Marrakech: o que torna a cidade marroquina tão vibrante?
- Revista do Villa

- 1 de nov.
- 3 min de leitura
Que Marrakech é a it girl do momento, disso eu posso provar! Eu mesma passei quase cinco dias no Marrocos e, ao escrever este texto, ainda consigo ver as ruas movimentadas da Medina: cheias de gente, motos ziguezagueando de um lado para o outro e aquele caos delicioso que só quem foi entende.

A paisagem também tira o fôlego — é impressionante como tanta vida, transporte e cor cabem em um espaço tão pequeno... mas cabem!
O clima ensolarado e escaldante já dá as boas-vindas assim que você desembarca no aeroporto de Menara.
Uma super dica: reserve o translado com antecedência. É a forma mais rápida (e prática) de chegar ao seu riad ou hotel — e esse serviço foi essencial para eu começar com o pé direito e ter uma ótima primeira impressão desse destino incrível.
Falando em destino badalado, só nos nove primeiros meses deste ano o Marrocos recebeu quase 15 milhões de turistas, segundo o Ministério do Turismo local. Um número que mostra bem o potencial e a força do país em gerar economia e atrair visitantes do mundo todo.
A cidade, com seu tom avermelhado e hipnotizante, encanta pela diversidade e pela mistura perfeita entre tradição, cuidado e modernidade.
Nesta viagem, fui acompanhada da minha best, Lô Rodrigues — minha personal chef, uma pâtissière talentosa que atualmente vive no Porto (e podem anotar: vocês ainda vão ouvir muito falar dela!).
Durante nossa jornada, percorremos a praça Jemaa el-Fna e as ruelas próximas ao nosso riad. Ficamos encantadas já na chegada ao hotel, recebidas por Daniel, que nos ofereceu um chá de menta dos deuses. Confesso que, naquele calor, pensei: “Chá quente agora?” — mas logo entendi que ele tinha toda a razão. É uma tradição deliciosa que simboliza hospitalidade e boas-vindas.
Encantar-se pela beleza arquitetônica da Medina é inevitável: seus tons de terracota, portas imponentes e riads que parecem pequenos palácios internos. Se fosse um concurso de arquitetura e design de interiores, a disputa seria acirradíssima!
Negociar na Medina é o ponto alto da aventura. Tivemos o prazer de conhecer Jamal, dono de uma loja encantadora. E, entre risadas, ganhei até apelido dos comerciantes locais: Shakira! Juro que parecia combinado entre eles (risos).
Agora, algumas coisas que vocês precisam anotar — porque só de lembrar já me dá água na boca.
A gastronomia marroquina é uma viagem à parte: cheia de aromas, cores e sabores que ficam na memória. O destaque vai para a pastilla, uma torta de massa folhada (tradicionalmente, massa warka ou filó) recheada com frango desfiado, ovos mexidos, amêndoas trituradas e uma mistura incrível de especiarias. É doce e salgada ao mesmo tempo — simplesmente irresistível!
Pra mim, vale mais a minha bússola interna do que um roteiro todo planilhado — mas isso é de cada um. Então, vai aqui algumas coisas que, em Marrakech, você não pode deixar de visitar:
● Souk Smarine: onde se encontra de tudo — caftãs, tecidos, especiarias, antiguidades e tapetes de qualidade.
● Medersa Ben Youssef: antiga escola religiosa com arquitetura mourisca deslumbrante, rica em mosaicos e entalhes em cedro.
● Jardim Majorelle: criado pelo pintor francês Jacques Majorelle e comprado por Yves Saint Laurent. Os muros de azul intenso contrastam com cactos, bambus e palmeiras — o café do local é um charme à parte.
● Le Jardin Secret: um verdadeiro oásis dentro da Medina. Seu tom de verde e charme bucólico são a pedida certa para um passeio tranquilo e inspirador.
● Dardar Rooftop: para ver o pôr do sol com boa música, boa comida e uma vista de tirar o fôlego.
E tem mais: o Deserto de Agafay e o Saara são experiências que valem muito a pena — mas pesquise bem antes de contratar o passeio, porque a escolha da empresa pode fazer toda a diferença.
Durante a viagem, conheci meu amigo Furkan Salin, da Turquia, que me disse algo que ficou comigo:
“Marrakech me faz sentir em casa. A diferença é que aqui a gentileza é uma forma de linguagem.”
E ele tem toda razão. A gentileza marroquina é genuína — ela acontece nos sorrisos, nos olhares, nos chás oferecidos sem pressa. Está nos detalhes e nos gestos.
Mas o melhor de Marrakech é isso: cada um descobre a sua versão da cidade.
A minha foi feita de ruelas, risadas, cumplicidade com a minha best, boa comida e um chá de menta inesquecível. E a sua, quem sabe, está escondida entre o pôr do sol no Dardar Rooftop, o azul intenso do Jardim Majorelle ou o som envolvente das ruas da Medina.
Créditos: fotografias acervo pessoal de viagem Até a próxima edição!
Ana Paula de Deus































Que matéria maravilhosa, tão rica em detalhes. Você é muito talentosa. meu amor,Parabéns!
Consegui me transportar para Marrocos só de ler essa matéria sensacional...Que incrível!!🧡
Que máximo!!!!
Viajei lendo seu texto, já quero ir prá Marrakesh, se antes queria muito conhecer esse lugar encantador, depois de ler seu texto iquei com mais vontade! Como sempre vc arrasou na sua narrativa sobre a cidade, amei!!!
E absurdamente a melhor ja quero!!!