Revista do Villa
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Revista luso-brasileira de conteúdo sobre cultura, gastronomia, moda, turismo,
entretenimento, eventos sociais, bem-estar, life style e muito mais...
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- Anunciado acordo político entre o Mercosul e a União Europeia
Uma vez em vigor, o governo brasileiro espera que haja impactos relevantes para a economia brasileira; UE tem pela frente um amplo universo consumidor para realizar negócios; Acordo está a ser discutido há mais de duas décadas de negociações. Foto: Ricardo Stuckert Mercosul e União Europeia (UE) chegaram, hoje, dia 06 de dezembro, à conclusão dos termos para um acordo comercial que vai valer para 27 países europeus e quatro sul-americanos (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Juntos, os mais de 30 países somam 718 milhões de habitantes e economias com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 22 trilhões. Segundo apurámos, a entrada em vigor desta parceria “depende de algumas etapas formais”. Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a notícia é “um marco verdadeiramente histórico”. Também o presidente do Uruguai, Luis Pou, em representação de todos os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), salientou “a relevância do dia de hoje”. Por seu turno, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, ex-primeiro-ministro de Portugal, classificou como uma “conquista muito importante” o acordo político entre a União Europeia (UE) e os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul). “Saúdo a Comissão Europeia pelo acordo alcançado com os países do Mercosul. Trata-se de uma conquista muito importante”, reagiu António Costa, que frisou que “é bom para a competitividade e para o emprego, é bom para o nosso lugar no mundo, é bom para os nossos cidadãos”. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) do Brasil celebrou a conclusão do acordo histórico, reconhecendo “a relevância estratégica do acordo para o fortalecimento das relações comerciais, a geração de novas oportunidades económicas e a consolidação de laços históricos e culturais entre os blocos”. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, considerou que o acordo é “equilibrado e reforça o compromisso dos países com o Acordo de Paris”. “Após dois anos de intensas tratativas, temos hoje um texto moderno e equilibrado, que reconhece as credenciais ambientais do Mercosul e reforça o nosso compromisso com os Acordos de Paris", afirmou hoje Lula da Silva durante a abertura do encontro de chefes de Estado do Mercosul, no Uruguai, onde foi anunciado o acordo. Fontes explicam que responsáveis pela UE e Mercosul “têm mantido contacto regular”, o que permitiu concluir as negociações políticas nomeadamente em questões como os “compromissos ambientais”, após um primeiro aval em 2019, que não teve seguimento. Para o governo brasileiro, o acordo é estratégico em diversos sentidos. Um dos pontos é que a União Europeia é o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China, e as trocas comerciais somaram aproximadamente US$ 92 mil milhões em 2023. A expetativa do Brasil é que a aproximação com a Europa reforce a diversificação das parcerias comerciais do país e também modernize o parque industrial nacional. Entenda os próximos passos Revisão legal: Mesmo após a avaliação dos negociadores, o texto ainda precisa passar por um processo de revisão legal, para que seja assegurada a consistência, harmonia e correção linguística e estrutural aos textos do acordo. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, essa etapa já se encontra em estágio avançado; Tradução: Depois da revisão legal, o texto precisará ser traduzido da língua inglesa, usada nas negociações, para as 23 línguas oficiais da União Europeia e para as duas línguas oficiais do Mercosul, que são o português e o espanhol; Assinatura: Assim como em qualquer negociação, não basta acertar os termos do contrato, é preciso assiná-lo. Quando os dois blocos assinarem o documento revisado e traduzido, estará formalizada a adesão; Internalização: Em seguida, os países dos dois blocos vão encaminhar o acordo para os processos internos de aprovação de cada membro. No caso do Brasil, é necessária a chancela dos Poderes Executivo e Legislativo, por meio da aprovação do Congresso Nacional; Ratificação: Concluídos os respetivos trâmites internos, as partes confirmam, por meio da ratificação, o seu compromisso em cumprir o acordo; Entrada em vigor: O acordo entrará em vigor no primeiro dia do mês seguinte à notificação da conclusão dos trâmites internos. O Itamaraty explica que, como o acordo estabelece a possibilidade de vigência bilateral, bastaria que a União Europeia e o Brasil – ou qualquer outro país do Mercosul – tenham concluído o processo de ratificação para a sua entrada em vigor bilateralmente entre tais partes. Ainda não há um prazo para que isso ocorra. Note-se que as estimativas para o ano de 2044 são: acréscimo de 0,34% (R$ 37 mil milhões) no PIB; aumento de 0,76% no investimento (R$ 13,6 mil milhões); redução de 0,56% no nível de preços ao consumidor; aumento de 0,42% nos salários reais; impacto de 2,46% (R$ 42,1 bilhões) sobre as importações totais; impacto de 2,65% (R$ 52,1 mil milhões) sobre as exportações totais. Ígor Lopes
- O agito tomou onta de Ipanema nesse final de semana, na festa de lançamento do verão do Estilista Hermes Inocencio
