top of page

Revista do Villa

Revista do Villa

Revista do Villa

Convidamos você a se juntar a nós nesta jornada, acompanhando as novidades e publicações

em forma de matérias, entrevistas e artigos realizados pela equipe de colunista.

Entrevista: Cláudio Wanderley (Casa da Guia Cascais)

NATUREZA, HISTÓRIA, ARTE, DESIGN, GASTRONOMIA, LOJAS, LAZER E SERVIÇOS.


A CASA DA GUIA é um local único, de referência e dos mais bonitos que poderá visitar em Cascais. Situada na antiga Quinta dos Condes de Alcáçovas preserva ainda o seu emblemático Palacete do séc. XIX, totalmente recuperado em 1999 pelo arquiteto/empresário Cláudio Wanderley.


À saída de Cascais, a caminho do Guincho, na falésia, a Casa da Guia estende-se até ao Farol da Guia e é contemplada pela imensidão do Oceano Atlântico. Tanto o nascer como o pôr do sol são neste espaço espetáculos inesquecíveis. De fácil acesso a pé ou de carro é ainda servida, de autocarro e de uma ciclovia para bicicleta e pedestres que liga a Marina ao Guincho passando pelo Museu Condes Castro Guimarães e pela famosa na Boca do Inferno. Nestes dois hectares à beira-mar pode desfrutar de vários restaurantes, cafés e Lojas. Pode ainda admirar a magnífica vista a partir das esplanadas, terraços e jardins ou do anfiteatro ao ar livre.

 

Um local com uma variedade de atrativos se pode passear, fazer compras, almoçar, jantar ou simplesmente relaxar lendo ou usufruindo da companhia dos seus amigos.No interior do Palacete encontra uma na inúmera variedade de lojas quase todas com vista para o mar ou jardim. Nosso espaço foi concebido para oferecer ao público, lojistas e parceiros um ambiente acolhedor, tranquilo e sofisticado, que valoriza o convívio, a beleza arquitetônica e o total respeito pela natural que o envolve. Venha passear ou fazer compras à Casa da Guia e deliciar-se num dos nossos restaurantes. Encantar-se com a paisagem e sinta o que faz desta Casa um local muito especial. 


Cláudio Wanderley – Arquiteto/ Empresário

1 - Conte por favor sua experiência pessoal e profissional, o que faz atualmente em Portugal e visão interna na sua qualidade de vida?


Com 80 anos, sou arquiteto brasileiro Claudio Wanderley levo uma vida cheia, e não tenho vontade de parar. Ao longo da carreira assinei projetos no Brasil, em França, Espanha, Marrocos ou no Senegal, e continuo a trabalhar em novas ideias.


Proprietário da Casa da Guia, onde reabilitei o palacete e a propriedade, tornando um sítio que estava fechado e à venda há vários anos, numa zona com má fama e prostituição, num espaço comercial aberto a todos, com restaurantes e lojas – e uma vista extraordinária sobre o mar.

 

2 - Qual condição turística atualmente em Lisboa e Cascais?

 

Sai do Brasil há mais de meio século, mas ainda carrego o sotaque carioca. Tenho experiência universitária no Brasil e quando mudei para a Europa, tive encontros com uma Lisboa "da Idade Média” e os trabalhos em projetos importantes como o da Herdade da Comporta ou a renovação dos Champs Elysées, em Paris.


Radicado no Estoril desde 1989, explico como cheguei à Casa da Guia — uma antiga propriedade fidalga, pertencente aos marqueses de Rio Maior primeiro e aos condes de Alcáçovas depois, mandada construir por um marido por causa da saúde débil da mulher, que ali poderia beneficiar dos ares do mar — e o que deseja para o futuro deste que se tornou num dos pontos obrigatórios a visitar no concelho de Cascais.

 

3 -O que busca neste segmento Turismo para agregar as demandas no seu estabelecimento comercial Casa da Guias (Cascais)?


Pensei em fazer um anti-shopping. Porque estávamos na época dos shoppings, não paravam de abrir. Então resolvi fazer um anti-shopping com o espaço exterior, com os restaurantes com esta vista, com este clima... Foi difícil no começo, mas depois pegou. Depois tornou-se difícil conseguir lojistas aqui para dentro do palacete. Chegámos a fazer uma exposição de peixes do Aquário Vasco da Gama aqui dentro, foi preciso inventar... E aos poucos foi atraindo pessoas cá para dentro. Levou algum tempo até estabilizar.

 

 

4 -Como encontra o número de brasileiros últimos 10 anos, que vivem atualmente em Portugal? E quais as áreas de consumo que mais procuram em Portugal?


Há uns 10 ou 15 anos. E agora muito pouca gente troca isto, porque é um espaço agradável e diferente. Como dizia o Luís XIV, "depois de mim, o dilúvio, que se lixe" [risos]. Mas seguramente vai continuar porque aqui não se pode fazer nada habitacional. Para ser rentável, tem que se manter dois hectares e meio de bosque, um jardim. Tudo isso tem um preço caro. Ou é uma casa particular de uma pessoa com muito dinheiro que cuida do jardim, ou é algo que tem uma rentabilidade... E inclusive assim é mais democrático, porque qualquer pessoa pode vir ver o mar e almoçar com esta vista.

 

5 -Como é vista a conexão de Portugal junto Brasil relação a mão de obra, moradia e estilo de vida?


Gostei de Portugal pelo desafio que era o desfasamento com o resto da Europa. Lembro-me de atravessar a linha do comboio e havia uma mulher com uma bandeirinha vermelha, nem sinais havia... Eu achava isso um charme. Tinha amigos que diziam: 'eu não fico aqui nem morto!' Mas eu achava simpático. E também venho de um país em desenvolvimento, o Brasil. Hoje, acho que só há uma passagem com bandeirinha, infelizmente. E assim foi, comecei a ter projetos interessantes. Um deles foi a Comporta, que hoje está na moda.

 

6 -Neste período que está morando em Portugal, qual sua visão referente parte política e socioeconômica? Qual benefício traz para Casa da Guias – Cascais?


A ideia foi logo transformar a Casa da Guia num espaço comercial, aberto ao públicoSim, porque eu não iria morar aqui sozinho com dois gatos [risos]. Era muito grande. Para ter viabilidade comercial, a inspiração foi a Casacor, e deu certo. No início não: era uma tragédia. Quem é que vinha alugar um espaço comercial aqui no meio do mato, meio abandonado? Mas, aos poucos, lá conseguimos.



 

João Paulo Penido


17 visualizações0 comentário

Comments


©2024 Revista do Villa    -    Direitos Reservados

Política de Privacidade

bottom of page