do mundo. Por isso, temos que a cultivar, dinamizar e ter orgulho em falar português”, declarou este governante, sublinhando que “um povo sem cultura não existe”. Emídio Sousa destacou ainda o papel da Fliporto, Festa Literário de Pernambuco, com sede no Nordeste brasileiro, e que chega pela primeira vez a Portugal para celebrar 20 anos de existência no país irmão, unindo autores lusófonos. Este ano, acontece em Portugal no Mosteiro de Leça do Balio com o apoio da Fundação Livraria Lello. “Este festival é uma maravilha, porque distingue autores que escrevem e pensam em português. A despesa em cultura não é custo, é investimento. A cultura é a nossa forma de ser e de constituir família”, salientou o secretário de Estado, que recordou também a sua recente visita ao Brasil, onde percorreu espaços emblemáticos da cultura luso-brasileira. Em declarações à nossa reportagem, Emídio Sousa reforçou a importância da língua como eixo central das relações lusófonas. “Já não estamos no tempo dos impérios territoriais, mas podemos, e devemos, construir o império da língua portuguesa. É esse império que nos unirá numa sociedade global muito melhor”, concluiu. A Fliporto Portugal acontece de 22 a 25 de outubro. Durante o evento houve a entrega do Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia 2024 às escritoras Dulce Maria Cardoso, portuguesa, e Amélia Dalomba, de Angola. Ígor Lopes
- O ouvidor do Brasil: 99 vezes Tom Jobim é eleito Livro do Ano no Prêmio Jabuti 2025
Em seu ano como Capital Mundial do Livro, o Rio de Janeiro recebeu, no Theatro Municipal, a maior premiação literária do país, que laureou 23 categorias e homenageou Ana Maria Machado O Prêmio Jabuti , principal premiação literária do Brasil, anunciou nesta noite, dia 27 de outubro, os grandes vencedores da 67ª edição. O evento, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), foi realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e reconheceu Ruy Castr o com a obra “O ouvidor do Brasil: 99 vezes Tom Jobim” (Ed. Companhia das Letras), como o Livro do Ano de 2025 . Confira aqu i a lista completa dos vencedores. Além de receber a estatueta dourada, Ruy Castro foi contemplado com um prêmio especial de R$ 70 mil, e uma viagem à Feira do Livro de Londres, que em 2026 celebra o Ano da Cultura Brasil–Reino Unido. A CBL organizará uma agenda exclusiva de encontros, palestras e ações de divulgação. Com um total de 4.530 obras inscritas, a edição de 2025 premiou também vencedores em 23 categorias, distribuídas nos quatro eixos Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação. Destaque também para a novidade “Categoria Especial - Fomento à Leitura” , dedicada a projetos realizados na cidade do Rio de Janeiro. O ganhador foi o projeto Rio Capital Mundial do Livro, um programa público que fortalece políticas estruturantes do livro e das bibliotecas (como Bibliotecas do Amanhã e Paixão de Ler) e alcance em diferentes territórios. Os laureados de cada categoria receberam a tradicional estatueta do Jabuti e um prêmio de R$ 5 mil. As obras vencedoras terão maior visibilidade em eventos nacionais e internacionais, como, por exemplo, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, na Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, na Feira do Livro de Frankfurt, entre outras. Os livros premiados enviados pelas editoras serão destaque em ações de promoção e exposição nos estandes da instituição. “Realizar esta cerimônia no Rio teve um significado singular. No ano em que a cidade detém o título de Capital Mundial do Livro pela UNESCO, celebramos aqui a indústria do livro, a diversidade da produção nacional, a inovação e a excelência editorial”, comemora Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL). “Realizar o Jabuti no Rio foi uma forma de reconhecer a cidade como um centro da cultura. O Theatro Municipal, com sua história e grandiosidade, amplificou as vozes da nossa literatura. Nesta edição, recebemos um grande volume de inscrições de obras, o que demonstra a vitalidade da produção literária brasileira e a importância do Jabuti, que também tem expandido seu papel na internacionalização da literatura brasileira. Ao premiar obras brasileiras publicadas fora do país, a premiação reconhece o esforço de editoras estrangeiras e nacionais que trabalham na exportação dos direitos autorais. O Jabuti está sempre se reinventando e buscando novos espaços de internacionalização”, ressalta o curador do prêmio, Hubert Alquéres. Os mestres de cerimônia deste ano foram Marisa Orth e Silvio Guindane. A cerimônia, exclusiva para convidados, foi transmitida ao vivo para todo o Brasil pelo canal da CBL no YouTube . Homenagem do Ano Ana Maria Machado foi a escolhida como a Personalidade Literária da 67ª edição do Prêmio Jabuti . A honraria consagra figuras da literatura nacional, que