Estilista Hermes Inocencio, lança sua coleção verão 2025 “FLORES DE FRIDA’ com festa que fez tremer Ipanema nesse último sábado”. O Agito tomou conta de Ipanema nesse Final de semana, na festa anual do estilista Hermes Inocencio, no lançamento de sua coleção verão 2025 “FLORES DE FRIDA’, inspirada na inesquecível artista plástica e ativista mexicana "Frida Khalo”. O Ator Igor Maués que vem atuando com sucesso na série “Reis” da Record interpretando o Sodomita “Baraka” é o novo rosto da campanha. Famosos, abrilhantaram com suas presenças , a badalada festa anual, de Hermes Inocendio o “Queridinho dos Famosos”. A festa agitou o bairro de Ipanema, ao som da música eletrônica do DJ Waldo Lobo do melhor Pop, e Tribal. regada a deliciosas comidinhas do buffet assinado por Roberto Moura e muito Prosecco e drinks sofisticados. Foi um badalo só que rolou até as 23h00min horas com presença de convidados, imprensa e famosos como: Roberto Birindelli, Claudia Melo, Evelyn Montesano, Larissa Rodrigues, Ines Galvão, Yara Castanha, Kenny Alberti Marcus Tardin, Van Furlanetti, entre outros famosos do meio artístico. Verão Frida Khalo Ali Sulman Hermes Inocencio e ator Igor Maués - fotos Silas Marques modelo Ali Sulmanm estilista Hermes Inocencio, ator Roberto Birindelli e o ator e modelo da campanha Igor Maués fotos MÊRCEZ@RETINADOTEUOLHAR Hermes Inocencio, Roberto Birindelli, Claudia Melo, Igor Maués e Yara Castanha foto Silas Marques Silas atrizes Kenny Alberti e Claudia Melo entre o estilosta Hermes Inocencio foto Silas Marques ator Igor Maués Roberto Birindelli e o estilists Hermes Inocencio ator Roberto Birindelli, atriz Evelyn Montezano, atriz Yara Castanha e ator Marcus Tardin foto Silas Marques ator Roberto Birindelli e o estilista Hermes Inocencio Dg assessoria e Comunicação Fotos: Silas Marques Bia Mêrcez Revista do Villa: por Déborah Maria Barros Baptista Gonçalves
- Livro reúne a trajetória de 40 anos da artista Bea Machado
Com 200 páginas, publicação será lançada no dia 17 de dezembro, na Livraria Argumento, no Leblon Capa livro Bea Machado (Arts_imprensa) Reunindo os 40 anos de trajetória da artista Bea Machado , será lançado no dia 17 de dezembro de 2024, às 19h, na Livraria Argumento , no Leblon, o livro “ Bea Machado Arts – pinturas e esculturas ”. Com 200 páginas , a publicação abrange toda a múltipla obra da artista, em pintura e escultura, desde o início de sua trajetória nas artes, em 1983, até os dias de hoje, com textos da crítica e historiadora da arte Sônia Siqueira. Além de apresentar as obras mais conhecidas de Bea Machado, o livro também traz pinturas inéditas , nunca mostradas ao público. “Artista multifacetada, dedicou-se ao longo de sua carreira a vários enfoques deste ‘handmade’ como a escultura e a pintura. Entretanto, tanto quanto o tamanho e a composição de uma obra, seu estilo pessoal e falas precisam persuadir não apenas os outros, mas a si próprio. Sejam elas personas coloridas, imensas, minimalistas discretas, ânforas e potes, Bea Machado, enquanto artista persuasiva, é sempre protagonista, jamais a coadjuvante que habita um estereótipo”, diz Sônia Siqueira em um dos trechos do livro. Dividido em oito capítulos, o livro começa com uma biografia da artista, com trechos escritos pela própria, contando sua trajetória nas artes. Os demais capítulos, ou “atos”, como são chamados no livro, trazem, em ordem cronológica, os diversos momentos da obra multifacetada da artista, divididos da seguinte forma: “Abstratos”, “Gestos”, “Copas”, “Potes”, “Cores e Formas” e “Esculturas”, dando um panorama de sua extensa produção. “Tudo o que fiz está aqui, todo o meu trabalho ao longo da minha história. Realizei muitos cursos de arte, mas construí minha trajetória sem seguir tendências ou padrões, fazendo o que eu queria fazer”, afirma a artista Bea Machado, que começou a ter aulas de pintura aos 9 anos no colégio interno. Mais tarde, fez diversos cursos no Parque Lage e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Nascida em Resende e radicada no Rio de Janeiro, Bea Machado começou sua trajetória fazendo pinturas, mas logo migrou para a escultura, sem nunca deixar de pintar. Algumas poucas telas, como as da série “Copas”, em que retrata copas de árvores, foram expostas, mas a grande maioria é inédita e será revelada somente no livro. Já as esculturas, apesar de conhecidas, estão há bastante tempo sem serem expostas. Além disso, muitas pertencem a coleções particulares, estando há anos sem serem vistas pelo público. DA PINTURA À ESCULTURA, DO ABSTRATO AO FIGURATIVO A obra de Bea Machado é bem ampla e vai desde pinturas, figurativas e abstratas, até esculturas. O primeiro capítulo ou “ato” é dedicado aos trabalhos abstratos e geométricos, construtivistas. O segundo trata dos gestos e fala do embate do pincel da artista com a superfície da tela. “São gestos fortes, coloridos ou não, que nos fazem lembrar da gestualidade expressionista, em muitos casos do choque levado a termo pelo pincel de lberê Camargo com o quadro. Percebe-se em cada tela que o ato da pintura prevalece sobre temas e sentimentos e não há distância entre pintor e quadro”, ressalta Sônia Siqueira. O terceiro capítulo, “Copas”, apresenta as pinturas que retratam copas de árvores. “Antecipando os drones que filmam o mundo à distância, Bea nos apresenta um universo povoado de copas de árvores que se entrelaçam, entretecem, questionam: são figuras ou gestos”, diz o texto. Os “Potes” têm espaço no quarto capítulo. “Neste ato a pintora se volta para uma de suas grandes paixões, a argila e nos introduz num mundo repleto de cores e figuras. A argila, o pote, como ela denomina, material-artefato primeiro na história humana, nos fala de