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Revista do Villa

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Revista luso-brasileira de conteúdo sobre cultura, gastronomia, moda, turismo,

entretenimento, eventos sociais, bem-estar, life style e muito mais...

Resultados encontrados para busca vazia

  • Do Palco da Dança para o Palco da Vida - Biografia entrelaçada pela Dança, Educação e Psicomotricidade

    Do Palco da Dança para o Palco da Vida , de Helena Marinho é um livro autobiográfico repleto de poesias com muitas lembranças e referências pessoais e profissionais.   Helena levou a Dança para a vida, e até hoje com muito equilíbrio e disciplina enfrenta desafios com criatividade e novas ideias em seus movimentos livres aliados à consciência corporal, todos tão necessários em sua prática profissional até o momento.   Através de reflexões sobre sua formação como bailarina na Academia de Ballet Leda Iuqui e diplomando-se nos exames da Royal Academy of Dance, levou sua bagagem pessoal para suas profissões atuais, a Pedagogia, Fonoaudiologia e Psicomotricidade.   Em seu livro, validou na teoria sua experiência prática citando importantes profissionais como os Filósofos Edgar Morin, Michel Maffesoli, o Psicomotricista Bernard Aucouturier, o Educador, Coreógrafo e Terapeuta Corporal Ivaldo Bertazzo, assim como as admiráveis Damas do Ballet, Dalal Achcar e Ana Botafogo.   Vem confirmar o quanto é importante valorizar os movimentos corporais de forma livre e espontânea, mas também orientada, na evolução pessoal e formação profissional, principalmente para todos envolvidos nas áreas da Educação e Terapias. Para isso podemos contar com a Dança como veículo transformador na vida das pessoas.                                                                                                      O lançamento será dia 11 de novembro, às  19h na Livraria de Travessa - Ipanema/Rio de Janeiro Revista do Villa (divulgação)

  • Perfil: Cauê Bonifácio

    O ator e diretor Cauê Bonifácio enfrenta seu mais novo desafio na tela do cinema, pois está divulgando seu mais novo trabalho, com filmagens bem adiantadas e que promete surpreender a todos com sua personagem que, segundo ele, é uma das mais desafiadoras que já viveu.   Carlos Alberto Bonifácio é o nome completo do talentoso ator e diretor. O nome artístico Caué foi dado pelo falecido jornalista Marcos Uchôa, que trabalhava no Fantástico da Rede Globo, na época em que cursavam o ensino médio. Cauê Bonifácio nasceu em São Paulo e já aos 10 anos de idade teve sua primeira experiência com a arte Interpretando o papel do queridíssimo Ronald Golias, na peça em que contava a trajetória do tradicional programa humorístico A Praça é Nossa.   De lá para cá, foram muitas peças amadoras em vários tablados. O tempo passou e com o crescimento o ator decidiu fazer um curso de teatro na escola Celia Helena. Como o dinheiro era pouco para arcar com o curso, teve de sair e seguir outra profissão. Virou bancário, depois supervisor na secretaria da fazenda, trabalhou no UOL, na Telefônica e nas Universidade Cruzeiro do Sul e FMU, atté se formar professor de História e Geografia. Ao lecionar, misturava a arte com o ensino e usava suas aulas para ensinar História do Brasil em forma de teatro.   Cauê Montou várias peças teatrais com os alunos; alguns se tornaram atores. Hoje o ator, produtor e diretor Cauê Bonifácio, destaca-se no cenário nacional por suas interpretações apoteóticas. Foi preparador de elenco do filme Vidas Periféricas, de Paulo Camargo, que tinha no elenco Marcos Oliveira, o eterno Beiçola do programa humorístico A Grande Família; Bruna Ximenes, a freirinha má Rita, da novela Carinha de Anjo; Leão Lobo; Bill Nascimento, da novela  Brincando com a Vida; entre outros. Em Vidas Periféricas, além de preparar o elenco, também deu vida ao chefe de tráfico João, no filme esse que estreia ainda esse ano.    Escreveu vários textos para o teatro e cinema, sendo premiado com alguns deles: As Beatas, O Mistério do Boto, Brincando com a Vida, Uma Vida na Estrada, Uma Princesa Diferente, com a participação de atores conhecidos, como Gui Vieira, Cinthia Cruz, Leão Lobo, Nicko Silva, Buiú da Praça é Nossa, Eli Corrêa, Ana Lívya Padilha, Dill França, Albino Ventura, Marcondys França, Vânia Brachini, Margareth Batista, entre outros.   Fez participações em novelas. Ti-Ti-Ti, na Rede Globo; Maria Esperança, Carrossel e Cúmplices de um Resgate, no SBT; Água na Boca, na Band e Rei Davi, na Record são algumas delas. No cinema fez algumas participações em filmes, sendo o mais recente ARUANDA de Edy Santola. Atualmente, Cauê Bonifácio está no elenco do filme SURPRESA de Paulo Camargo onde interpreta a Cafetina Suzete conhecida como Madame X, uma comédia que irá divertir muito a todos que assistirem.   E para o ano 2025 já escreveu o  longa-metragem LUMENA, vivida pela talentosíssima Anne Almeida e para esse projeto está preparando os atores Edy Santola, Emerson Albuquerque, Léo Neros, Alerson Costa, Darlan Oliveira, os quais deve “viver” o papel dos irmãos Storvac, que irão brigar pela herança deixada pelos pais, personagens que serão vivido por Leão Lobo e Verena Ayres.    Para Cauê ser ator e diretor é muitas vezes partilhar conhecimento com quem tem menos acesso a informação e torcer que a arte tenha repercussão, porque o que mais importa não é a realidade, mas sim o que dela venha a estimular a imaginação de quem assiste. João Sousa