contribuíram de forma decisiva para o fortalecimento da cultura brasileira e a formação de gerações de leitores. A escritora homenageada construiu uma trajetória marcada pela versatilidade, pelo diálogo com diferentes públicos e pelo reconhecimento internacional. Autora de mais de cem títulos publicados, entre romances, ensaios, contos e uma vasta produção infantojuvenil, tem obras traduzidas em diversos idiomas e publicadas em mais de 20 países. Ana Maria expressou emoção ao receber a homenagem durante a cerimônia:“Fiquei com medo de me emocionar, mas me emocionei, sim. Receber a homenagem de Personalidade Literária do Prêmio Jabuti 2025 foi uma linda surpresa, que me encheu de alegria e gratidão. Todo mundo merece ter seu trabalho reconhecido, mas quando isso acontece de forma totalmente inesperada, é ainda mais especial. A emoção é dupla, porque é um reconhecimento que vem do povo do livro. Ainda mais em um ano em que a festa acontece na minha cidade, nesse local que vi pela primeira vez aos quatro anos e onde vivi memórias inesquecíveis. Tudo se soma para a alegria deste momento de celebração. Agradeço a todos que vêm me acompanhando nesses anos, Brasil adentro e afora, leitores, amigos, colegas escritores e minha família, que sempre soube me respeitar e apoiar. Sabem que hoje a festa é deles também.” Sobre o autor do Livro do Ano Ruy Castro é jornalista e escritor, nascido em 1948 em Caratinga (MG). Começou sua carreira como repórter em 1967 e, a partir de 1990, focou-se na escrita de livros, tornando-se conhecido por biografias detalhadas de figuras como Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda. Suas obras também incluem reconstituições históricas sobre a Bossa Nova e o Rio de Janeiro dos anos 1920. Ruy Castro foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2022 e já ganhou prêmios como o Machado de Assis e o Jabuti. Sinopse "O ouvidor do Brasil: 99 vezes Tom Jobim" é uma coletânea de 99 crônicas escrita por Ruy Castro que compõe um perfil biográfico fragmentado e detalhado de Tom Jobim, revelando seu lado humano, crítico e muitas vezes inesperado. O livro explora a profunda conexão de Jobim com o Brasil, sua genialidade, seu compromisso com a natureza e oferece histórias de bastidores e fatos inéditos da cena musical dos anos 1950 e 1960. Cristina Granato
- Leiria: Quinta edição das Jornadas Internacionais de Etnografia reunirá estudiosos de cinco países em novembro
Foto: divulgação/Jiel As “Jornadas Internacionais de Etnografia” 2025, que acontecem em Leiria, Portugal, serão realizadas dia 8 de novembro a partir das 9h no Auditório da Filarmónica de Chãs, Regueira de Pontes, concelho de Leiria, com descentralização em Arrabal, Monte Real e Caranguejeira. Inscrição gratuita decorre até 3 de novembro pelo e-mail jieleiria@gmail.com Nesta quinta edição promovida pela Câmara Municipal de Leiria e pelo Agromuseu Municipal Dona Julinha, a meta é “aprofundar conhecimentos, estabelecer parcerias e contribuir para o fortalecimento da comunidade etnográfica global”. Neste sentido, os temas a serem debatidos por estudiosos de instituições académicas e culturais de cinco países, como Brasil, Equador, Espanha, Portugal e Ucrânia, estão divididos em cinco painéis, das 10h às 16h45: “Processos e saber-fazer”, “Música como tradição e identidade”, “Narrativa etnográfica do folclore”, “Memórias, rituais e possível oferta turística”, e “Atuação, comentada, da Filarmónica de Chas”. As Jornadas contam com o apoio das seguintes instituições: Filarmónica de Chãs; Junta de Freguesia de Regueira de Pontes; Leiria Cidade Criativa da Música; Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (Brasil); Instituto de Investigaciones Antropológicas de Castilla y León (Espanha); Sociedade Ibero-Americana de Antropologia Aplicada; Centro do Património da Estremadura (CEPAE); Associação Folclórica da Região de Leiria — Alta Estremadura (AFRL-AE); Rancho Folclórico Juventude e Amiga de Conqueiros; e Agência Incomparáveis. Ígor Lopes
- Roberto Lima e Ana Botafogo: encontro de mestres celebra a força da dança brasileira
Nos bastidores do Grand Prix Ana Botafogo , realizado na Orla da Praia dos Cavaleiros, em Macaé, um encontro simbólico marcou a noite de gala: Roberto Lima , diretor do Núcleo de Dança para Atores , ao lado da grande Ana Botafogo , ícone da dança nacional e curadora do evento. A imagem dos dois juntos sintetiza o espírito que move o festival: a união entre gerações, linguagens e trajetórias dedicadas à arte da dança. O Núcleo de Dança para Atores foi convidado para integrar a noite de abertura com o espetáculo “Sob a Pele” , dirigido por Roberto Lima e coreografado por Mônica Barbosa . A obra, que investiga as camadas sensíveis e expressivas do corpo, tem se consolidado como um dos trabalhos mais consistentes do coletivo, formado