conceitos, atitudes, mas, principalmente de cores, muitas cores, uma das paixões de Bea Machado”, afirma Sônia Siqueira. “O pote para mim é o elo entre a natureza, a cultura, o conhecimento e o segredo. Vindo da terra, da argila, o pote foi revolucionário na vida humana. Importante que ele transmite e guarda o essencial”, conta a artista. O penúltimo capítulo é denominado “Cores e Formas”. “Neste ato ela retoma a função lúdica da arte para nos presentear com cores fortes, quentes, seu azul particular, que podemos chamar- porque não - de "Azul Bea Machado", que preenchem figuras líricas, muitas infantis, que nos trazem a memória Miró ou Matisse”, ressalta o texto. O último capítulo é dedicado às esculturas, objetos mais conhecidos da artista. SOBRE A ARTISTA Bea Machado nasceu em Resende e mora no Rio de Janeiro. Fez sua primeira exposição individual em 1982 na Galeria Espaço 81, na Maison de France, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, participou da Bienal Internacional de Arte Contemporânea, na Flórida, onde recebeu medalha de ouro. Em 1984, participou da Mostra de Arte no Círculo Militar da Praia Vermelha/RJ, da Sociedade de Belas Artes do Rio de Janeiro/RJ e da Brazilian Artists Cooperativa, no Rio Othon Palace, no Rio de Janeiro. Em 1987 recebeu medalha de ouro na coletiva intitulada “Mostra de Arte Século XX”, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Em 1992, mais uma medalha, de bronze, na mostra coletiva: Galeria Place des Artes "Open House - Barra da Tijuca/Rio de Janeiro. No mesmo ano fez uma individual no Ipanema Park Hotel. Porto, Portugal. Bea Machado participou de dezenas de exposições individuais e coletivas. Artista multifacetada, transita com desenvoltura tanto pela escultura como pela pintura. Entre os prêmios recebidos ao longo de sua trajetória estão: “Troféu Hípico”, Hípica, Rio de Janeiro; “Troféu do Primeiro Campeonato Serra e Mar de Hipismo FIRJAN-Federação das Indústrias do Rio de Janeiro”, no Banco do Brasil-Volta Redonda, Rio de Janeiro; Bolsa de Valores, Rio de Janeiro; MAM-Resende, Rio de Janeiro, e Annuarie de L'Art Internacional. Serviço: Lançamento livro “Bea Machado Arts – pinturas e esculturas” 17 de dezembro de 2024, às 19h Livraria Argumento Rua Dias Ferreira, 417 - Leblon - Rio de Janeiro - RJ Telefone: (21) 2239.5294 200 páginas Formato: 21 X25 cm Bilíngue (português - inglês) R$150 Alex Varela
- Evento Funcex Brasil
Brasil: FUNCEX anuncia vencedores do Prémio "Personalidade do Ano do Comércio Exterior 2024" durante evento no Rio de Janeiro A Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX) vai realizar no dia 9 de dezembro, no Brasil, a tradicional cerimónia anual de entrega do prémio "Personalidade do Ano do Comércio Exterior", um evento que visa “reconhecer os profissionais que se destacam no desenvolvimento do comércio exterior brasileiro”. A cerimónia terá lugar na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, Rio de Janeiro. A entrega dos prémios tem como objetivo ainda “valorizar as personalidades e organizações que têm contribuído para o crescimento e fortalecimento do comércio exterior brasileiro, consolidando a FUNCEX como um importante ator no cenário internacional”. Neste ano, o prémio "Personalidade do Ano do Comércio Exterior 2024" será atribuído a Atilio Rulli, vice-presidente da Huawei Latinoamérica, pelo seu trabalho na “evolução e destaque do comércio exterior brasileiro no cenário internacional”. Além disso, o prémio "Personalidade do Ano do Comércio Exterior 2023" será concedido a Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Serão igualmente premiados profissionais de diversas áreas, como Danielle Barros, Secretária de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, que receberá o prémio na categoria Cultura, enquanto Bruno Queiroz Costa, Subsecretário Adjunto de Relações Internacionais da Secretaria da Casa Civil do Estado do RJ, será o premiado na categoria Relações Internacionais. O prémio Mídia será entregue a Flávio Lara Resende, da ABERT, e Caio Nabuco, da Tropicool, receberá o prémio na área de Internacionalização de Empresas. O evento também reconhecerá personalidades em diversas áreas no âmbito de 2023. Na categoria ESG, o prémio será atribuído a Aguinaldo Ballon, da CEDAE. Na área de Relações Internacionais, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, será premiado. Paulo Câmara, do BNB, receberá o prémio na categoria Serviços, enquanto Mario Moreira, da FIOCRUZ, será homenageado na área da Saúde. Durante a cerimónia, serão ainda homenageadas figuras importantes, como Nelma Fernandes (CE-CPLP), José Marinho Paulo Júnior, Promotor de Justiça, Padre Omar Raposo, da Funcex Ação Social, José Augusto de Castro, da AEB, e Sidnei Gonzalez, Diretor da FGV Conhecimento. A agenda do evento incluirá painéis de debate, como o painel "Sabedoria para Cultivar o Futuro", com José Luiz Tejon, e o painel "Nova Potência Afro-Ibero-Latino-Americana", com Rui Mucaje e Paulo Manoel Protásio. O evento será encerrado por Nelma Fernandes e Antônio Carlos da Silveira Pinheiro, presidente da FUNCEX. Ígor Lopes
- Exposição de Fotos no Vogue Square