  • Reunião do Conselho Mundial Casas dos Açores

    CMCA reuniu em São Jorge de olhos postos em ações voltadas para os jovens açordescendentes A 26ª Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores (CMCA), que decorreu no concelho de Velas, ilha de São Jorge, de 11 a 13 de outubro, sob a presidência da Casa dos Açores do Ontário, ficou marcada pelo anúncio da admissão da Casa dos Açores do Espírito Santo, no Brasil, ao grupo, em virtude do reconhecimento de que “o alargamento da Rede das Casas dos Açores valoriza e dinamiza a diáspora açoriana, tanto quanto projeta e afirma os Açores no mundo”. Outras decisões foram anunciadas, como “pugnar pelo reforço e simplificação do apoio financeiro às Casas dos Açores, demonstrando o retorno acrescido para a Região que resulta desse investimento e acolher os desafios de renovação que os jovens líderes comunitários trouxeram a esta assembleia, com a sua participação especial no âmbito da sua visita aos Açores, sinalizando a vontade comum de ir ao encontro das novas gerações e integrá-las de pleno direito na vivência e preservação da açorianidade, onde todas as gerações têm lugar, voz e identidade”. Este encontro contou com três sessões plenárias na sala de reuniões da Casa Museu Cunha da Silveira. No dia 12, na parte da manhã, em reunião fechada à imprensa, houve deliberações como a alteração do Regulamento do CMCA, e foram discutidos temas como o financiamento das Casas dos Açores e os desafios pelos quais passam essas mesmas entidades. Logo a seguir ao almoço, uma segunda Sessão Plenária reuniu os presidentes das Casas dos Açores espalhadas pelo mundo e mais de uma dezena de jovens líderes comunitários indicados por essas casas, sendo que muitos desses jovens, açordescendentes e integrantes do movimento associativo açoriano nos respetivos países de acolhimento, tiveram a oportunidade de conhecer os Açores e a região pela primeira vez, quando foram discutidas formas de atrair cada vez mais jovens para garantir a continuação desse trabalho. A terceira e última Sessão Plenária teve lugar dia 13 tendo como pano de fundo o essencial da atividade das Casas dos Açores, na presença do secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades e de deputados à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, que ouviram dessas entidades os principais desafios, mas também as oportunidades existentes. A Sessão de Encerramento aconteceu no salão nobre dos Paços do Concelho de Velas, com a presença de deputados, além de outras autoridades, como Luís Virgílio de Sousa da Silveira, autarca local, o secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão, e José Andrade, diretor Regional das Comunidades. Nessa mesma ocasião, José Boleiro, presidente do Governo dos Açores, acompanhou o anúncio das conclusões do CMCA, viu o momento em que foram distinguidos com a Medalha de Mérito do CMCA Grinoalda Pavão, Cidália Sousa e, a título póstumo, António Tabico Sénior, sob proposta da Casa dos Açores do Ontário, “pelo seu envolvimento na comunidade açoriana de Toronto”. Este líder do governo soube ainda que o “Queijo de São Jorge” foi reconhecido como “produto açoriano de qualidade” pelo grupo. As autoridades presentes testemunharam a transmissão do exercício da presidência anual do Conselho Mundial das Casas dos Açores para a Casa dos Açores da Nova Inglaterra, que acolherá a XXVII Assembleia Geral em 2025. “Foi imensamente importante ter a reunião com os jovens neste CMCA. Andamos há muito tempo a falar sobre as dificuldades que temos para atrair esse público e aqui foi possível ouvir os seus argumentos, o que possibilitou-nos discutir como podemos fazer para atrair a participação desse público”, frisou Suzanne Maria Cunha, presidente da Casa dos Açores do Ontário e presidente do CMCA. Em declarações à nossa reportagem, José Andrade, diretor Regional das Comunidades, destacou a presença de 11 jovens açordescendentes e potenciais líderes comunitários de regiões como Bermudas, Winnipeg, Norte, Nova Inglaterra, Ontário, Quebeque, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Uruguai, que participaram, pela primeira vez, numa assembleia geral do CMCA, começando, assim, “a contribuir para o devido rejuvenescimento do movimento associativo”.Este responsável explicou que o Conselho Mundial das Casas dos Açores foi criado a 13 de novembro de 1997, na ilha do Faial, sendo a “Declaração da Horta” subscrita pelas suas dez casas fundadoras: Lisboa, Rio de Janeiro, Califórnia, Quebeque, Norte, São Paulo, Toronto, Nova Inglaterra, Algarve e Coimbra. “preservar a memória e continuar a história” “Quanto mais crescer a rede mundial das Casas dos Açores, mais forte fica o CMCA e mais valorizados ficam os Açores. (…) Aqui, fazemos uma aposta sem precedentes na futura renovação, com o inevitável rejuvenescimento das Casas dos Açores”, confirmou Andrade, que sublinhou que a realização do CMCA Jovem “pode ser o primeiro passo na caminhada da renovação”. José Andrade não esconde que é preciso atrair cada vez mais jovens para o seio do movimento associativo açoriano no mundo. “Sem desvalorizar os nossos emigrantes ainda nascidos nos Açores, devemos também saber chegar aos seus filhos e aos seus netos porque as novas gerações é que asseguram o futuro das nossas comunidades. Mas só seremos capazes de atrair e envolver os mais novos se soubermos falar a sua própria linguagem. Não podemos ficar à espera que os jovens se adaptem às associações; as associações é que têm que se adaptar aos jovens, se quiserem renovar os seus dirigentes e alargar os seus associados para continuarem a existir por muitos e bons anos. O movimento associativo é uma corrida de estafetas com passagem de testemunho, que será tanto mais forte quanto maior for a sua capacidade de adaptação aos novos tempos e de captação das novas gerações. Não podemos dispensar os mais velhos, mas devemos acrescentar os mais novos. É com uns e com outros que conseguimos preservar a memória e continuar a história”, disse este diretor Regional das Comunidades. Por sua vez, Paulo Estêvão, secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, reconheceu que os açorianos emigrados ajudaram a criar uma “grande família dispersa do ponto de vista geográfico”, mantendo a sua identidade cultural. Este responsável anunciou ainda a criação dos Jogos Comunitários, ou Jogos das Comunidades, para 2025, uma iniciativa que irá reunir a diáspora açoriana em torno do desporto, com as etapas finais a serem realizadas, possivelmente, nos Açores. Um formato que pretende criar sinergias entre as diferentes comunidades açordescendentes. Outra medida será a intensificação dos apoios às Casas dos Açores espalhadas pelo mundo, bem como a criação e a atribuição de apoio aos Órgãos da Comunicação Social da Diáspora. “sentimento de pertença” Durante a cerimónia de encerramento da CMCA, o presidente açoriano disse querer que o sentimento de pertença dos mais jovens, em relação à cultura açoriana, seja valorizado. Os jovens participantes no CMCA chegaram a ser recebidos por Bolieiro em audiência, com o intuito de “fortalecer os laços com as novas gerações de açordescendentes”. Participaram no CMCA, Delfina Porto, da Casa dos Açores de Lisboa; João Leonardo Soares, do Rio de Janeiro; Michael Rocha, da Califórnia; Paula Ferreira, do Quebeque; Miguel Azevedo, do Norte de Portugal; António Arruda, de São Paulo; Suzanne Cunha, do Ontário; Francisco Viveiros, da Nova Inglaterra; José Santos, de Winnipeg; Viviane Peixoto Hunter, do Rio Grande do Sul; Alicia Quintana, do Uruguai; Lúcia Botelho, da Bermuda; Paulo Matos, do Maranhão; Carlos Madruga da Costa, da Madeira; e Nino Moreira Seródio, do Espírito Santo, mas também Francisco Coelho Gil, da recente Casa dos Açores da Região Centro, e Cláudia Ramalho, da futura Casa dos Açores da Região Sul. O Conselho Mundial das Casas dos Açores, constituído em 1997, tem como objetivo “promover e desenvolver atividades que contribuam para a afirmação dos Açores e da sua diáspora no mundo e para o desenvolvimento de relações sociais, culturais e económicas entre o arquipélago e as regiões de implantação de cada uma das Casas dos Açores”. É composto, atualmente, pelas Casas dos Açores de Lisboa, Rio de Janeiro, Califórnia, Quebeque, Norte, São Paulo, Nova Inglaterra, Ontário, Winnipeg, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai, Bermuda, Maranhão e Madeira. Responsáveis pelas Casas dos Açores da Região Centro, recentemente criada, e pela Casa dos Açores da Região Sul, em vias de viabilização, ambas no continente português, assistiram aos trabalhos na qualidade de observadoras. Fotos: Agência Incomparáveis Ígor Lopes