majoritariamente por artistas oriundos de universidades públicas. Em 2025, o Núcleo de Dança para Atores celebra 25 anos de existência , reafirmando sua relevância na cena cultural brasileira. Ao longo de sua trajetória, o grupo tem se destacado pela fusão entre teatro e dança, pela pesquisa de linguagem e pela formação de intérpretes criadores comprometidos com a expressão artística e social do corpo. “ Sob a Pele ” teve sua pré-estreia no final de 2024, na Cidade das Artes , e ao longo de 2025 percorreu uma jornada marcante: estreou oficialmente no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro , onde o coletivo é residente, e foi selecionado por edital para apresentações em espaços de prestígio como o Centro de Artes da UFF , o festival Niterói em Cena e o Teatro Popular Oscar Niemeyer . Encerrando o ano com chave de ouro, o Núcleo apresentou o espetáculo no Grand Prix Ana Botafogo , evento que reuniu companhias de destaque de todo o país à beira-mar, em uma celebração aberta ao público e abençoada pela presença de uma das maiores bailarinas da história do Brasil. Além das conquistas artísticas, 2025 também trouxe importantes reconhecimentos: o Núcleo recebeu uma Moção de Louvor e Aplausos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro , e Roberto Lima foi homenageado com o Troféu Regina Ribeiro , que celebra personalidades que fortalecem a dança contemporânea no Brasil. O registro fotográfico de Roberto Lima e Ana Botafogo , lado a lado, simboliza o elo entre tradição e inovação, um encontro de mestres que celebra não apenas a arte da dança, mas também a resistência e a vitalidade de um coletivo que há 25 anos transforma movimento em poesia. 📍 Grand Prix Ana Botafogo – Segunda Edição 📅 24 a 26 de outubro de 2025 📌 Orla da Praia dos Cavaleiros – Macaé/RJ Nando Andrade
- 50 Anos da Morte de Vladimir Herzog: A Luta Inesquecível pela Verdade e Democracia
Em 25 de outubro de 1975, durante o auge da repressão da ditadura militar brasileira, o jornalista, professor e dramaturgo Vladimir Herzog, carinhosamente conhecido como Vlado, foi covardemente assassinado nas dependências do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo. Cinquenta anos depois, sua história e legado continuam a ser um farol na defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa no Brasil. A História de Vlado e a Farsa da Ditadura Nascido na Iugoslávia (atual Croácia) em 1937, Vladimir Herzog veio para o Brasil com sua família fugindo do antissemitismo durante a Segunda Guerra Mundial. Formado em Filosofia pela USP, Vlado construiu uma carreira sólida e respeitada no jornalismo, trabalhando em veículos como o jornal O Estado de S. Paulo e a BBC de Londres, antes de assumir a direção de telejornalismo da TV Cultura de São Paulo, na década de 1970. Militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Vlado se apresentou voluntariamente ao DOI-Codi para "prestar esclarecimentos" sobre suas atividades e ligações, no auge de uma onda de prisões e torturas. No entanto, ele jamais saiu vivo do quartel-general do II Exército. A versão oficial divulgada pelo regime militar foi a de suicídio, uma farsa grotesca e cruel. A foto manipulada e divulgada pelos agentes do DOI-Codi, que mostrava Vlado supostamente enforcado em uma cela, com o corpo em suspensão incompleta e a calça afivelada, logo se tornou um símbolo da barbárie da ditadura. Posteriormente, foi comprovado que Vladimir Herzog foi torturado e morto por agentes do Estado, um crime de lesa-humanidade que o regime tentou acobertar. A retificação de seu atestado de óbito, em 2013, a pedido da Comissão Nacional da Verdade (CNV), encerrou oficialmente a farsa do suicídio, reconhecendo o assassinato por tortura. O Legado de um Símbolo da Resistência A morte de Vlado, um intelectual e jornalista de grande prestígio, chocou o país e teve uma repercussão imediata e profunda, ajudando a frear, momentaneamente, a máquina de repressão e assassinatos políticos do regime. Uma semana após o crime, a reação da sociedade civil culminou em um dos atos públicos de maior repúdio à ditadura militar desde 1964: a Missa de Sétimo Dia, realizada na Catedral da Sé, em São Paulo, em 31 de outubro de 1975. O evento, que reuniu cerca de 8 mil pessoas, transformou-se em um ato ecumênico histórico e desafiador. A celebração foi conduzida pelo arcebispo de São Paulo, o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, ao lado do então jovem Rabino Henry Sobel e do pastor presbiteriano Jaime Wright. O rabino Sobel, em um gesto corajoso de desafio à versão oficial e ao antissemitismo que marcava a repressão, recusou-se a enterrar Herzog na ala dos suicidas do cemitério judaico. A união de católicos, judeus e protestantes contra a opressão demonstrou uma força e um clamor por democracia que marcaram um ponto de inflexão na luta contra