A vogue Gallery Brasil ,no Vogue Square, na Barra da Tijuca foi palco do vernissage da exposição de fotos “Um mergulho nos destinos Turísticos”, de Bayard Do Coutto Boiteux, que conhece 200 países. A exposição,com curadoria de Fátima Simões e Matheus oliveira apresentou 64 fotos de 12 países. Bayard, que já expôs em mais de 8 países e está na sua 13a. exposição, não se considera um fotógrafo mas um amante da Arte de Fotografar. O evento contou com a apresentação do saxofonista uruguaio Daniel Grooves e um coquetel super inovador com até mini pizzas de vários sabores do Lugare Pizzaria. Alguns registros dos convidados que foram prestigiar uma exposição que reflete sensibilidade e respeito. Parte da receita da venda das fotos irá para o projeto social e educacional Uerê. Messias Martins registrou o movimento de convidados. Revista do Villa : por Divulgação Rio
- Lançamento do livro "Iconografia baiana na Coleção Flávia e Frank Abubakir"
Iconografia Baiana na coleção Flávia e Frank Abubakir Organização: Pedro Corrêa do Lago Editora Capivara Obras de arte, mapas e livros raros produzidos entre os séculos XVII e XIX trazem à luz o período de formação do Brasil através dos olhares de viajantes, pintores, exploradores e visitantes São 269 imagens e uma cuidadosa análise desta produção artística, cartográfica e documental nunca antes reunida A maior e mais importante coleção privada do país reunindo a iconografia baiana entre os séculos XVII e XIX chega ao público neste mês de dezembro, em volume publicado pela Capivara, com organização de Pedro Corrêa do Lago. São raros e importantes óleos, uma longa série de aquarelas, sketchbooks , gravuras, livros ilustrados (muitos dos quais existem apenas poucos exemplares no mundo), e alguns dos primeiros mapas do Brasil. O patrocínio é da Unipar através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal. Primeira capital da colônia (até 1763), Salvador, ponto estratégico no processo de ocupação português, despertou a cobiça de navegadores de outros países. Mesmo antes da chegada da família real portuguesa em 1808 e a abertura dos portos, a Bahia já havia sido visitada por artistas, navegadores e exploradores basicamente holandeses, que reproduziram paisagens e personagens. A partir de 1808, a iconografia cresce, especialmente pelo encanto com as paisagens locais. O recorte escolhido para o livro enfatiza a diversidade de interesses dos artistas estrangeiros pelas terras e populações baianas. Os textos são de autoria de sete historiadores/professores/arquitetos. As apresentações de cada uma das seções trazem textos do professor, historiador e consultor, mestre e doutor em História pela Universidade Federal da Bahia Daniel Rebouças. “Essa é uma obra de grande peso, um marco para iconografia sobre a Bahia e sobre o Brasil de modo geral”, afirma Daniel. Flávia e Frank Abubakir vêm reunindo sua coleção há mais de duas décadas, no desejo de contribuir para a memória, a pesquisa e a preservação da arte que retrata a Bahia, democratizando e ampliando o conhecimento sobre o Brasil e as terras alcançadas pelos portugueses em sua pioneira globalização. O Instituto Flávia Abubakir soma mais de 50 mil itens, a maioria dos quais com acesso digital pelo site Instituto Flávia Abubakir ( institutoflaviaabubakir.org ) que disponibiliza o acervo para consulta. Alguns destaques Entre os documentos bibliográficos referenciais estão, por exemplo, o livro Jornada dos Vassalos – narrando a reconquista de Salvador aos holandeses, em 1625, escrita pelo jesuíta português Bartolomeu Guerrero; o clássico Rerum per Octennium in Brasilia , de Caspar Barlaeus – conhecido como “o Barléu” - e a primeira edição inglesa do famoso livro sobre piratas de Alexandre Olivier Exquemelin (c.1645 – c.1707), com o curioso retrato de Rocky Brasiliano, pirata holandês que atuou como corsário na Bahia. Das raridades cartográficas da coleção destaca-se o mapa elaborado por Joos Coecke, engenheiro holandês, durante a ocupação de 1624. Os holandeses tomaram Salvador por um ano, até serem expulsos pelos portugueses. Esse mapa tem impressionante precisão, a ponto de corresponder à cartografia atual da cidade. Na mesma seção, o grande mapa de parede de Georg Marcgraf, de 1647, na sequência da ocupação de Pernambuco por Mauricio de Nassau – uma peça de grandes dimensões que mostra o Nordeste brasileiro, com vinhetas de Frans Post. A coleção de óleos tem telas especialmente importantes de Righini, Selleny, Grenier e Moreaux, entre outros pintores. São 22 exemplares apresentados, alguns fazendo par complementar com telas do acervo do Museu Nacional de Belas Artes e do Museu de Arte da Bahia. “Os desenhos, guaches e aquarelas foram as principais formas de registro visual dos viajantes que passaram pelo Brasil, sobretudo no século XIX”, aponta Daniel Rebouças. Dentre as aquarelas, destacam-se exemplares de cenas panorâmicas de Manley Hall Dixon e os belos e detalhados retratos da vida urbana de Salvador por William Smyth – ambos, integrantes da Marinha inglesa de passagem pelo país. Desenhos e esboços, tanto independentes quanto inseridos em livros e sketchbooks , trazem inclusive informações sobre costumes – tal como a planta de um casarão do século XIX. As gravuras são o maior grupo de imagens do livro, desde as obras ligadas à época dos holandeses até o trabalho dos viajantes Carl von Martius, Rugendas e Maria Graham, sobre a Bahia oitocentista. Há ainda diversas obras, em vários suportes, baseadas em fotografias, cujos originais são exibidos na mesma página – a arte fotográfica estava em ascensão no século XIX. Iconografia baiana na Coleção Flávia e Frank Abubakir estabelece um novo patamar de conhecimento e apreciação deste importante recorte da produção artística no Brasil - que, de fato, é crucial para compreender o período e os elementos de formação do país. Organizador Pedro Corrêa do Lago, economista de formação, é editor, autor de vinte livros sobre a arte e a cultura brasileiras e sobre manuscritos, historiador, colecionador, curador