  • Encontro Açores-Brasil inspirou relações com a diáspora em três ilhas

    As ilhas de São Jorge, Pico e Faial receberam, entre os dias 13 e 15 de outubro, a sétima edição do Encontro Açores-Brasil com a presença de seis das sete Casas dos Açores no maior país da América do Sul. Os presidentes das entidades sediadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Maranhão estiveram presentes para debaterem o estado atual das casas, bem como discutir soluções e oportunidades com a Direção Regional das Comunidades do Governo dos Açores, que organizou o encontro. Apenas a liderança da Casa dos Açores da Bahia esteve ausente. O programa contou com sessões escolares sobre a presença açoriana no Brasil, no auditório da Escola Secundária da Madalena, na ilha do Pico, e no auditório da Escola Secundária da Horta, na ilha do Faial. Em ambos os eventos os alunos foram informados sobre o legado deixado pelos emigrantes açorianos que chegaram ao Brasil há mais de 400 anos. Nestas duas oportunidades, os seis presidentes participaram também em encontros públicos, na Biblioteca Municipal da Madalena, no Pico, e na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, no Faial, onde foi apresentado o livro “Somos Açores”, que reúne entrevistas aos líderes associativos açorianos no Brasil. Proximidade renovada Nino Moreira Seródio, presidente da Casa dos Açores do Espírito Santo, referiu que este encontro “enriqueceu o trabalho das Casas no Brasil”, sobretudo pela participação junto dos jovens nas escolas. Opinião que é corroborada por Viviane Peixoto Hunter, responsável pela Casa dos Açores do Rio Grande do Sul, que acredita que “ter contacto com as escolas nos Açores foi um intercâmbio rico, uma oportunidade que permitiu mostrar a realidade dos estados brasileiros que receberam os emigrantes açorianos”. “Muitos não têm a dimensão do legado deixado pelos emigrantes do arquipélago no Brasil”, referiu. Por sua vez, Paulo Matos, presidente honorário da Casa dos Açores do Maranhão, defendeu que esta iniciativa “possibilitou o intercâmbio cultural e trocas entre os Açores e a sua diáspora no Brasil”, além de provocar a “possibilidade de estarmos mais vezes juntos a estreitar essas relações”. António Arruda, diretor cultural da Casa dos Açores de São Paulo, recordou que o facto de as Casas dos Açores estarem distantes umas das outras no Brasil, em virtude do tamanho continental [ÍL1]  do país, fez também com que este encontro permitisse “uma maior interação entre esses líderes”, possibilitando “debater temas e propostas comuns”. Já Sérgio Luiz Ferreira, presidente da Casa dos Açores de Santa Catarina, destacou a “nova dimensão” dada ao encontro com as explicações levadas às escolas açorianas, mostrando que “os Açores estão vivos além das fronteiras do arquipélago”. Por fim, Leonardo Soares, presidente da Casa dos Açores do Rio de Janeiro, a primeira casa açoriana a surgir no Brasil, tendo como um dos fundadores Vitorino Nemésio, avaliou positivamente o encontro. "Foi ótimo termos a possibilidade de trocar experiências, chegar às escolas e falar sobre a emigração açoriana para o Rio de Janeiro”, disse Leonardo. “emigração caracterizou a vida dos açorianos” Paulo Estêvão, secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, que acompanhou parte do encontro, recordou que “a emigração caracterizou a vida dos açorianos”, razão pela qual esta iniciativa foi “importante e permitiu mostrar o legado cultural que o nosso povo deixou no Brasil”. Por fim, José Andrade, diretor Regional das Comunidades, frisou que os encontros servem também para "reconhecer e valorizar a especial relação histórica entre os Açores e o Brasil”. “Não nos podemos esquecer de que o Brasil foi o primeiro grande destino da emigração açoriana. E que, hoje, o Brasil compõe a maior comunidade imigrada nos Açores. Fomos para o Brasil há 400 anos”, finalizou José Andrade. Recorde-se que o primeiro Encontro Açores-Brasil teve lugar em outubro de 2021, na cidade de Ponta Delgada, na ilha da São Miguel, e as cinco edições seguintes realizaram-se em Angra do Heroísmo (março de 2022), no Rio de Janeiro (julho de 2022), em Florianópolis (dezembro de 2023), em Ponta Delgada (maio de 2024) e no Rio de Janeiro (setembro de 2024), associadas à realização de outros eventos. Segundo fontes, “com a realização desses encontros, o Governo dos Açores visa reforçar e valorizar os laços sociais, culturais e económicos entre a Região Autónoma e as comunidades açordescendentes no Brasil”. Fotos: Agência Incomparáveis Ígor Lopes

  • Perfil: Van Furlanetti

    Van Furlanetti, um dos maiores atores teatrais da atualidade, conta pequenos detalhes sobre o despertar do seu grande talento nos sonhos infantis e sua jornada artística até os dias atuais.      O ator Van Furlanetti, na década de 90, resolveu mudar-se para São Paulo onde estudou e se formou em Artes Cênicas. Ele já havia atuado em peças infantis na infância e adolescência, onde de fato tudo começou com a peça infantil “Branca de Neve e os 7 Anões”, projeto desenvolvido na escola Walter Carrer sob a direção da professora Delcira Furlan.   Outras mulheres importantes na vida de Furlanetti foram: Lucila Pugliesi e Clara suas grandes mestres, mentoras e incentivadoras na trajetória teatral. No Walter Carrer, já aos 9 aninhos, ganhou  um concurso de poesia. E desde então, Van nunca mais deixou de criar seus personagens em suas próprias histórias criativas que, por ter uma infância solitária, facilitava em muito a criação de seu próprio universo lúdico.   Aos 16 anos o Ator Van Furlanetti decidiu se profissionalizar, já que sempre soube que queria ser ator e não gostava das matérias escolares da época, e então depois de adulto, percebeu o quanto todas essas disciplinas foram cruciais para seu desenvolvimento intelectual, cultural e artístico.   Durante esses anos de difíceis decisões e buscando realizar seus sonhos, foi parar no Colégio William Shakespeare, porque nessa época do ano de 1997, era a única escola técnica em Artes Cênicas do Brasil. No entanto, sem dinheiro e sem querer cursar o colegial normal, a escola William Shakespeare foi uma oportunidade que surgiu em sua vida, mas o grande problema era que o Colégio sendo particular, havia mensalidades. Com muita persistência, coragem e foco, Van Furlanetti conseguiu metade da bolsa de estudos através de uma conversa com a Diretoria de Cultura. Além disso, arrecadou no comércio de São Manuel o dinheiro necessário para pagar as primeiras mensalidades.   Ao desembarcar na grande São Paulo, só com a vontade de estudar e com seu sonho projetado na mente, percebeu que não tinha onde dormir, comer... então se deu conta que dificuldades maiores estavam por vir. Contudo, a sorte se fez presente em sua caminhada e acabou conseguido uma bolsa integral de Leda Vilella, dona da escola. Nesse período o ator foi morar na casa de sua amiga, a atriz Anna Carolina Bispo, por quem tem um amor incondicional e eterna gratidão.   Van Furlanetti é um ator que, por sua história pessoal, por si dó daria o roteiro de um filme sobre determinação e força de vontade. João Sousa

  • “Cabral – o desconhecido” desembarca no Brasil pelas mãos do escritor João Morgado