o regime. O legado de Vlado vive, hoje, no Instituto Vladimir Herzog (IVH), que é presidido por seu filho, Ivo Herzog. A entidade atua na defesa dos Direitos Humanos, da democracia, da liberdade de expressão e do direito à memória e à verdade, promovendo debates e o engajamento cívico. Para Ivo Herzog, a luta de seu pai e o impacto de sua morte são "uma forma de ensinar as pessoas" sobre a importância da reflexão e do diálogo na construção de uma sociedade democrática. A Luta Incansável de Clarice Herzog Nenhuma história de luta pela memória de Vladimir Herzog está completa sem mencionar a determinação inabalável de sua esposa, Clarice Herzog. Por anos, Clarice travou uma batalha judicial e pessoal contra o Estado brasileiro para provar a verdade sobre a morte de Vlado e responsabilizar os agentes da ditadura. O processo movido por Clarice, ainda nos anos 1970, foi pioneiro, e em 1978, a Justiça Federal reconheceu a responsabilidade do Estado pela prisão arbitrária, tortura e morte do jornalista. A incansável busca por justiça de Clarice Herzog, que a tornou uma heroína da resistência, é um símbolo da dor e da persistência de todas as famílias vítimas do terrorismo de Estado. Sua frase, "O que me dói é saber que eu estou pagando pensão para os assassinos do meu marido" (referindo-se às pensões das filhas de militares), resume o paradoxo da impunidade e a ferida aberta da Lei de Anistia de 1979. A luta por reparação, que incluiu o reconhecimento tardio de Clarice como anistiada política, demonstra que a justiça plena ainda é um objetivo a ser conquistado no Brasil, exigindo a investigação e punição dos crimes de lesa-humanidade, conforme sentenciado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em 2018. Cinquenta anos após seu brutal assassinato, Vladimir Herzog não é apenas uma vítima, mas um mártir cuja morte se tornou um catalisador para a redemocratização. Sua memória continua a ecoar, lembrando-nos que a democracia é uma conquista diária que exige vigilância, verdade e justiça. Gilson Romanelli Jornalista
- Isabelita dos Patins — Rainha da Rua, Ícone Carioca
Figura emblemática do Rio de Janeiro, Isabelita dos Patins (nome artístico de Jorge Omar Iglesias) ganhou fama nacional em 1993 ao posar de patins ao lado do então candidato à Presidência da República Fernando Henrique Cardoso na Avenida Atlântica, momento que a lançou à mídia e ao imaginário popular. Desde então, tornou-se símbolo da cultura drag, da arte de rua, da visibilidade LGBTQIA+ e da irreverência carioca — deslizando pela orla, sendo pauta de exposições e resistindo às adversidades da vida com elegância, humor e coragem. Nesta conversa para a Revista do Villa, ela abre as portas de seu mundo, de seus patins, de sua alegria — e convida quem lê a também deslizar pela Cidade Maravilhosa com um olhar novo. Apresentação Isabelita dos Patins Transformista, figura icônica da cena cultural do Rio de Janeiro, símbolo de liberdade sobre rodas e presença marcante nas ruas da orla. Sua arte e vida se entrelaçam com os patins, o palco urbano e a cultura popular carioca. 1 — Isabelita, o que os patins representam para você e para sua arte? Isabelita — “Os patins são a minha marca registrada! Patinar na Cidade Maravilhosa é levar alegria para o povão!” 2 — Moda, performance e ativismo se misturam em você. Como explica esse encontro? Isabelita — “Tudo isso eu mostro com a minha arte!” 3 — Um momento da sua carreira em que tudo mudou? Isabelita — “Agora é diferente! Foi o beijo no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso!” 4 — O Rio de Janeiro, a orla, a rua e o espaço público são parte da sua cena. O que esses lugares dizem para você e por que são importantes? Isabelita — “São importantes, pois sempre fui recebido com muito carinho e alegria!” 5 — Que mensagem você deixa para quem ainda tem medo de se expressar? Isabelita — “Meus queridos, nós nascemos para brilhar e acontecer! Saia do armário ou da gaiola! Nós somos alegria! Nós somos vida!” “Quer encontrar a Isabelita pessoalmente? Todo sábado estou na Feira de Antiguidades da Praça XV, das 9h às 14h!” Contato: (21) 9 9661-8932 Delcio Marinho & ChatGPT — Parceria Criativa #CulturaCarioca #Diversidade #ArteNasRuas #RevistaDoVilla #IsabelitaDosPatins Nome do Colunista
- Entrega do prémio “Guerra Junqueiro” a Dulce Maria Cardoso marca abertura de festival literário luso-brasileiro