de importantes exposições no país e no exterior, com atuação destacada na história da arte. Formou aquela que é considerada a maior coleção privada de manuscritos do mundo. Em 2001, fundou com sua esposa, Bia Corrêa do Lago, a editora Capivara, especializada em arte brasileira, que publicou os primeiros levantamentos completos das obras dos maiores pintores viajantes. Foi presidente da Fundação Biblioteca Nacional de 2003 a 2005, lançando a Revista de História da instituição. Em 2022, publicou, pela Gallimard, na França, o livro Marcel Proust: une vie de lettres et d’images (premiado no país do escritor) e apresentou a exposição A magia do manuscrito no Sesc Avenida Paulista, depois da mostra na Morgan Library, de Nova York, em 2018, com livro homônimo publicado pela Taschen. Iconografia baiana na Coleção Flávia e Frank Abubakir Organização: Pedro Corrêa do Lago – Editora Capivara Autores: Daniel Rebouças e Pablo Magalhães (também colaboradores associados ao Instituto Flávia Abubakir), Dilson Midlej , Francisco Senna, João Dannemann , Rafael Dantas e Sávio Queiroz Lima Diretora do Instituto Flávia Abubakir: Ângela Ferreira Projeto gráfico: Calixto Comporte Páginas: 320 / Formato: 27 x 31 cm / Encadernação: capa dura Idioma: português / ISBN: 978-65-88610-14-5 Preço sugerido: R$ 195 Alex Varela
- Entrevista: Claudia Saldanha, diretora do Paço Imperial
Entrevista com Cláudia Werneck Saldanha, diretora do Paço Imperial, um dos maiores centro cultural da cidade. 1- Há 10 anos você assumiu a direção do Paço Imperial, um dos mais prestigiados espaços culturais do Rio de Janeiro. Quais foram os principais desafios ao longo desse percurso? Os desafios são sempre relacionados aos investimentos para a conservação e preservação do monumento histórico e também para a programação de exposições, seminários e outras atividades. Os investimentos do Iphan são majoritariamente destinados à conservação e manutenção. Mas faltam investimentos para a manutenção de uma programação de qualidade do centro cultural. 2 - Poderia citar três das principais conquistas obtidas? O reconhecimento do centro cultural como importante polo de difusão e debate com uma programação contínua; A parceria com universidades e escolas de arte na promoção de seminários, palestras e exposições dos programas de artes visuais e história da arte; A implementação de um programa educativo para receber escolas e outros grupos. 3- Como funciona o processo de seleção das mostras exibidas pelo Paço Imperial? Existe chamada de edital público? Hoje não há edital porque não há investimentos suficientes para direcionar para tal projeto. Um Conselho de Programação formado por artistas, professores e gestores faz a indicação dos projetos de interesse para o Paço. A programação é definida pela equipe e pela direção do Paço a partir da disponibilidade de espaço. 4- Em sua gestão, quais os tipos de exposições que foram priorizadas? Buscamos uma programação que contemple tanto as exposições monográficas como as coletivas, de artistas de relevância e também daqueles que iniciaram suas trajetórias há pouco tempo. Buscamos também exposições que trazem à luz a obra de artistas que por alguma razão deixaram de mostrar sua obra. 5- Quais são os referenciais artísticos que norteiam seu trabalho? Não há referências artísticas, mas sim de relevância para a cena artística e cultural. 6- Você, que também já teve experiencia de direçao em outras instituições ligadas a arte, como o Parque Lage, por exemplo, poderia nos falar sobre como o poder publico apoia os museus e centros culturais do Rio de Janeiro? Gostaria também que citasse algumas das ações que considere valiosas para as instituições. Como gestora tive uma ótima experiência na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Fui também curadora do MAC de Niterói e diretora do RioArte e do Espaço Cultural Sérgio Porto. Todas essas instituições são públicas: do Estado, do município de Niterói e do município do Rio. Os desafios são enormes e por essa razão estimulam meu trabalho. 7- Pode nos revelar seus planos para os próximos anos no Paço Imperial? Em 2025 o Paço Imperial completará 40 anos de existência. Vamos criar uma programação especial com várias mostras, seminários e debates ao longo do ano. Pretendemos também publicar um livro sobre os 40 anos deste importante centro cultural. Estamos com uma importante parceria com o Instituto Pedra que vai nos ajudar a encontrar soluções para uma série de adequações do espaço físico do edifício histórico para atender a demanda de público de visitantes a cada dia maior. O Paço vai continuar aberto, mas faremos algumas obras necessárias para atender as mostras de grande porte. 8- Qual é o orçamento do Paço para as exposições? Não há orçamento para exposições. Contamos sempre com a parceria dos artistas, colecionadores, galeristas, universidades e institutos culturais. Fotos :Marco Rodrigues Chico Vartuli
- Entrevista: Michele Umezu