    O premiado escritor português João Morgado estará de visita ao Brasil para uma série de eventos que marcarão o lançamento da sua obra mais recente: "CABRAL - O Desconhecido". A visita, programada para o período de 22 de março a 7 de abril, passa pelo Rio de Janeiro, Macaé, São Paulo, Porto Alegre, Canoas e Florianópolis. Terá ainda uma passagem pelo Uruguai, por Montevideu e Punta del Este. No Rio de Janeiro, sexta-feira, 22 de março, pelas 15h, o autor estará na Biblioteca da Marinha do Rio de Janeiro, numa cerimónia em conjunto com a Academia Luso-Brasileira de Letras, que o empossará como académico correspondente. Às 19h, estará presente na Casa do Minho, como convidado especial das comemorações do centenário desta instituição, uma iniciativa que prevê a participação de autoridades do Brasil e de Portugal, como membros das autarquias de Viana do Castelo e de Braga, além do embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos. No dia seguinte, sábado, 23, visitará oficialmente o Real Gabinete de Leitura. No dia 26 de março, terça-feira, pelas 18h, apresentará o livro no Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro, no Palácio São Clemente, na presença oficial da Cônsul-Geral de Portugal no Rio de Janeiro, a embaixadora Gabriela de Albergaria. Já em São Paulo, dia 27 de março, quarta-feira, será recebido na Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística e, no dia 28, estará presente no tradicional “Almoço das Quintas” na Casa de Portugal. Mais tarde, às 18h, apresenta o livro no Salão Saramago da mesma instituição. João Morgado deverá passar a Páscoa junto da Comunidade Portuguesa de Montevidéu. Dia 30 de março será recebido pelo embaixador de Portugal no país, João Pedro Antunes, e, pelas 15h, falará dos 500 anos do Nascimento de Camões na Casa de Portugal de Montevideo. Além do seu livro “Cielo del Mar” (Em Espanhol), apresentará ainda a obra “O Pássaro dos Segredos”, sobre o “25 de Abril”, no âmbito das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos. Domingo de Páscoa estará de visita a Punta del Este, onde falará na sede da “Liga de Punta del Este, Fomento y Turismo”. Em Porto Alegre, no dia 1 de abril, segunda-feira, tem agendada uma participação num jantar palestra promovido pelo Conselho das Comunidades Portuguesas, através do Conselho Regional das Américas Central e do Sul (CRACS). Em Canoas, também no Sul do Brasil, a 2 de abril, terça-feira, começa cedo o dia, as sete da manhã, num “Café com Cultura”, a convite da Câmara de Indústria, Comércio de Serviços de Canoas, numa organização conjunta com os Rotary Club de Canoas Industrial. Em Florianópolis, dia 3, pelas 16h, João Morgado apresenta o livro no Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. No dia 4 de abril, o autor estará presente na FIN Brasil - Feira Internacional de Negócios. João Morgado está convidado como presidente da Casa do Brasil - Terras de Cabral, em Portugal, e apresentará também o livro no palco principal da feira. Dia 5 e 6 de abril, João Morgado estará no Brasil em contacto com a comunidade portuguesa, mais precisamente no Rio de Janeiro. “CABRAL - O DESCONHECIDO” A obra em destaque é uma edição brasileira do original "Vera Cruz", que recebeu a "Medalha do Mérito Literário da Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral”, em 2017. "CABRAL" é um romance biográfico que mergulha na vida do navegador que oficializou as terras do atual Brasil para a coroa portuguesa. O livro é resultado de uma extensa pesquisa sobre essa figura histórica tão significativa. A Editora Clube de Autores apresenta a obra "CABRAL", no Brasil. O autor questiona: “o que conhece de Pedro Álvares Cabral, antes e depois de 1500?”. A obra apresenta aspetos pouco conhecidos da vida do navegador, como a sua rivalidade com Vasco da Gama, as suas batalhas nos desertos de África, a liderança e humanismo em Terras de Vera Cruz em contraste com o seu perfil bélico que levou à destruição de uma cidade nas Índias, e ainda o arrependimento dos feitos ao virar as costas ao rei. João Morgado, além de escritor, é presidente da Casa do Brasil - Terras de Cabral, em Belmonte, Portugal. O seu trabalho de investigação sobre Pedro Álvares Cabral tem sido amplamente reconhecido, sendo agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural pela República Federativa do Brasil. O autor também recebeu o Troféu "Cristo Redentor" da Academia de Letras e Artes de Paranapuã, no Rio de Janeiro, em reconhecimento ao seu empenho na promoção da rica cultura luso-brasileira.  A sua participação em instituições como o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e a Academia de Filosofia e Ciências Humanísticas Lucentina demonstra o seu compromisso com a preservação e divulgação da história e cultura. No Rio de Janeiro, será recebido como académico da Academia Luso-Brasileira de Letras. João Morgado recebeu os seguintes prémios literários: Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca 2020 :: Prémio Literário Ferreira de Castro 2019 :: Prémio "Medalha do Mérito Literário da Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral”, 2017 :: Prémio Literário António Gaspar Serrano, 2016 :: Prémio Nacional de Literatura LIONS 2015 :: Prémio Literário de Poesia Arandis - Manuel Neto dos Santos, 2015 :: Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’ Escritas, 2015 :: Prémio Literário António Alçada Baptista 2014 :: Prémio Literário Virgílio Ferreira 2012. O trabalho do autor pode ser conhecido em: www.joaomorgado.net Ígor Lopes