A entrega do Prémio Literário Guerra Junqueiro - Lusofonia 2024 à escritora portuguesa Dulce Maria Cardoso marcou o início da primeira Fliporto Portugal, ontem, 22/10, no final da tarde, uma iniciativa que decorre no Mosteiro de Leça do Balio, em Matosinhos, na sede da Fundação Livraria Lello, entidade que apoia o evento, até dia 25. Durante o seu discurso, Dulce Maria Cardoso confirmou estar “comprometida em continuar a ficcionar”. “O meu trabalho é de bastidores e não passa por falar em tempo real, passa por pensar, escrever, o que é um exercício o lento e solitário”, disse a escritora premiada, que revelou “estar grata” pela homenagem. Margarida Calafate Ribeiro, investigadora na área da cultura e literatura, falou sobre a obra de Dulce Maria Cardoso. Este prémio, instituído pela Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, com a curadoria de Avelina Ferraz, distingue autores que, através da escrita, promovem os valores e a identidade dos povos de língua portuguesa. O momento foi acompanhado por entidades do panorama cultural e institucional de Portugal, como autoridades municipais e regionais, a presidente da Fundação Livraria Lello, Rita Marques, António Campos, responsável pela Fliporto Portugal, Lucinda Marques, CEO da editora IMEPH, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, entre outros convidados. Rita Marques explicou o trabalho da Fundação, um espaço dedicado a valorizar a cultura. Esta responsável sublinhou ainda a importância do livro e da língua comum lusófona e a disponibilidade em receber o festival literário luso-brasileiro. O encontro cultural entre Brasil e Portugal é um dos pontos motivadores deste certame, segundo Antônio Campos, que falou sobre o orgulho em ter a oportunidade de trazer a Portugal a Festa Literária de Pernambuco, que celebra no Brasil 20 anos de existência, tendo já recebido diversos autores portugueses, como Valter Hugo Mãe, além de outros escritores, como Mia Couto e Agualusa, por exemplo. “É um prazer e um orgulho estar nestes eventos e perceber o magnífico trabalho que está a ser feito na Fliporto, porque este trabalho em torno da língua portuguesa é, de facto, aquilo que nos une”, afirmou à nossa reportagem Emídio Sousa, Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, à margem da cerimónia de abertura do festival. O governante português sublinhou a importância da língua como fator de união entre os países lusófonos e destacou também o papel de cada cidadão na preservação do idioma. “Procuro falar sempre português, onde quer que esteja. É a melhor forma de transmissão desse património único que temos em conjunto e, ao mesmo tempo, uma forma de nos afirmarmos no mundo”, salientou o secretário de Estado, que reforçou que a cultura deve ser entendida como investimento, e não como despesa. “A despesa em cultura é investimento. Um povo sem cultura não existe. E quando falamos de cultura, não é apenas a erudita — é a poesia, a literatura, a nossa forma de ser, de nos relacionarmos e de constituir família”, afirmou este responsável. “Não estamos em tempo de construir um império de países ou de territórios, mas estamos muito a tempo de constituir o império da língua portuguesa. Devemos empenhar-nos todos em construir esse império, porque, a partir dele, construiremos uma sociedade global muito melhor”, referiu. Durante a entrevista, Emídio Sousa também comentou a relevância das instituições culturais brasileiras de expressão portuguesa, uma vez que a Fliporto Brasil acontece há mais de duas décadas no Nordeste brasileiro. Este ano, o evento será em novembro em Recife, onde está localizado, por exemplo, o Gabinete Português de Leitura, além de ser uma região que acolhe uma grande comunidade portuguesa e luso-brasileira. A Fliporto Portugal tem como tema central “Literatura em tempos digitais e a língua portuguesa”. A programação pode ser conhecida em: www.fliportoportugal.pt Ígor Lopes
- Os segredos da degustação de vinho
Fui convidado para uma degustação em uma adega, por sinal era a única da pequena cidade italiana onde vivi por anos Então, decidi fazer companhia a um amigo que não era acostumado com esses eventos, um parceiro habitual de conversas regadas a vinho na minha ou na sua casa. A degustação era de vinhos ofertados pela adega e de um produtor do Vêneto que apresentaria seu produto premiado. Chegamos ao local, logo na entrada, uma mesa com as garrafas das bebidas que seriam degustadas: um decânter já com vinho, um balde de gelo para os vinhos brancos e o espumante, além garrafas de vinhos tintos já abertas, cada uma com as respectivas rolhas ao lado. Uma mesa grande de 12 posições preparadas, uma folha de papel para apoiar as seis taças em cada posto. Eu já experiente nas degustações, elogiei a organização e a delicadeza nos detalhes. Mas meu colega Hernandez, tomou um susto. Como ele nunca tinha participado de uma degustação dessa maneira, achou muito complicado, quase querendo desistir. Mas com um pouco de conversa eu o persuadi a participar. Hernandez é um sujeito bom de conversa, chileno que mora na Itália há mais de 10 anos, tem um sotaque carregado de espanhol, se no Brasil temos o portunhol, na Itália tem o “italianolo”. Nos assentamos, para iniciar a noite. Ofereceram um espumante local, método charmat, ótimo