Estética e saúde são seus lemas! Michele Umezu é atleta, empreendedora e estuda biomedicina. Atende numa clínica e spa no shopping Village Mall, um dos mais badalados do Rio de Janeiro, além de colecionar diversos diplomas e títulos durante a extensa carreira. E não para de estudar. Atualmente cursa psicanálise, personal trainer e coach em nutrição. Conheça a trajetória dessa profissional ímpar numa entrevista exclusiva para a Revista do Villa! Você morou por 14 anos entre Japão, Cingapura e Tailândia. O que te motivou a buscar a Ásia? Fui morar no Japão com minha família, tinha 13 anos na época. Além de modelo, você estudou e trabalhou como Fashion Design. Uma coisa acabou levando à outra ou a área da moda já estava nos teus planos desde o início? Fiz desfiles de concurso, conheci alguns estilistas no Japão, estudei Fashion Design em Cingapura, fiz alguns trabalhos. Foi uma época boa, mas não é todo esse glamour que todos pensam. Sua volta ao Brasil a colocou num novo rumo: o da estética e beleza. O que te levou a insistir na questão do emagrecimento corporal? Sempre gostei dessa área. Eu tive um problema de depressão, engordei 42kg e comecei a buscar mais conhecimento nessa parte do emagrecimento. Fiz um curso na Tailândia de emagrecimento Detox, o que foi muito importante na minha carreira. Quando o fisiculturismo entre de vez em sua vida? Tudo porque eu queria melhorar um pouco o físico, estava no processo de emagrecimento, e conheci um profissional que me ajudou a entender que eu poderia me preparar para competir. Você tem mais de 20 troféus, a maioria de 1ºlugar nas competições de fisiculturismo. Além da disciplina envolvendo treinos e alimentação, o que mais a pessoa que busca esse tipo de modalidade competitiva precisa? Primeiramente mudar a mente, acreditar que é sempre uma evolução, e ainda estou evoluindo. A estética e beleza está 100% na sua rotina. Você trabalha com SPA, inclusive fez curso na Ásia, é formada pela L’Oréal e estuda em Biomedicina. Em sua opinião, promover esses cuidados ao corpo é alavancar a própria saúde? Coloco sempre a saúde em primeiro lugar. Nem tudo é só a estética, autoestima é muito mais que só estética, uma pessoa se sentir bem com sua imagem. Eu gosto muito de cuidar e ajudar mulheres, sempre podemos melhorar! Você não para de estudar. Está fazendo um curso de psicanálise, personal trainer e coach em nutrição. O bem-estar de uma pessoa pode ter uma ligação com o que ela come e alimenta a própria mente? Acredito que tem tudo a ver. Quem se alimenta bem e treina, está em dia com a saúde, endorfina, é mais feliz de modo geral. Via Flamengo você recebeu um título agora em 2024. Fale um pouco sobre ele! Fui escolhida pelo site da UOL para receber a faixa, me sinto muito feliz e honrada. Você atende numa clínica no conhecido e luxuoso shopping Village Mall. Quando resolveu empreender na área e quais os resultados que já obteve? Na verdade, tive essa oportunidade de estar dentro do Village Mall. Fizemos um coquetel dia 28 de maio, com convidados especiais. Quis apresentar o espaço e os serviços. Amo muito tudo isso! Comecei com uma clínica em 2016 no Recreio (RJ). Na época em que estava na Ásia, você por pouco não lançou uma moda praia na Tailândia. Hoje você tem a sua marca de roupa, boutique e óculos (moda praia e fitness). Isso mostra a sua perseverança nos sonhos. Qual é a sua dica para quem deseja empreender, mas, por alguns percalços, não o pode realizar agora? Infelizmente eu tive até voltar ao Brasil para fazer o exame de DNA do meu filho. Muita coisa eu acabei não conseguindo fazer na época. Mas eu nunca desisti, e continuo fazendo muita coisa. O céu é o limite. Michele é atleta, empreendedora, mãe, estudante... como conciliar tudo isso? Quanto mais ocupada eu estou, mais produtiva eu fico. Gosto de não ter tempo pra nada. Para terminar, sua paixão pela arte também pulsa bastante. Tanto que há um projeto de uma galeria com um amigo aqui no Brasil. Em sua opinião, como será lidar com as artes plásticas num país que geralmente não coloca a cultura no destaque devido? Uma tristeza um país com muitos artistas incríveis sem recursos e sem reconhecimento, muitos artistas esquecidos. Crédito das fotos: FOTO 01 - MICHELE UMEZU - Crédito Arquivo Pessoal FOTO 02 - MICHELE UMEZU - Crédito Marcelo Magalhães FOTO 03 - MICHELE UMEZU - Crédito Rony Calisto FOTO 04 - MICHELE UMEZU - Crédito Arquivo Pessoal Xandy Novaski
- Copacabana, a princesinha do mar – Parte III
Avenida Atlântica Durante a gestão de Francisco Pereira Passos , como prefeito do Rio de Janeiro entre 30 de dezembro de 1902 a 16 de novembro de 1906, foi realizada uma significativa reforma urbana na cidade. Para saneá-la e modernizá-la, ele realizou diversas demolições, conhecidas popularmente como a política do “bota-abaixo”, que contribuiu fortemente para o surgimento do Rio de Janeiro da Belle Époque. Foi em consonância com essa política que Avenida Atlântica foi concebida, pelo Decreto Municipal nº 561, de 04 de novembro de 1905. Poucos meses antes, Pereira Passos expôs seus planos ao presidente Rodrigues Alves durante uma visita à Exposição Geral de Belas-Artes de 1905, diante de um quadro de um trecho da praia Copacabana ao nascer do sol, de autoria de João Baptista da Costa, foi inaugurado o Restaurante Avenida Atlântica, do sr. Gomes da Silva, e a companhia Jardim Botânico inaugurou sua nova linha elétrica pelo Túnel do Leme, indo o ramal até o ponto terminal da praça do Vigia, onde foi construída a estação de bondes. A construção da Avenida Atlântica começou em 31 de janeiro de 1906 – as obras tiveram início no lugar denominado Murungu para a rua do Barroso – e, os trabalhos de aterro, em 5 de abril de 1906. Sua construção foi incluída na Carta Cadastral ( documento que reúne dados de localização, área, configuração geométrica e identificação de prédios cadastrados), como um dos grandes melhoramentos urbanos realizados na cidade. A construção da Avenida Atlântica foi capitaneada pelo engenheiro Augusto Américo de Souza Rangel, que trabalhava na comissão da Carta Cadastral tendo, inclusive, sido seu chefe durante um período. Seu calçadão foi feito com pedras pretas de basalto