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Ipeafro debate 70 anos do Cristo Negro com Henrique Vieira e Marcelo Campos

Ipeafro realiza evento online para debater o antológico "Concurso Cristo Negro" com participação de Henrique Vieira e Marcelo Campos no dia 3 de julho, às 19h30


 O encontro integra a Coluna Ipeafro, do canal Pensar Africanamente no YouTube, e vai promover o debate sobre os 70 anos  do concurso e sua relevância na atualidade

Imagem: Cristo Negro, de Cleoo Novarro, apresentado no concurso de 1955. Coleção Museu de Arte Negra | Ipeafro
Imagem: Cristo Negro, de Cleoo Novarro, apresentado no concurso de 1955. Coleção Museu de Arte Negra | Ipeafro

Há 70 anos, o Teatro Experimental do Negro (TEN) realizou sua primeira grande iniciativa nas artes plásticas: o Concurso de Artes sobre o tema do Cristo Negro. O TEN aproveitou o momento histórico do 36º Congresso Eucarístico Mundial que reuniu a cúpula da Igreja Católica de todo o mundo no Rio de Janeiro, então capital federal, em julho de 1955. A iniciativa causou polêmica à época devido ao cruzamento entre fé, arte e política. 


A fim de promover o debate e a reflexão entre passado e presente, o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro) realiza no dia 3 de junho, quinta-feira, às 19h30 uma roda de conversa na sua coluna mensal no canal Pensar Africanamente no YouTube (www.youtube.com/@pensarafricanamente). A realização é do Ipeafro em parceria com o canal Pensar Africanamente.


A noite conta com os convidados Henrique Vieira, pastor, deputado federal e autor do livro O Jesus negro: o grito antirracista da Bíblia (Planeta, 2023); e Marcelo Campos, diretor artístico do Museu de Arte do Rio (MAR) e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que desde 2004 realiza curadorias em diversas instituições no Brasil e no exterior. A mediação é da professora Silvany Euclênio. 


Julio Menezes Silva, pesquisador e jornalista do Ipeafro, participa da conversa  apresentando dados e documentos históricos do concurso e conectando as discussões do passado e do presente com a atuação de Abdias Nascimento, fundador do Ipeafro e do TEN, além de organizador do concurso . Na época, o sociólogo Guerreiro Ramos e Abdias, então diretor do TEN, aproveitaram a ocasião do 36º Congresso Eucarístico Mundial para instigar o debate público sobre a identidade de Cristo, especialmente o significado simbólico da representação hegemônica como homem louro de olhos azuis. 


"As autoridades eclesiásticas devem, quanto antes, tomar providências para impedir a realização desse atentado feito à Religião e às Artes" , escreveu Alice Linhares Uruguay para o Jornal do Brasil, no domingo, 26 de junho de 1955. Apesar desta e outras inúmeras pressões contrárias, o certame foi um sucesso. Patrocinado pela revista Forma, revista de relevância à época, contou com mais de uma centena de trabalhos inscritos, dos quais 52 deles de 48 artistas foram selecionados para a mostra final, realizada no salão do Ministério da Educação, entre 17 e 24 de julho daquele ano. Participaram artistas do Brasil, Itália, Áustria, Peru, Estados Unidos, Espanha, França, Vietnã e Holanda. A brasileira Djanira conquistou o primeiro lugar com a pintura Cristo na Coluna.

70 anos depois, o tema ainda é relevante e o debate levantará novos olhares para um mesmo assunto, inclusive aquele apresentado no livro do pastor Henrique.  


Como parte da ação, o Ipeafro realiza ainda um sorteio do catálogo Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra (2024), publicação que reúne registros das instalações dos quatro atos do projeto realizado em parceria com o Instituto Inhotim, entre 2021 e 2024. O catálogo contempla quase 90 obras de Abdias Nascimento, além de documentos e imagens sobre sua trajetória, incluindo também obras de outros artistas que dialogam com a proposta do Cristo Negro e do Museu de Arte Negra, que acolheu algumas das pinturas apresentadas no concurso de 1955. Para concorrer ao catálogo, entre no post do evento no perfil do Ipeafro (@ipeafro), no instagram e siga as orientações. 


Serviço

Data: Quinta-feira, 3 de julho de 2025

Horário: 19h30

Onde: Coluna Ipeafro no canal Pensar Africanamente (YouTube)

Retransmissão simultânea: Canal do Ipeafro no YouTube

 

Sobre o Ipeafro

Fundado por Abdias Nascimento e Elisa Larkin Nascimento em 1981, o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro) é uma associação sem fins lucrativos com sede no Rio de Janeiro. Sua missão é preservar, gerir, articular e difundir o acervo de Abdias Nascimento para a permanência de memória e resistência. O acervo contém uma coleção museológica da própria produção artística de Nascimento e de obras doadas para da coleção do projeto Museu de Arte Negra, que nasceu da atuação do Teatro Experimental do Negro, fundado e dirigido por Nascimento a partir de 1944. O acervo documental do Ipeafro reúne a iconografia e os documentos de texto (recortes de jornais e revistas, programas teatrais, manuscritos, correspondências, registros de sua atuação parlamentar, e assim por diante) de Abdias Nascimento e das organizações que ele criou.


Sobre Abdias Nascimento

Abdias Nascimento (1914-2011), poeta, dramaturgo, artista plástico e ativista panafricano, foi deputado federal, senador da República e Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York (EUA). Como parlamentar, ele foi autor das primeiras propostas ao Estado brasileiro de políticas públicas de combate ao racismo (1983). É autor do conceito político-cultural do Quilombismo. Fundou o Teatro Experimental do Negro em 1944. Organizou em 1950 o 1o Congresso do Negro Brasileiro, que propôs a criação de um Museu de Arte Negra. Curador do projeto de 1950 até 1968, quando realizou sua exposição inaugural, ele continuou o trabalho no exílio (1968-1981), onde desenvolveu sua própria pintura e exibiu em museus, galerias e universidades dos Estados Unidos. Na volta ao Brasil, fundou o Ipeafro, que hoje tem a missão de preservar, gerir, articular e difundir em múltiplas linguagens o acervo e o legado dele e das organizações que ele criou.  

 

Rafaela Barbosa - 21 99061 5257 - rafaela@target.inf.br

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Alex Varela

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