para limpar a boca e provocar as papilas gustativas, serviram na mesma taça de bojo normal que seriam servidos os outros vinhos. Neste momento fui ajudar meu amigo Hernandez, explicando para ele o que aconteceria naquela degustação guiada. O vinho espumante no início serve próprio para limpar as papilas, equalizando a receptividade de todos, deixando-nos com o mesmo sabor inicial na boca. Parece besteira, né? Mas pense se cada um tivesse mascando um chiclete de sabor diferente e desta maneira fosse iniciada uma degustação, cada pessoa começaria com uma percepção diferente do mesmo vinho. Quanto todos se acomodaram, o proprietário deu as boas-vindas a todos e começamos as degustações. Primeiro um vinho branco que veio da região nordeste da Itália, era um Soave, produzido com uvas Garganega (na pronúncia italiana – lê-se “gargânega”), (não confundir com os vinhos adoçados de mesa brasileiros que a escrita é ‘suave’), fresco e jovial. Como era uma degustação demonstrativa, não competitiva ou avaliativa, no serviço de todos os vinhos foram usados os mesmos modelos de taça, não estávamos ali para avaliar o vinho, somente para conhecer novos produtos. Hernandez me perguntou se aquele vinho era bom? Eu respondi que era um vinho honesto, com todas as características que deveria ter. Mas ele comentou que achou meio fraco de gosto, neste momento tive que explicar que aquela região se propunha a fazer vinhos brancos mais leves, fáceis de beber, vinhos que vão muito bem com aperitivos sem grandes complexidades gastronômicas. No Brasil chamamos de vinhos de entrada, em que o foco principal não é assustar ninguém com notas aromáticas ou sabores específicos. Por sinal a nossa mesa tinha um cesto de pães e óleo de oliva extravirgem, era o que bastava para acompanhar a taça. O HÁBITO DE GIRAR A TAÇA DE VINHO Continuando... devo comentar que nos ensinaram sobre girar as taças, cada um girava de um jeito, os iniciantes com menos destreza e os mais habituados já sabiam faze o movimento da taça sem problemas. Ao abrir o vinho, é importante fazê-lo girar na taça para que os aromas sejam perceptíveis, “saiam” mais facilmente. Como segundo vinho, foi proposto outro branco bem mais saboroso, um Verdicchio dei Castelli di Jesi, um vinho mais forte, tanto na graduação alcoólica quanto na cor. Se o primeiro era um amarelo esverdeado bem fraco, este segundo era um amarelo palha com reflexos dourados. Esse o Hernandez gostou, pois tinha seus 13,5 volume de álcool, era mais presente na boca, seu comentário foi que esse iria bem com um peixe ou frutos do mar. Acertou em cheio! A intuição nos leva a fazer as melhores harmonizações, o vinho proposto era um Reserva, isto é, para ter esse nome na etiqueta é usual que o vinho deva descansar alguns anos, este por sinal tinha passado 8 meses em barris de carvalho, por isso a cor mais forte. O tempo faz com que os vinhos brancos oxidem alguns elementos minerais que o constituem tornando essas tonalidades mais visíveis. Neste clima relaxado, algum dos participantes comentou que se deixasse aquele vinho por quinze anos ele se tornaria um vinho tinto. Todos riram, foi divertido. O sommelier que guiava a degustação, aproveitou o gancho e perguntou quem deixaria uma garrafa desta qualidade parada por quinze anos? Assim resolvemos o questionamento do colega no evento. Todos falaram que era impossível. Alguém falou em ser uma tortura manter essa qualidade presa na garrafa, enfatizou que devíamos abri-la. O clima social numa degustação de vinho tem esse aspecto de leveza, camaradagem e simpatia. Ninguém é obrigado a ficar sisudo para beber vinho, afinal ele chegou até nossos dias porque os mais diversos povos o prepararam para festas e cerimônias de alegria. Acompanhou este vinho uma salada de frutos do mar, que foi colocada sobre o pão que já estava à mesa. Observar a cor do vinho, inclinar a taça a 45 graus, ver as cores e dar um nome para aquela cor que você mais ou menos conhece. Existem várias tabelas para saber nomear as cores do vinho, normalmente se fala sobre a cor principal e alguns reflexos que possua, exemplo: amarelo palha com tons esverdeados. A cor pode falar sobre a idade do vinho, os brancos tendem ao ouro à medida que passam os anos; os tintos ganham cores de tons marrons, granados e uma certa transformação nos álcoois, formando um anel incolor próximo à taça, isto indica que o vinho esperou anos para exprimir sua alma. O terceiro foi um rosé, ligeiramente frisante, uma certa alegria na boca, fresco como um vinho branco e com certos sabores de vinho tinto, esse lembrava algumas frutas como cereja fresca, amora e framboesa, servido com coquetel em que havia camarão. Vale lembrar que não era um jantar, as porções bastavam para aquele cálice de vinho. Acho que Hernandez entendeu o que é harmonização entre vinho e alimento. Em