  • Iluminações Poéticas: Arte do Reino saudita no Paço Imperial

    A primeira coletiva itinerante de arte contemporânea saudita  inicia su a jornada mundial no Paço Imperial, Rio de Janeiro, a partir de 13 de novembro. A mostra, que no Brasil terá o nome de Iluminações Poéticas ,  traz à luz a história da Arábia Saudita tecida em termos artísticos e enriquecida pelas questões do presente. Imagens neste link: https://www.dropbox.com/scl/fo/lzshnfsxfwl8ueweaswd7/ABarh4_3RfDgmIzs1FS4OUg?rlkey=t7gtw7vgkgghz47z1odvylfks&st=co5f680f&dl=0 A exposição apresenta ao público brasileiro trabalhos de alguns dos artistas contemporâneos mais representativos da Arábia Saudita, de modo a impulsionar um entendimento mais global sobre a evolução do panorama artístico no Reino saudita. Após sua estreia no Brasil, a mostra fará uma turnê mundial, que começa em 2025, no Museu Nacional da China, em Beijing.   “É possível nos aproximarmos de uma cultura específica através de uma exposição de arte contemporânea? De que maneira as artes visuais contribuem para a reconfiguração das narrativas que construímos a respeito da sociedade, da memória, do passado e do presente?” É na convergência dessas duas questões que se encontra a raiz da exposição, explica a curadora da mostra Iluminações Poéticas , Diana Wechsler.   – Por meio de uma seleção de artistas e obras, a mostra procura aprofundar-se nestes aspectos, presumindo que a matéria da arte – em termos conceituais – é a iluminação poética , aqui entendida como sua capacidade de iluminar, simbolicamente, aspectos do mundo e das realidades que habitamos, incluindo aqueles que fazem parte de nosso passado e também de nossos sonhos, anseios e fantasias  – destaca a curadora.   Simbolismo, história, memória e tradição cultural   As 25 obras de 17 artistas sauditas, reunidas no Paço Imperial, têm profundas raízes na história, na simbologia, na memória e na tradição cultural do país – além de questões que envolvem consciência ambiental, origens e identidade. A diversidade de estratégias visuais e materiais, somadas à visão particular de cada artista, moldam uma cultura visual contemporânea e complexa, que reflete uma matriz cultural comum.   Deste rico conjunto emergem dois vetores principais: o primeiro é o deserto , como definição de espaço, infinito e vida; o segundo é a singularidade  da tradição cultural , assim como o desenvolvimento de uma cultura visual própria, que envolve passados e presentes distintos.   - Neste rico emaranhado de inquietudes, a cultura da Arábia Saudita é tecida em termos artísticos e se enriquece a partir das perguntas do presente” , reafirma a curadora Diana Wechsler.  - “Além de explorar os dois núcleos temáticos, é importante atentar para as interseções que surgem entre eles. Boa parte do interesse e dos atrativos da exposição residem, justamente, em perceber e captar esses diálogos” , garante.   O poder da arte   Para Mona Khazindar, conselheira do Ministério da Cultura da Arábia Saudita, a arte tem o poder de unir pessoas e culturas. “A mostra é um exemplo dessa missão, uma vez que se coloca não apenas como testemunho do incrível talento dos artistas contemporâneos sauditas – destaca. – Ao inaugurar a turnê da mostra itinerante no Rio de Janeiro, nosso objetivo é impulsionar o diálogo entre culturas e o entendimento por meio da arte  – destaca. – Além disso, a mostra lança uma plataforma por meio da qual os artistas podem compartilhar suas histórias e perspectivas com o mundo inteiro – frisa.   À medida que o Reino avança numa jornada de transformação cultural sem precedentes, a mostra Arte do Reino | Iluminações Poéticas oferece uma oportunidade rara para que o público explore os caminhos pelos quais a arte contemporânea saudita contribui para dar forma a novas narrativas culturais.   Por dentro da mostra: algumas obras   O percurso expositivo tem início logo na entrada do Paço Imperial, com a obra de Muhannad Shono , The Ground Day Breaks  (2024), uma grande instalação de areia que ocupa o pátio interno da instituição.   ”Tudo deriva do grão e acaba voltando para ele” , diz Muhannad Shono, que frequentemente escolhe a areia como material para suas obras. Nesse caso, é areia de fundição, do tipo usado para moldar objetos. Seu uso expira com o tempo. O círculo como forma infinita, no sentido de que não tem começo nem fim, encontra o seu limite em seu projeto criativo: se abre e se expande; a areia com que trabalha envelhece; e, apesar da operação de recuperação, tende a desbotar. Como metáfora do desenvolvimento das sociedades ao longo do tempo e do planeta, em termos ambientais, Shono situa esta poderosa, mas frágil, instalação no espaço do Paço imperial, submetendo-a à observação de quem a rodeia e a explora com as suas próprias questões existenciais.   O trabalho Arabi Gharbi (0) (2022), de Nasser Al Salem , recebe os visitantes no primeiro andar, onde a exposição ocupa todas as salas. A obra, em neon, descreve a beleza do gesto caligráfico; e, mesmo para quem não conhece a língua, começa a revelar seu segredo, pois o que é visto varia quando um dos pontos que completam o significado liga e desliga alternadamente. A princípio lê-se Arabi , sem o ponto; e depois, Gharbi , quando o ponto aparece ligado. Assim, com muita sutileza, Nasser Al-Salem apresenta a distância entre a escrita da palavra árabe (Arabi) e a da palavra que denomina o que não é árabe (Gharbi): uma escrita quase idêntica que remete a significados opostos, em termos de pertencimento ou não para uma cultura.   A obra de Nasser Al Salem estabelece a distância cultural e, ao mesmo tempo, a convergência de recursos visuais e operações simbólicas que serão reveladas, como iluminações poéticas , ao longo do percurso. Por isso, ela também foi escolhida para encerrar o trajeto, com a certeza de que o trânsito pelas salas deixou uma marca, e rever a obra ao final iluminará outros sentidos, possivelmente enriquecidos, no que diz respeito ao primeiro encontro com ela.   O Vídeo de  Ahaad Alamoudi , “Niun”  (2018) arquiva e estuda o momento de mudança da Arábia Saudita, questiona a existência do presente e chora sua perda. Segundo o artista, ”o país vive uma fase de ressurreição, na qual uma nova visão do futuro foi ativada: a Visão 2030 . Tudo, desde o setor privado até o público, vem sendo afetado; e o país como um todo está se movimentando em direção a este novo conjunto de metas. Ao questionar o complexo processo de mudança – o que se perdeu e o que se ganhou em função desse movimento –, podemos começar a definir a transparência dessas mudanças ideológicas que estão acontecendo dentro do reino. Para quem são essas mudanças? E como a natureza destas mudanças impostas começa a definir quem somos nós, enquanto nação?” , ressalta.   Dois exemplos desses questionamentos podem ser observados, entre outros, nas obras de Ayman Zedani e Filwa Nazer.   Na Instalação têxtil Five Women  (2021), de  Filwa Nazer , o foco está nas identidades emocionais e psicológicas, em conexão com diversos contextos sociais, com um comprometimento de gênero em sua base. A artista trabalha com têxteis como um material que conecta corpos e espaços.  Já Ayman Zedani , no filme experimental The Return of the Old Ones  (2020), propõe uma perspectiva poética a partir de uma entidade não-humana. Escrito de forma colaborativa, pelo autor e pela pesquisadora e escritora independente Saira Ansari, o diálogo mistura informações factuais e uma narrativa de ficção científica para explorar a história do petróleo por meio da vida, morte e ressurreição de um antigo fungo gigante, conhecido como Prototaxites , cujos remanescentes preservados têm sido encontrados somente na Arábia Saudita e nos Estados Unidos. Completam o percurso da mostra as obras de Lina Gazzaz, Ahmed Mater, ShadiaAlem,  Ahmad Angawi, Moat Alofi, Emy Kat (Mohamed AlKhatib), Manal Aldowayan, Ayman Yossri Daydban, Ahaad Alamoudi, Daniah Alsaleh, Basmah Felembah, Sarah Brahim  e Faisal Samra. Segundo a curadora Diana Weschler, “todos os artistas se encontram no mesmo ponto, em termos de pesquisa e do questionamento de seu ambiente cultural. A partir daí, tentam entender o modo como estão vivendo e como o seu ambiente foi construído, tanto em termos culturais quanto naturais” .   Sobre o Ministério da Cultura e a Comissão Saudita de Museus   A Arábia Saudita possui um vasto histórico de arte e de cultura. O Ministério da Cultura está desenvolvendo a economia da cultura da Arábia Saudita, de modo a enriquecer a vida do Reino. Supervisiona 11 comissões de setores específicos e vem liderando uma transformação cultural, de modo a desenvolver um abundante ecossistema que alimenta a criatividade, destrava o potencial econômico do setor e libera novas e inspiradoras formas de expressão.   A Comissão de Museus é a instituição líder no setor de museus do Reino. Preserva e promove a rica herança cultural da Nação para as gerações futuras – ao mesmo tempo em que alimenta a cena criativa e incentiva novas formas de expressão artística na Arábia Saudita. Ao criar e operar seus museus em linha com as melhores práticas internacionais, oferece e incentiva a experiência do museu em si, além de promover uma jornada de aprendizado e educação, com engajamento cultural e social, atraindo tanto o público local quanto os turistas internos e internacionais.   Serviço   Iluminações Poéticas Abertura:  13 de novembro, das 14h às 19h Paço Imperial  - Praça Quinze de Novembro, 48, Centro, Rio de Janeiro/RJ 55 21 2215 2093 Entrada gratuita Dias/Horários: terça a domingo e feriados, das 12h às 18h Período de visitação: de 13/11/2024 a 12/01/2025   Assessoria de Imprensa Meio e Imagem Comunicação Ana Ligia Petrone: (21) 99985-7744 Maurette Brandt: (21) 98257-4168 Vera Matagueira: (21) 3807-6497 | 97326-6868 meioeimagem@gmail.com

