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Revista do Villa

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Entrevista: Steve Solot, o homem do audiovisual

Meu convidado é Steve Solot, presidente da Latin American Training Center. Um grande intermediador de lançamentos de filmes no Brasil, que faz grande pré-estreia de cinema no Rio de Janeiro.

Steve Solot em foto exclusiva para coluna
Steve Solot em foto exclusiva para coluna

1- Olá, Steve! Você é originário de Tucson, Arizona, mas escolheu a cidade do Rio de Janeiro para viver e trabalhar. Por que você fez essa escolha?


Não escolhi morar no Rio por acaso. Me casei com uma brasileira nos EUA e nos mudamos para o Rio depois que ambos terminamos nossos mestrados em Boston. No entanto, minha esposa atual é a atriz americana Kate Lyra, que também é do Arizona, e nos conhecemos no Rio, o que é incrível!  Pode ser meu destino?


2- O que mais lhe agrada na cidade?


Como sou do deserto do Arizona, morar no Rio com praias lindas o ano todo é um luxo para mim. Na verdade, sou membro de um grupo de natação no posto 5 de Copacabana e nado lá quase todos os dias!


3- Quando você começou a se interessar pelo audiovisual?


Embora minha formação acadêmica seja em economia, depois de me mudar para o Rio, fui convidado por Harry Stone, o famoso representante de Hollywood no Brasil, para ser seu número 2, e eventualmente substituí-lo, o que fiz, e trabalhei como chefe da Motion Picture Association-MPA na América Latina por 20 anos. Depois trabalhei na RioFilme na Prefeitura do Rio, e em diversas entidades internacionais ligadas à indústria audiovisual como Netflix, Olsberg SPI de Londres, e a Independent Film & Television Alliance (IFTA) de Los Angeles, entre outras.


4- Como você avalia a indústria do audiovisual no Brasil?


O setor audiovisual brasileiro agora recupera seu espaço no cenário nacional e internacional, após o período difícil da Covid e do governo Bolsonaro. Graças a vários filmes e séries excelentes como “Ainda Estou Aqui,” “Senna” e novos filmes comerciais como “Auto da Compadecida 2”, a indústria está crescendo.  E essa retomada tem sido possível graças a políticas públicas afirmativas e ao financiamento da produção de conteúdo audiovisual pela Ancine e pelo Ministério da Cultura.


O empresário Steve Solot com sua esposa a linda atriz Kate Lyra
O empresário Steve Solot com sua esposa a linda atriz Kate Lyra

5- Você foi professor da Escola Internacional de Cinema e Televisão em San Antônio de Los Baños, Cuba. Comente sobre essa experiencia de ter vivido e trabalhado em Cuba.


Minha experiência dando aula sobre "políticas de produção" em Cuba foi incrível. Foi um dos muitos cursos, workshops, conferências e seminários que organizei por toda a América Latina depois que deixei a MPA, já que meus anos de experiência na indústria me permitiram ajudar cineastas no México, Argentina, Peru, Uruguai etc., assim como no Brasil.


6- O Brasil tem uma legislação audiovisual?


Claro, o Brasil tem um conjunto complexo de políticas públicas e legislação, e alguns projetos de lei importantes estão pendentes no congresso agora. Recentemente, publiquei artigos e me reuni com autoridades governamentais sobre a importância de criar incentivos nacionais para atrair produções internacionais. O Brasil precisa ter uma política dessas para poder competir com outros países, como a Colômbia, que se beneficiou de muitas produções internacionais por causa de seus incentivos nacionais. Por exemplo, a Netflix afirmou que as filmagens da série ‘Cem Anos de Solidão’ na Colômbia geraram um impulso de US$ 52 milhões para a economia do país.


7- Você poderia comentar sobre a sua produção “Fazendo meu Primeiro Filme”?


Em 2023 comecei a desenvolver o curso “Fazendo Meu Primeiro Filme” como um projeto ESG voltado para a inclusão social, destinado a comunidades e municípios do Rio de Janeiro, utilizando o audiovisual como ferramenta de transformação. Cada turma oferece entre 15 e 20 vagas para jovens de 15 a 24 anos, que aprendem técnicas cinematográficas e produzem curtas-metragens usando seus celulares.


O projeto é uma iniciativa do Conselho de Cultura da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) da qual sou membro, e estou iniciando a terceira turma esta semana em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Todas as turmas contam com parcerias estratégicas do setor público, mas o projeto é financiado inteiramente pelo setor privado.


Turmas anteriores do curso já incluíram jovens de diversas comunidades do município do Rio de Janeiro e do interior do estado, como: Babilônia, Vila Isabel, Cidade Nova, Ilha Grande, Guaratiba, Santa Cruz, Santo Amaro, Bangu, Júlio Otoni, Cesar Maia, Tavares Bastos, Pereira da Silva, Fallet, Morro Azul, Ilha do Governador, Cidade de Deus e Campo Grande.


8- Quais são os seus projetos futuros?


Tanto Kate Lyra quanto eu estamos focados agora na expansão do nosso projeto de inclusão social, “Fazendo Meu Primeiro Filme”, para outras cidades do estado do Rio, mas também estamos programando workshops de treinamento da indústria audiovisual em outros países. O próximo será em Buenos Aires, em parceria com a Câmara Nacional de Produtores de Cinema (CAIC) e a Universidade de Cinema, na primeira semana de março.



Em pré-streia de filme, apresentando o lançamento ao público 
Em pré-streia de filme, apresentando o lançamento ao público 

Fotos: Arquivo Pessoal/Divulgação 

 

Chico Vartulli




145 visualizações1 comentário

1 commentaire


Fernando Bicudo
02 févr.

Steve é o CARA!!!

Excelente entrevista.

Parabéns!

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