certo momento ele me falou que o camarão ficou mais gostoso depois de beber o vinho. Isso mesmo, Hernandez, nós que somos profissionais da degustação experimentamos vários itens que não harmonizam, escondem os sabores dos pratos, deixam a boca tóxica, emplacam as papilas, e outros absurdos que fazemos para entender o que vai bem ou não, e tudo isso para que os clientes possam ter o prazer de saborear nossos acertos já na primeira escolha. Por sinal era um vinho da região da Emilia Romagna, eles são famosos pelos vinhos Lambrusco, que há alguns anos tem feito muito sucesso no Brasil. Neste ponto daquela experiência, os participantes já tinham feito algum tipo de contato entre eles ou com os responsáveis pela degustação, naquele dia eu estava junto, já fiz tantas degustações e apresentações de vinho que esqueço que eu também gosto de ir a eventos informais, pois aprendo com as reações quando se trata de falar sobre o que a pessoa está sentindo a respeito dos sabores e aromas ali disponibilizados. O assunto entre os apreciadores é sempre de partida do gosto pessoal, uns gostam mais do vinho branco, outros querem mais um pouco do espumante do início, e tem aqueles que querem mais camarões. Enfim, um ambiente de trocas e espontaneidade, pelo menos é o que espera o organizador da degustação, quanto mais sinceros os comentários, mais o sommelier terá possibilidade de formular uma ideia real sobre o produto. O quarto vinho, um tinto da Toscana, um Chianti. A escala é sempre igual, dos brancos para os tintos, dos mais frescos para os mais encorpados. O Chianti apresentado era um bom vinho, no meu modo de pensar pouco surpreendente, bastante básico, mas de ótima qualidade, cumpre bem o seu papel de vinho discreto, mas não banal, combinou bem com o patê de azeitonas pretas que foi servido para harmonizar. Claro que Hernandez soltou a gafe de falar que já havia tomado vinho melhor, mas eu contornei com uma máxima: “tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Alguns riram do comentário dele, houve quem torceu o nariz pela falta de noção, mas tudo bem, neste ponto já éramos como uma comunidade com suas previsíveis complicações. Interessante foi o sommelier, que aproveitando o infeliz comentário do Hernandez, acrescentou que ele já tinha participado de degustações do Sassicaia em vertical. Deixe-me explicar um pouquinho. O Sassicaia é um dos vinhos mais caros e importantes da Itália, faz história pela crescente qualidade dos produtores em usar uvas francesas na Toscana. Os produtores fizeram a leitura do terroir de onde as parreiras estavam, produzindo excelentes garrafas, que com o tempo ganharam valor. A degustação vertical significa que foi houve degustação de garrafas de vinho de várias safras, por exemplo: fazer a degustação do Sassicaia 2010, 2011, 2015, 2018 e 2021, e comparar a evolução do conteúdo dessas garrafas pelo tempo. Neste ponto da degustação, fiz uma pequena correção para apoiar meu amigo, pois ele estava pegando a taça pelo bojo, aquela parte onde vai o vinho. Mostrei que ele tinha marcado a taça, pois serviram junto com o Chianti alguns salames e presuntos, isto fez com que a taça ficasse marcada pela gordura dos alimentos. Obviamente que numa degustação sem o compromisso de avaliar não é nenhum pecado, mas dava para ver quem tinha delicadeza de segurar pela haste da taça e quem não o fazia, as taças limpas e as taças engorduradas. Chegando o quinto vinho, o aroma podia ser percebido na sala, o sommelier agitou o decânter, o ambiente começou a ser envolvido pelo aroma do vinho, algo como cereja em conserva e geleia de frutas vermelhas. A cada taça preenchida, se notava que a aventura ficava séria. Após a apresentação feita pelo produtor que oferecia o vinho Amarone, todos estavam cheirando a taça, uma riqueza de sentimentos. Eu considero a experiência de degustar um vinho algo que não é a taça que propõe, e sim até o ponto em que o degustador chega. Várias notas são percebidas pelo olfato e desafiam o cérebro a resolver o enigma. Como num jogo de sortilégio, começamos a decifrar os aromas, elaborando descrições longas para vinhos importantes. Enfim, depois de muitas palavras e ideias, degustamos um gole — e a volta é silenciosa: busca nas profundezas da memória, sensações numeradas e nomeadas. É um exercício interno; não é fácil olhar para si e encontrar um nome para aquilo que se sente. O ponto de referência é você mesmo, seu próprio algoritmo. Aos poucos, transformamos a experiência gustativa em palavras: fruta vermelha bem madura, taninos amaciados, longo na boca. O resto é sua experiência que reconhece os sabores presentes — amanteigado, baunilha, chocolate amargo, café, retrogosto marcante, amargo e doce ao mesmo tempo — complexo. Interessante era o rosto do Hernandez, sério, como se tivéssemos descoberto algum segredo