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Revista do Villa

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Imaginação e Criatividade: O encontro entre Gláucio e Aderbal

Estreou Show do Gláucio Apresenta o Teatro Aberto de Aderbal no teatro Gláucio Gill.

 




O texto de Gillray Coutinho narra um fictício encontro entre Aderbal Freire-Filho e Gláucio Gill. É uma ficção porque os dois personagens viveram em tempos distintos, e nunca se encontraram e conviveram. Mas, na mágica do texto teatral, há lugar para a imaginação e a criatividade. E o texto homenageia a ambos, cuja trajetória é marcada por uma intensa inquietação artística.

 

O texto inicia com um vídeo narrando a história do teatro Gláucio Gill, que inicialmente se chamava  teatro da praça. 

 

A seguir, entra em cena o apresentador Gláucio Gill. A peça se passa no ambiente do programa "Show da Noite", da TV Globo, uma espécie de talk show. Gláucio, num programa post-mortem inusitado e divertido, recebe como convidado o diretor Aderbal Freire-Filho para uma entrevista.  

 

A escolha de Aderbal não é por acaso. Ele foi uma pessoa atuante no teatro Gláucio Gill. 

 

Gláucio iniciou apresentando uma carta de Aderbal Freire Filho para o seu pai no início da década de setenta.

 

E, a seguir lhe concedeu o premio de dedicação especial ao teatro. Ele foi concedido por três personagens de peças teatrais dirigidas por Aderbal: Lampião de Saia; a prima da Angélica; e o China..

 

Os três personagens causaram uma mudança na dramaturgia. Eles passaram a intervir na entrevista. Discordavam das perguntas feitas por Gláucio. Eles queriam perguntas sobre criação teatral.

 

De repente, Gláucio se sentiu mal. E os três personagens assumiram a entrevista. China passou a ser o condutor da entrevista. Até que, em um determinado momento, Gláucio retornou.

 

Glacio começou a perguntar sobre o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, fundado em 1989, e sediado no próprio Teatro Gláucio Gill. Pergunta sobre a forma como se mantinham; Por que juntar um grupo, dando um caráter coletivo; sobre a expulsão do grupo do teatro, entre outras questões. 

 

A seguir, pergunta a Aderbal como ele se define como diretor, e o

que faz o teatro permanecer. Aderbal responde que, para ele, o teatro é um provocador de imaginação.

 

Ao final, Aderbal corta a fita de reinauguração do teatro. E, profere um discurso.

 

O texto é didático, simples, de fácil compreensão, divertido,  homenageia dois indivíduos que tiveram atuações importantes na história do teatro brasileiro. Não se conheceram, nem se cruzaram, mas seus destinos foram cruzados pela eternidade em função de um espaço, em que um deu o nome, e outro atuou e ocupou.

 

Cláudio Mendes faz o inquieto apresentador Gláucio Gill, que auxiliado por Martinha (Carmen Frenzel), realiza um animado programa de auditório com seus entrevistados. No caso da peça o diretor Aderbal Freire-Filho. Este último é interpretado por 

Marcello Escorel, que apresenta de forma clara e correta a forma como o seu personagem via a direção teatral e compreendia o teatro.

 

Os três personagens que integravam as peças de Aderbal foram interpretados por Ana Barroso (prima da Angélica), Thiago Justino (China), e Xando Graça (cangaceiro de saia). Eles estão divertidos e cómicos, dando um ar jocoso ao espetáculo.

 

A direção é de Leonardo Netto que realizou as marcações certeiras e corretas, e deu uma direção a correta interpretação dos atores em seus respectivos personagens.

 

Os figurinos criados por Luiza Fardin são adequados aos personagens, e de bom gosto. 

 

A cenografia criada por Mina Quental é clean, apresenta os elementos cênicos com uma correta disposição, e imperando os tons azul no cortinado, verde e vermelho nas poltronas, e vermelho no tapete de chão.

 

A iluminação criada por Aurélio de Simoni apresenta bonitos desenhos de luz, e realça a interpretação dos atores e seus respectivos personagens.

 

Show do Gláucio apresenta o teatro aberto de Aderbal é uma peça teatral que realiza um encontro ficcional entre o apresentador Gláucio Gill, e o diretor Aderbal Freire-Filho; apresenta um elenco sintonizado, ajustado e divertido; e uma cenografia clean e bem realizada.


Ótima produção cênica!


 

Alex Varela


 

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