  • Entrevista: Antônio Neves da Rocha

    Meu convidado de hoje é simplesmente Antônio Neves da Rocha, um dos maiores decoradores de festa do Brasil! 1. Ao longo de sua carreira, como você desenvolveu uma assinatura estética que se tornou reconhecida no mercado de festas de alto padrão? Bem, não é fácil falar de si mesmo, algum talento há que se ter, mas muita tenacidade e prazer no que faz é fundamental. Amor pelo que se faz facilita muito!!! 2. Qual foi o evento mais desafiador que você já decorou, e como você transformou esse desafio em uma experiência memorável para o cliente? Foram tantos momentos de superação.   Vencer momentos delicados e altamente compensador,locais complicados, problemas com clima, distâncias e prazos apertados, sempre complicam tudo, mas um profissional consegue superar tudo e no final de tudo nos sentimos estimulados. Encantar o cliente é uma necessidade é uma grande recompensa. 3. Em um segmento onde o requinte e a exclusividade são primordiais, como você se mantém inspirado para criar cenários únicos e inovadores em cada projeto? Cultura em geral! Muita arte, viagens ,exposições , museus, arquitetura. Tudo ajuda, renova e abre novos horizontes! Já rodei o mundo, mas o Brasil me inspira demais. 4. Quais elementos ou detalhes você considera indispensáveis em uma festa de alto padrão para criar uma atmosfera verdadeiramente inesquecível? Tudo contribui. Mas eu diria que sem uma boa iluminação fica difícil. A luz tem o poder de valorizar o bom e amenizar o que não vale a pena 5. Como você concilia suas próprias preferências estéticas com os desejos específicos de seus clientes, garantindo que ambos os lados fiquem satisfeitos com o resultado final?   Empatia, prazer, paciência e uma bela dose de psicologia resolvem tudo. 6. A demanda por sustentabilidade e práticas ecológicas tem influenciado suas escolhas na decoração de festas de luxo? Se sim, de que maneira? Sem dúvida reaproveitar materiais, tingir, pintar, rebordar recortar e por aí vai. Eu tenho sempre que estar me vigiando. Sou novidadeiro demais. Mas tenho melhorado. 7. Você tem uma filosofia ou mantra pessoal que guia suas decisões criativas e profissionais no planejamento de eventos? Sou um a pessoa de muita fé, respeito e tenho muita curiosidade com  todas as religiões, mas sou muito católico, apesar de não ser tão dedicado, acredito muito e recorro a ela. 8. Fora do mundo das festas e eventos, onde você busca inspiração para se manter criativamente afiado e trazer novas ideias ao seu trabalho? Tudo que é bom! Uma boa opera, um ótimo filme, teatro.  Até boa música me renova. Outro dia fui a um lindo concerto. Saí de lá renovado e com  ideias lindas. Tudo se comunica: Visão, audição, cérebro e coração. Chico Vartuli

  • Desenvolvimento da Hotelaria Baiana – Parte 2

    Os anos 1970, foram cruciais no desenvolvimento da hotelaria baiana padrão Internacional. Além dos grandes ícones da hotelaria baiana, foi fundada a ABIH Bahia.   A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Seção Bahia (ABIH-BA) foi fundada em 1970. A entidade foi criada para reunir e representar os interesses do turismo e da hotelaria da Bahia, em um órgão de classe.   A ABIH-BA é uma entidade empresarial associativa sem fins lucrativos. A sua missão é guiar, proteger e fortalecer os interesses da hotelaria baiana, atuando como um órgão técnico e consultivo.   Foi também nos anos 70, mais precisamente em 1975 que foi inaugurado um ícone da hotelaria baiana. Situado em uma localização estratégica no bairro de Ondina e um majestoso terreno de mais de 27 mil metros quadrados, O Bahia Othon Palace nasceu como um marco na hotelaria de luxo da cidade. Possuía 12 andares e 280 apartamentos e suítes. Além de seus restaurantes, lojas, Boate e a belíssima piscina localizada sobre as pedras do terreno.   Com vista privilegiada para a orla, o Othon Palace contava também com um gigantesco centro de convenções. “O Bahia Othon Palace era um dos hotéis mais icônicos da orla da capital baiana. O lobby do hotel era majestoso e refletia a rica cultura local. O hotel também foi um ponto de vista privilegiado para assistir aos trios do Circuito Dodô durante o carnaval. ” relato de moradores de Ondina, relembram os tempos áureos do Othon...   A história do Bahia Othon vai além da hotelaria. Lá funcionou a famosa Boate Hipopotamus de Ricardo Amaral. Rivalizava com a Regine’s que pertencia à belga Régine Choukroun, no Le Meridien Bahia, também dona de clubes noturnos em São Paulo, Rio de Janeiro, Paris e Nova York. Cheia de amigos internacionais, a europeia foi a responsável pela vinda de Alain Delon ao Brasil. A fama das duas Boates em Salvador era tão grande que repercutia no Rio de Janeiro, São Paulo e até em Paris. E tanto Régine quanto Ricardo Amaral, dono da Hippo, como era conhecida a casa, eram conhecidos como Rainha e Rei da Noite no Brasil.   Dois milhões, duzentos e dez mil, setecentos e sessenta cruzeiros novos. Esse foi o montante pago pela compra do terreno pela empresa Hotéis Othon S/A, cedidos pela prefeitura de Salvador, à época, comandada pelo prefeito Antônio Carlos Peixoto Magalhães, em 1970.   Em 18 de novembro de 2018, o Bahia Othon Palace encerrou suas atividades; motivada por inúmeras crises no setor do turismo Brasileiro, além do surgimento de um novo perfil na hotelaria, contando com hotéis menores, novos meios de administração e concorrendo com outros tipos de hospedagem como AIRBNB.   Vendido por R$ 109 milhões, o prédio onde funcionava o Bahia Othon Palace Hotel, no bairro de Ondina, em Salvador, foi adquirido em leilão privado pela empresa imobiliária Moura Dubeux, porém, o destino será para a construção de um resort de uso misto, com estúdios, quarto e sala, dois quartos, salas comerciais, lojas e restaurantes. Uma grande parte do empreendimento estará voltada para hospedagem, o que contribuirá para o turismo da cidade.    O projeto ainda contemplará um residencial de luxo, que receberá o nome de Mansão Othon, em homenagem ao antigo hotel, e contará com apartamentos com cinco suítes e 500 m². O novo projeto, então, diverge da escritura inicial de compra e venda do imóvel, assinada por ACM no período. Registrado no dia 30 de março de 1970, no 4º Ofício, o documento aponta que "no terreno ora vendido somente poderá ser edificado e explorado um hotel de turismo de classe internacional". "Utilizando-o, exclusivamente, aos fins do hotel", completa a escritura, que formaliza a transferência do terreno da prefeitura para o grupo.    Na atualidade o edifício do antigo Hotel abriga a Casa Cor Bahia - 2024.   A CASACOR Bahia 2024 celebra a sua 30ª edição, que acontece até 06 de novembro.   O local escolhido para receber a mostra não poderia ser mais emblemático: o Othon Palace, que este ano celebra 50 anos de sua inauguração. Com um espaço de 5500 m², o circuito conta com 50 ambientes, entre cabanas, lofts, estúdios, banheiros públicos, lojas, restaurante e café abertos ao público gratuitamente, além de livings, cozinhas, suíte master, home office, sala de jantar, family room, wine bar, entre outros. Uma praça ao ar livre será o local dos diversos eventos.   Na próxima matéria, falaremos do atual desenvolvimento turístico de Salvador!   Fontes : Acervo Bahia Othon Palace Hotel BAHIA TURISMO Casa Cor Bahia Prodetur Nacional André Conrado

  • Exposição "Entre nós" chega ao Paço Imperial, com obras de 20 artistas e coletivos comissionadas pela Bolsa ZUM/IMS