e pedras brancas de calcita, trazidas de Portugal, o que lhes rendeu o apelido de pedras portuguesas. O padrão de ondas é do século XIX e foi criado para a Praça do Rossio, em Lisboa – uma homenagem ao encontro das águas do rio Tejo com o Oceano Atlântico. As obras foram suspensas em 15 de dezembro de 1906, um mês após o início do mandato do novo prefeito da cidade, Francisco Marcelino de Souza Aguiar. A avenida tinha 485 metros de meios fios em ambos os lados e estava pronto o aterro em toda a extensão entre a praça Malvino Reis, atual praça Serzedelo Correia, e a rua padre Antônio Vieira. Em 1907, terrenos na avenida foram anunciados para venda. O prefeito Souza Aguiar era acusado pelo abandono lamentável da avenida Atlântica e perguntado sobre o porquê de não mandar continuar as obras da avenida Atlântica Durante a década de 1910, 0 aumento da quantidade de automóveis e a crescente popularização da prática do banho de mar tornou a avenida pequena. Além disso, as chuvas de março de 1911 causaram vários danos na Avenida Atlântica e providências eram cobradas ao prefeito Bento Ribeiro. Na gestão de Amaro Cavalcanti foram realizadas na Avenida Atlântica obras para proteção contra a fúria atlântica da esplêndida avenida beira-mar e também seu alargamento. Ainda em 1918, uma ressaca deixou a avenida esburacada e o então prefeito do Rio de Janeiro, o engenheiro Paulo de Frontin, a percorreu para inspecionar seu estado e a incluiu em seu projeto de melhoramentos da cidade. “Construiu a nova e soberba avenida Atlântica com 17 metros de largura total em substituição à antiga rua marginal” – em jornal O Copacabana. A nova Avenida Atlântica foi inaugurada em 22 de julho de 1919 com pista dupla e iluminação no canteiro central. O anúncio da reparação do calçamento da avenida foi feito, em 1920, durante a gestão de Carlos Sampaio . O rei Alberto da Bélgica, e sua mulher, a rainha Elizabeth , visitaram o Brasil entre setembro e outubro de 1920, e na ocasião foram várias vezes tomar banho de mar no posto 5 da Avenida Atlântica. O Rei era um exímio nadador e em sua homenagem foi batizado o viaduto Rei Alberto na novata Avenida Niemeyer. Em 1921, uma nova ressaca atingiu a avenida cuja resistência da muralha, “honra à engenharia do sr. Frontin, resistia valentemente a todos os embates”. Mas a violência da ressaca acabou destruindo a muralha. O prefeito Sampaio decidiu então realizar obras de consolidação dos cais e das muralhas da Guanabara em defesa da avenida Beira-Mar e da avenida Atlântica. Foram contratados para o projeto, cuja quantia prevista causou polêmica, os engenheiros Adhemar de Melo Franco, Edgar Raja Gabaglia e Azevedo Amaral. Em 1922, ano do centenário da independência no Brasil, os postos de salvamento, que eram de madeira, estavam em péssimas condições. Então o prefeito Carlos Sampaio os renovou e transferiu o posto de socorros para um novo prédio no Lido. O serviço de salvamento, agora subordinado à Assistência Municipal, passou a oferecer serviço médico à população do bairro e também o arrendamento de cabines para banhistas que quisessem trocar de roupa. Na próxima matéria seguiremos nossa viagem no tempo do desenvolvimento da bela princesinha do mar. Não percam! Fontes : @aclubtour Arquivo Nacional Brasiliana fotográfica Instituto Moreira Salles IPHAN André Conrado
- Orquestra Johann Sebastian Rio celebra 10 Anos com concerto especial no Teatro Adolpho Bloch
A Orquestra Johann Sebastian Rio inicia as comemorações dos seus 10 anos com um concerto especial que acontece no dia 7 de dezembro, sábado, no Teatro Adolpho Bloch . Abrindo o programa serão apresentadas obras de dois dos maiores expoentes do período barroco italiano, Arcangello Corelli e Giuseppe Torelli, representantes da tradicional forma musical denominada Concerto Grosso. Tanto o Concerto Grosso Opus 6, nº 8, de Corelli, quanto o Concerto Grosso Opus 8, nº 6, de Torelli foram escritos especificamente para o período do Natal. Obras de grande sensibilidade, abordam com maestria a atmosfera festiva natalina. O programa apresenta ainda As Quatro Estações Portenhas (1965-1970), do compositor argentino Astor Piazzolla (1921-1992) - originalmente criada para violino, guitarra elétrica, piano, baixo e bandoneón. A obra é dividida em quatro partes: Verão Portenho (1964), Outon Portenho (1969), Primavera Portenha e Inverno Portenho (1970). A peça não foi criada a princípio como uma suíte em quatro movimentos, mas é apontada frequentemente como um contraponto moderno à célebre obra de Vivaldi, As Quatro Estações. O termo ‘portenho’ refere-se à cidade de Buenos Aires, na qual Piazzolla se estabeleceu a maior parte da vida e absorveu suas principais referências musicais ligadas ao tango e ao clássico - que mesclou aos elementos de jazz trazidos do tempo em que viveu em Nova York. A orquestra: JOHANN SEBASTIAN RIO O nome da orquestra é uma homenagem ao compositor alemão Johann Sebastian Bach e à cidade do Rio de Janeiro. “Sebastian” também faz referência ao padroeiro São Sebastião e a palavra bach, em alemão, significa pequeno rio, riacho. A Johann Sebastian Rio é uma orquestra barroca, tendo junto aos naipes das Cordas a presença nobre do Cravo. Ao mesmo tempo é também uma orquestra única, que apresenta em sua formação o Violão e uma percussão genuinamente brasileira. Com sua versatilidade e identidade sonora característica, a orquestra transita com propriedade nos mais variados estilos da música popular e da música de concerto. A orquestra foi criada em novembro de 2014 pelo seu diretor artístico, o violinista e regente