importante e pecaminoso dele. Bebia e olhava dentro do cálice como se esperasse uma resposta que nunca viria. Perguntei o que achara. Ele respondeu devagar, meio inseguro:— Um vinho pode ser bom assim? Isto é uma maravilha.O sotaque espanhol tornou a frase ainda mais divertida. Depois, foi servida uma carne ao molho — chamam de stracotto —, que havia passado muitas horas cozinhando. O molho denso e saboroso caiu como uma luva com o Amarone. Vieram então muitas perguntas ao proprietário do vinho, que explicou as diversas etapas necessárias para se obter aquele legítimo néctar dos deuses. Deixo a você a curiosidade de pesquisar sobre a produção do Amarone. Naquele momento, éramos uma mesa de amigos de longa data, embora recém-conhecidos. Sabíamos os segredos daquela hora e meia de convivência. Conversamos tanto que o sommelier precisou pedir que diminuíssemos o tom, pois ele iria apresentar o último vinho da noite: um Passito de Pantelleria. Os vinhos passitos são especiais. Feitos com uvas que passam por um processo natural de secagem, resultam em um vinho doce, ideal para sobremesas — e, por sinal, acompanhou perfeitamente a torta de creme que nos foi servida. Conversava com uma convidada que dizia não gostar de vinhos doces, por invadirem o sabor das sobremesas. Discutimos então sobre como harmonizar um vinho doce: realmente, o passito traz esse desafio — se a sobremesa for muito delicada, o vinho a sobrepõe; se for intensa demais, o vinho pode parecer apagado. Após a sobremesa, veio a despedida. Saudamos os presentes e combinamos uma nova degustação. Ao caminharmos até o carro, Hernandez me mostrou o que havia feito: estava com uma garrafa do Amarone. Contou que pedira ao sommelier o restante que sobrara no decânter — devolveram à garrafa e a deram a ele.Chamei-o de pão-duro e perguntei, divertido, por que não comprara uma.Ele respondeu, desanimado:— Poderia comprar?Claro que podia — eles estavam ali para apresentar e vender. Num ímpeto que me surpreendeu, Hernandez voltou correndo à adega e comprou duas garrafas de Amarone. Recomendo a todos participarem regularmente de degustações. Boas conversas podem se transformar em grandes amizades. Crédito imagem: @Creative Commons/Stefan Krause, Germany Evandro Martini
- Artista plástica Renata Tassinari
Entrevista com a renomada artista plástica Renata Tassinari. Renata Tassinari em sua recente exposição 1- Olá Renata! Qual é o balanço que você faz dos 40 anos da sua trajetória como artista plástica? Me sinto feliz e realizada de mostrar um recorte da minha trajetória no CCBB do Rio. 2- Na exposição “Frestas” o que você pretende apresentar ao público? É um recorte dos meus trabalhos nos últimos 10 anos. 3- Como se deu a sua formação como artista plástica? Me formei na Faap na década de 80 e frequentei ateliês de artistas como o Fajardo. E depois tive contato com outros artistas, como Fabio Miguez, Laura Vinci, Sergio Sister e vários outros. 4- Quais são as suas referencias (teóricas e práticas) no campo das artes plásticas? São muitas, alguns como exemplo, Matisse, Judd, Konoebel, Kelly …. Renata apresentando sua exposição 5- Quais são as características do seu fazer artístico? Primeiro faço um desenho, com a ideia do trabalho, depois penso no material e depois executo pintando. 6- Como você define a arte? Arte é uma forma de linguagem, uma maneira de apreender o mundo. 7- No seu ponto de vista, qual é o papel que o artista deve cumprir na sociedade? O artista deve ter um papel renovador da linguagem estética. 8- Quais são os seus projetos futuros? Continuar trabalhando e expondo. Ao fundo um maravilhoso trabalho da artista Fotos :Arquivo pessoal/Divulgação Chico Vartulli
- Lançamento da nova coleção Dorion Soares-Restaurante a Casa e Tua- Na Barra
O joalheiro Dorion Soares expôs seu bracelete premiado em feira internacional, em almoço na Barra da Tijuca. Designer de alta joalheria com renome internacional Dorion mantém escritório no Diamond District em Nova Iorque, loja em Vitória ES e novo endereço Rio Design Barra. Especializado em pedras preciosas e peças Art Deco, o joalheiro recebeu prêmio de joia mais icônica em junho na The Unique Show Montecarlo 2025, feira de alta joalheria . A joia em ouro com opala australiana, esmeraldas, tanzanitas turmalina Paraíba e brilhantes também mereceu destaque na feira de Genebra. Dorion recebeu clientes para apresentar também sua nova coleção de jóias que encantaram mulheres como , Dandinha e Ana Paula Barbosa , Mariana Fux , Michele Ribeiro e Barbara Pittigliani, Joana Wolf e outras. Em breve Dorion Soares vai inaugurar um espaço exclusivo na Martu no Horto. O Rio é mesmo a paixão do designer mineiro. A frente das lojas está a carioca amante das jóias Flávia Curvello que já trabalha nesse mercado de luxo e de joalheria há muitos anos. Vera Donato