    Idealizada pelo Instituto Moreira Salles, a mostra abre no dia 13 de novembro, no Paço Imperial (RJ). A coletiva reúne trabalhos em fotografia, vídeo e instalação, entre outros suportes, que tratam de temas como ancestralidade, fluxos migratórios e os desafios ambientais                                 Depois de ser exibida em São Paulo – onde esteve no Edifício Copan, numa parceria com o Pivô – a mostra Entre Nós  abre   no Paço Imperial, no centro do Rio de Janeiro, no dia 13 de novembro.  Entre Nós   apresenta  trabalhos de 20 artistas e coletivos produzidos   entre 2013 e 2023,   com apoio  da Bolsa ZUM/IMS . C riada pela Revista ZUM, do Instituto Moreira Salles, a bols a tem o objetivo de incentivar a produção artística contemporânea.  (saiba mais abaixo)   Participam da mostra: Aleta Valente, Aline Motta, Bárbara Wagner, Castiel Vitorino Brasileiro, Coletivo Garapa, Coletivo Trëma, Dias & Riedweg, Dora Longo Bahia, Eustáquio Neves, Glicéria Tupinambá, Helena Martins-Costa, Igi Ayedun, João Castilho, Letícia Ramos, Rafael Bqueer, Sofia Borges, Tatewaki Nio, Tiago Sant´Ana, Val Souza e Vijai Patchineelam .   A curadoria é de Thyago Nogueira, coordenador da área de arte contemporânea do IMS, Daniele Queiroz, curadora do IMS, e Ângelo Manjabosco, pesquisador do IMS. As obras da exposição, muitas delas inéditas, pertencem à coleção de arte contemporânea do Instituto Moreira Salles.   São cerca de 200 trabalhos , incluindo fotografias, vídeos e instalações, entre outros suportes.  As obras tratam de temas urgentes e atuais , como os fluxos migratórios, a ancestralidade,  os desafios ambientais, a restituição de patrimônio, a história da escravização e seus efeitos no Brasil contemporâneo. Tratam ainda de questões associadas à linguagem artística e à expansão do campo da imagem.   A curadoria comenta o processo de concepção da mostra: “Criar uma exposição com obras produzidas ao longo de dez anos é uma oportunidade para rever as utopias e distopias que atravessam a produção artística deste período tão conturbado. Reunidas, estas obras mostram a variedade, a originalidade e a potência da produção contemporânea brasileira; mostram também a lucidez dos artistas sobre o papel que desempenham na construção e reconstrução do país”. Ainda sobre o título da coletiva, comenta: “ Entre nós  remete às relações de confiança e cumplicidade que servem de base a qualquer criação artística. Aponta também aos nós e às tramas que conectam estes trabalhos, feitos em contextos e tempos tão diferentes.”   SOBRE A BOLSA Desde 2013, a Bolsa ZUM/IMS premia anualmente dois projetos inéditos, elaborados por artistas e coletivos brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil. O objetivo é apoiar e incentivar artistas a aprofundarem sua produção visual, nas mais variadas vertentes, temas e suportes. Os projetos inscritos devem ser inéditos, sem restrição de tema, perfil ou suporte. As pessoas contempladas recebem uma bolsa, atualmente no valor de R$ 80 mil, para o desenvolvimento das obras. O resultado final do projeto, ou parte dele, é incorporado à coleção de arte contemporânea do IMS.   SOBRE AS OBRAS EXIBIDAS   Avenida Brasil 24h , Aleta Valente (Rio de Janeiro/RJ, 1986) Contemplada com a Bolsa de 2019   Aleta Valente estreia como diretora, apresentadora e personagem, neste documentário sobre a famosa Avenida Brasil. A artista trata das relações entre o corpo e a cidade, ao longo da via expressa mais importante da cidade do Rio de Janeiro.   A água é uma máquina do tempo , Aline Motta | (Niterói, RJ, 1974) Contemplada com a Bolsa de 2018    A niteroiense Aline Motta une audiovisual, fotografia e texto em um livro de artista, para tratar de relações familiares e, ao mesmo tempo, coletivas. A artista apresenta seu projeto de longa duração A água é uma máquina do tempo , que contou com o apoio da Bolsa ZUM/IMS, para tratar dos apagamentos e das memórias que acompanham as travessias atlânticas de pessoas e famílias negras.   Mestres de cerimônia , Bárbara Wagner  | (Brasília, 1980) Contemplada com a Bolsa de 2015   Bárbara Wagner estuda manifestações populares ligadas principalmente à música e à dança. Desenvolvido em parceria com as produtoras Pro Rec e KL, a obra apresenta uma série de fotografias feitas durante as gravações de videoclipes de brega-funk no Recife e de funk ostentação em São Paulo.   A anatomia da água: Livro 1 , Castiel Vitorino Brasileiro  | (Vitória, ES, 1996) Contemplada com a Bolsa de 2021    Artista, escritora e psicóloga clínica, Castiel lida com conceitos da ontologia Bantu e assume a cura como um momento de liberdade, através de noções sobre espiritualidade e ancestralidade.  Seu livro de artista, produzido com a colaboração da artista maranhense Gê Viana, é composto de fotos, textos, desenhos e outras intervenções; narra a experiência de um corpo que se desloca não mais pela necessidade de fuga ou como resposta à violência, mas impulsionado por sinais de liberdade.   Postais para Charles Lynch , Coletivo Garapa  | (São Paulo, SP, 2008) Contemplado com a Bolsa de 2014  No livro de artista Postais para Charles Lynch , o Coletivo Garapa – formado pelos jornalistas e artistas visuais Leo Caobelli, Paulo Fehlauer e Rodrigo Marcondes – discute a representação visual do linchamento no Brasil contemporâneo, a partir de um episódio de violência acontecido no Rio de Janeiro em 2014.   Memento , Coletivo Trëma  | (São Paulo, SP, 2013) Contemplado com a Bolsa de 2015   Em Memento , o Coletivo Trëma – formado pelos fotógrafos Felipe Redondo, Gabo Morales, Leonardo Soares e Rodrigo Capote, e dedicado à fotografia documental e editorial – cria fotografias a partir de memórias dos imigrantes Dany Vásquez, da Colômbia, e Theresa Senga, de Angola, que chegaram ao Brasil e aqui vivem.   Casulo/Palco, Dias & Riedweg  | (Brasil-Suíça, 1993) Contemplado com a Bolsa de 2018   A dupla Dias & Riedweg, formada em 1993 por Maurício Dias (Brasil) e Walter Riedweg (Suíça) participou da Bienais de Veneza (1999), de São Paulo (2002) e da Documenta 12 em Kassel (2017). Há alguns anos, os artistas vêm desenvolvendo trabalhos sobre o universo psiquiátrico; é o caso da instalação audiovisual Casulo/palco , que registra o cotidiano de um grupo de pacientes do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, com o objetivo de tornar visível o território designado à loucura e às novas formas de clausura a que esses pacientes são submetidos durante o tratamento psiquiátrico.   Brasil x Argentina (Amazônia e Patagônia), Dora Longo Bahia  | (São Paulo/SP, 1961) Contemplada com a Bolsa de 2016    A videoinstalação Brasil x Argentina exibe os efeitos do aquecimento global e das políticas ambientais dos dois países, na Amazônia e na Patagônia. Questão recorrente no trabalho da artista – que é Doutora em Poéticas Visuais pela ECA/USP e tem pós-doutorado em Filosofia pela FFLCH/USP –, a obra põe em evidência a violência na forma de degeneração ambiental, como consequência de um sistema econômico e social insustentável.   Retrato falado , Eustáquio Neves | (Juatuba/MG, 1955) Contemplado com a Bolsa de 2019    Químico de formação e fotógrafo autodidata, Eustáquio Neves desenvolve um trabalho marcado pela manipulação e pela intervenção em negativos e cópias, que aborda a identidade e a memória de pessoas afrodescendentes no Brasil. No projeto Retrato falado , o artista parte de descrições de parentes, de semelhanças de família e de recursos analógicos e digitais de manipulação fotográfica para reconstruir, em objetos fotográficos, o retrato do avô que não conheceu – e de quem não existe nenhuma imagem nos álbuns da família.   