Felipe Prazeres; por Ivan Zandonade, diretor executivo, violista e principal arranjador do grupo; pela escritora e produtora Vanessa Rocha e pelo violista Eduardo Pereira. A renovação do público da música clássica e a diversificação das formas de apresentação da música de concerto são objetivos da Johann Sebastian Rio. Ao longo dos seus primeiros 10 anos, a orquestra produziu espetáculos que integram música e imagem com vários recursos, tais como, iluminação, design e interação com outras artes, como a dramaturgia. Merecem destaque ainda as séries de vídeos com conteúdos exclusivos nos canais da orquestra na internet. Apresenta-se com frequência nas principais salas de concerto cariocas, como Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Cidade das Artes, Teatro Riachuelo e Sala Cecília Meireles, entre outras, e participou dos mais importantes festivais do país, como o de Campos do Jordão e do Festival Internacional de Música do Pará, este como orquestra residente. Em 2024 a Johann Sebastian Rio teve sua estreia internacional no famoso Rheingau Festival, na Alemanha, o que trouxe grande visibilidade à orquestra e o convite para diversas apresentações já em 2025 em importantes palcos europeus. Atualmente o grupo é formado por 19 músicos, todos experientes e reconhecidos entre os principais conjuntos sinfônicos cariocas e brasileiros, integrantes da Petrobras Sinfônica, Orquestra do Theatro Municipal, Sinfônica da UFRJ, Sinfônica Brasileira e Sinfônica Nacional. Diretor Artístico: Felipe Prazeres Um dos mais conceituados músicos de sua geração, Felipe Prazeres é maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, além de atuar frequentemente como regente da Orquestra Petrobras Sinfônica, onde é violinista “spalla” desde o ano 2000. Na Petrobras Sinfônica foi maestro assistente de Isaac Karabtchevsky, entre 2014 e 2018. É um dos fundadores da Academia Juvenil, projeto socioeducativo que oferece formação gratuita para jovens entre 15 e 20 anos, oriundos de escolas de música e orquestras comunitárias. No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde atua como titular desde 2022, foi regente e diretor musical das óperas O Barbeiro de Sevilha, de Rossini, Carmen, de Bizet, e O Elixir do Amor, de Donizetti além de ter atuado como regente nas últimas três últimas Aberturas de Temporada. Em 2023 regeu a Sinfônica do Theatro Municipal e OSB juntas em um concerto dedicado a Berlioz e Wagner. Com a Johann Sebastian Rio dirige concertos com repertório de todas as épocas, mas com especial atenção à música barroca e à música brasileira. Merece destaque a gravação em 2023 do álbum Sambach, com o premiado violinista alemão Linus Roth, tendo sido apresentado em agosto de 2024 no renomado Rheingau Musik Festival, na Alemanha. Solista: Priscila Plata Rato (violino) Violinista, natural do Rio de Janeiro, é spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira, da Orquestra Sinfônica da UFRJ e mestre pela Universidade Federal da Bahia. Graduou-se pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011) e em seguida aperfeiçoou seus estudos na International Menuhin Music Academy (2011 a 2013), na Suíça, na classe de Maxim Vengerov e Liviu Prunaru (spalla da Orquestra Concertgebouw de Amsterdam). Neste período, foi integrante da Camerata Menuhin e participou também da Gstaad Festival Orchestra, realizando concertos em toda a Europa. Atuou como solista com as seguintes orquestras: Sinfônica Brasileira (OSB), Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), Sinfônica da Bahia (OSBA), Orquestra Sinfônica Nacional Sodre (Montevidéu/Uruguai), Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), Petrobras Sinfônica (OPES), Johann Sebastian Rio, Sinfônica de Campinas (OSC), Camerata Antiqua de Curitiba, Orquestra de Câmara do Amazonas (OCAM), entre outras. Foi spalla da Orquestra Sinfônica da Bahia por sete anos e atua ativamente como solista e camerista por todo Brasil. Já tocou ao lado de Antonio Meneses, Liviu Prunaru, Leonardo Hilsdorf, Cristian Budu, Érika Ribeiro, entre outros. Teatro Adolpho Bloch Localizada no histórico Edifício Manchete, na Glória, Rio de Janeiro, projetado por Oscar Niemeyer e com paisagismo de Burle Marx, o Teatro Adolpho Bloch é palco de momentos célebres da nossa cultura. Desde maio de 2019, o Instituto Evoé é responsável por devolver ao Rio de Janeiro esse espaço icônico, porém ainda mais moderno, transformado num complexo cultural. Graças à genialidade de Niemeyer, que criou um palco reversível, tornou-se possível, em um período desafiador, como a pandemia, promover espetáculos e eventos tanto na área externa, ao ar livre, quanto na interna. Ou nas duas ao mesmo tempo, em formato arena, proporcionando aos artistas, produtores, além dos cariocas e turistas, múltiplas formas de se criar e consumir arte e entretenimento. A construção é um ícone carioca – na arquitetura e na história que carrega.Único teatro na cidade do Rio de Janeiro que possui um palco reversível, permitindo que o público se acomode na área externa da casa de espetáculos, o Teatro Adolpho Bloch ganhou, em 2021, o formato arena, com capacidade para 359 lugares internos e 120 externos e um palco de 140m², equipado com a melhor estrutura. O espaço abriga ainda bistrô Bettina Café & Arte. Serviço : Nome: Orquestra Johann Sebastian Rio Data: Sábado, 07 de dezembro às 19h Vendas: https://ingressocom.showare.com.br/Default.aspx?display=cards&filter=none&eventid=200&websaleschannelkey=interadolpho&sw_sc=interadolpho&trk_eventId=200 Classificação: Livre Duração: 90 m Alex Varela