Nós somos pássaros que andam , Glicéria Tupinambá  (com Mariana Lacerda e Patrícia Cornils) | (Terra Indígena Tupinambá de Olivença/BA, 1982) Contemplada com a Bolsa de 2022   No filme Nós somos pássaros que andam , a artista e professora Glicéria Tupinambá – também conhecida como Célia Tupinambá – narra sua missão de recuperar, material e culturalmente, a tradição dos mantos tupinambá. O resgate desses mantos foi realizado na Terra Indígena Tupinambá, no sul da Bahia, a partir de imagens de museus europeus, que hoje guardam os únicos exemplares disponíveis desses mantos sagrados. Graças ao trabalho da artista, a Noruega devolveu recentemente um desses mantos ao Brasil, para integrar o acervo do Museu Nacional. O filme conta com o apoio da cineasta Mariana Lacerda e da jornalista Patrícia Cornils.   Desvio , Helena Martins-Costa  | (Porto Alegre/RS, 1969) Contemplada com a Bolsa de 2014  Artista visual, bacharel em fotografia pelo Instituto de Artes da UFRGS e mestra em Poéticas Visuais pela ECA/USP, Helena Martins-Costa apresenta, em Desvio , fotografias de pessoas desconhecidas – resgatadas em sebos, feiras de antiguidades e coleções particulares – para identificar tipologias e questionar os sistemas ópticos dos equipamentos fotográficos.   Eclosão de um sonho, uma fantasia , Igi Ayedun | (São Paulo/SP, 1990) Contemplada com a Bolsa de 2022   Artista autodidata, diretora e fundadora da galeria/residência HOA e do MJOURNAL, Igi Ayedun trabalha com pintura, desenho, texto, vídeo, imagens em 3D, fotografia e som. Em Eclosão de um sonho , uma fantasia, Igi apresenta imagens criadas artificialmente por programas de Inteligência Artificial e de interpretação de impulsos cerebrais, como formas de superar o limite óptico das câmeras fotográficas ou mesmo do sistema ocular.   Zoo , João Castilho  | (Belo Horizonte/MG, 1978) Contemplado com a Bolsa de 2013   João Castilho é artista visual; trabalha com fotografia, vídeo e instalação. Recebeu o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia em 2010 e o Prêmio Conrado Wessel de Arte, em 2008. Em Zoo, Castilho fotografa diversos animais selvagens e silvestres em ambientes domésticos, com a intenção de “discutir as questões em torno da animalidade e abrir uma porta para a investigação do que chamei de mistério humano”  – afirma.   Microfilme , Letícia Ramos  | (Santo Antônio da Patrulha/RS, 1976) Contemplada com a Bolsa de 2013   Artista e videomaker, Letícia tem como foco de investigação artística a criação de aparatos fotográficos próprios para captação e reconstrução de imagens – e para a criação de ficções com tais aparatos. No projeto Microfilme , a artista registra uma viagem de exploração a um local ermo, construindo evidências paleontológicas a partir de ampliações panorâmicas feitas com microfilmes e polaroides.   Themônias , Rafael Bqueer  | (Belém/PA, 1992) Contemplado com a Bolsa de 2020    Graduada em Licenciatura e Bacharelado no Curso de Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Rafael Bqueer produziu quatro curtas-metragens estrelados por integrantes do coletivo drag Themônias , formado por mais de 150 pessoas que se montam e se apresentam na cena cultural de Belém. Bqueer é uma das fundadoras do coletivo.   Teatro para o artifício , Sofia Borges | (Ribeirão Preto, SP, 1984) Contemplada com a Bolsa de 2017    Formada em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo em 2008, Sofia Borges foi uma das fotógrafas indicadas ao Foam Paul Huf Award, em 2010 e em 2014. Publicou, em 2016, o livro The Swamp [O pântano] . Em Teatro para o Artifício , Sofia fotografa uma performance artística que utiliza fotografias, máscaras e colagens para investigar a origem do mundo e de suas representações visuais.   Na espiral do Atlântico Sul , Tatewaki Nio | (Kobe, Japão, 1971) Contemplado com a Bolsa de 2017    Formado em Sociologia pela Universidade Sophia, em Tóquio, Nio estudou fotografia em São Paulo depois de viver por um ano em Salvador, onde descobriu o trabalho do antropólogo e fotógrafo francês Pierre Verger. A obra Na espiral do Atlântico Sul  retoma o tema do fluxo e do refluxo de populações africanas entre os dois continentes – em busca de traços da presença de escravizados libertos retornados do Brasil, no estilo de arquitetura. E também ao promover reencontros imaginários entre imigrantes e refugiados nigerianos que vivem em São Paulo e suas famílias, em diversas cidades da Nigéria.   Chão de estrelas , Tiago Sant’Ana  | (Santo Antônio de Jesus/BA, 1990) Completado com a Bolsa de 2021   Tiago é artista visual, curador e doutorando em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Seus trabalhos tratam da representação das identidades afro-brasileiras, ao refletir sobre a permanência das estruturas coloniais, do racismo estrutural e das dinâmicas que envolvem a produção da história e da memória. O filme Chão de estrelas , gravado na Chapada Diamantina, investiga estratégias de fuga e de libertação no período colonial brasileiro, além de discutir como essas táticas reverberam no imaginário visual brasileiro.   Vênus , Val Souza  | (São Paulo, 1985) Contemplada com a Bolsa de 2020    Val Souza vive e trabalha entre Salvador e São Paulo; trabalha com performances desde 2012. Sua prática inclui fotografia, dança, teatro, vídeo e instalação. No projeto Vênus , a artista construiu um painel com mais de mil imagens, que traça relações entre as diversas formas de representação das mulheres negras – incluindo a si mesma – da história da colonização ao Brasil contemporâneo.   Samba Shiva: as fotografias de Sambasiva Rao Patchineelam , Vijai Maia Patchineelam  | (Niterói/RJ, 1983) Projeto contemplado com a Bolsa de 2016   Filho de mãe baiana e de pai indiano, Vijai cresceu em meio ao trabalho fotográfico do pai, geólogo que emigrou para o Brasil nos anos 1970. No livro Samba Shiva , Vijai edita o arquivo fotográfico paterno, em busca de novas conexões artísticas.     SOBRE O INSTITUTO MOREIRA SALLES Fundado em 1992, pelo embaixador e banqueiro Walther Moreira Salles (1912-2001), o Instituto Moreira Salles está presente em três cidades brasileiras: Poços de Caldas, São Paulo e Rio de Janeiro (a sede carioca está atualmente fechada para reformas). Seu acervo está distribuído em cinco áreas principais: fotografia, música, iconografia, arte contemporânea e literatura. O IMS organiza e recebe em seus centros culturais exposições de fotografia e de artes visuais de artistas brasileiros e estrangeiros, promove mostras de cinema e espetáculos musicais, publica catálogos de exposições, livros de fotografia, literatura e música e duas revistas: a ZUM , sobre fotografia contemporânea, e a serrote , de ensaios sobre arte, política e literatura.   SERVIÇO ENTRE NÓS: dez anos da Bolsa ZUM/IMS De 13 de novembro de 2024 a 2 de fevereiro de 2025 Paço Imperial - Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial / IPHAN / MinC   Praça Quinze de Novembro, 48, Centro, Rio de Janeiro / RJ 55 21 2215 2093 Dias/Horários: Terça a domingo e feriados, das 12h às 18h Entrada gratuita   Abertura:  13 de novembro, das 14h às 19h A inauguração da mostra contará com a presença de artistas da exposição   Assessoria de Imprensa Meio e Imagem Comunicação Vera Matagueira: (21) 3807-6497 | 97326-6868 Ana Ligia Petrone: (21) 99985-7744 meioeimagem@gmail.com Alex Gonçalves Varela

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