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Revista do Villa

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Entrevista: Patrícia Glatzl (Pianista)

Minha  entrevistada é a pianista Patrícia Glatzl .

Um estilo sofisticado da pianista Patrícia Glatzl. Foto:Divulgação 
Um estilo sofisticado da pianista Patrícia Glatzl. Foto:Divulgação 

1- Olá Patrícia! Você poderia comentar sobre o recital em homenagem póstuma ao pianista Miguel Proença (1939–2025) que você irá realizar?


Sinto-me muito honrada em participar desta homenagem a Miguel Proença, grande pianista que tive o privilégio de conhecer. O contato com ele foi marcante e inspirador para mim, quando pude ouvir a forma poética com que falava sobre música e sobre como devemos buscar a sonoridade do instrumento, projetando o som e fazendo o piano cantar.


Era uma pessoa muito generosa: reconheceu um potencial em mim e sempre dizia palavras de incentivo. Dizia que via em mim um talento diferenciado, e eu me sentia muito lisonjeada por ouvir essas palavras de um grande mestre.


Fui também professora de seus netos — foi um momento muito alegre para mim o contato com sua família.


No programa do concerto, interpretarei algumas obras que ele amava e sempre tocava, como a Melodia e a Dança dos Espíritos Abençoados, de Gluck, obras brasileiras de Villa-Lobos, peças de Chopin e também canções de Chico Buarque, com a participação de sua filha, a atriz e cantora Laura Proença, que terei a honra de acompanhar ao piano.



2- Qual foi a importância do pianista Miguel Proença?


Miguel foi um grande pianista e professor. Divulgador incansável da música brasileira, gravou muitas obras de Villa-Lobos e obras integrais de Alberto Nepomuceno, Lorenzo Fernandez, entre outros.


Obras pouco conhecidas e compositores raramente tocados tornaram-se mais difundidos graças a ele. Foi um intérprete de extrema relevância no cenário da música brasileira.


No âmbito internacional, apresentou-se em importantes salas de concerto, como o Carnegie Hall, por exemplo. Possuía uma personalidade marcante ao interpretar, com um fraseado diferenciado. Além disso, tinha muito carisma no trato com as pessoas.


Foi um grande incentivador de músicos: tinha um verdadeiro “faro” para reconhecer talentos e procurava sempre ajudar.



3- Quando se deu o seu interesse pela música?

 Meu interesse pela música surgiu ainda na infância. Comecei a fazer aulas de piano aos sete anos, por iniciativa do meu pai. Sempre gostei muito e já sabia que queria dedicar minha vida a música.



4- Como se deu a sua formação no campo da música?


Formei-me em música pela Unirio e fiz mestrado em Práticas Interpretativas pela UFRJ.


Estudei com importantes professores de piano desde a minha infância, que me prepararam também para concursos nacionais, nos quais recebi alguns prêmios nacionais e oportunidades de solar com orquestras.


Maestro Roberto Tibiriçá, Myrian Dauelsber e Patrícia Glatzl. Concerto com OSMG. Foto divulgação.
Maestro Roberto Tibiriçá, Myrian Dauelsber e Patrícia Glatzl. Concerto com OSMG. Foto divulgação.

5- Quais são as suas principais referências (teóricas e práticas) no campo?


 Estudei com grandes professores, tendo a influência de Benito Taranto, Lícia Lucas, Cláudio Dauelsberg e Myrian Dauelsberg. Além disso, sempre procurei ouvir gravações e assistir a concertos de grandes pianistas, que certamente me trazem inspiração e conhecimento.


São muitos pianistas para citar, mas, entre os grandes pianistas brasileiros que me marcaram desde criança, posso mencionar Guiomar Novaes e Nelson Freire.


Outros que poderia citar que me inspiraram muito, especialmente para estudar determinadas obras foram Richter, Rubinstein, Maria João Pires, Martha Argerich, Ashkenazy, Zimerman, entre tantos outros.



6- Quais são os seus compositores preferidos? Justifique.


É difícil citar um compositor preferido, mas acredito que, em determinados momentos, alguns compositores ou obras me inspiram mais.


Para citar alguns nomes, sempre me vêm à mente Beethoven, por sua profundidade e transcendência, e Chopin, por tanto lirismo e poesia.



7- Qual foi a importância de Myrian Dauelsberg para a sua trajetória?


Myrian Dauelsberg é minha grande mestra. Fiz mais de dez anos de aulas com ela e, até hoje, ainda toco para ela; continua me dando conselhos preciosos e ajudando-me em minha carreira.


Resposta - Tenho imenso orgulho de ter tido sua influência e muita gratidão por todos os seus ensinamentos. Ela abriu as portas de sua casa para mim — foi mais do que uma professora: uma mentora e conselheira.


Algumas das oportunidades que tive de tocar com orquestra — o que, para mim, foi a realização de um sonho — foram proporcionadas por ela. Sou muito grata pela confiança que depositou em mim e por sua dedicação.


Ela também proporciona algo diferenciado: o contato com grandes pianistas consagrados mundialmente, o que é extremamente enriquecedor.


Tenho orgulho do que ela representa no nosso cenário musical e artístico, por tudo o que realizou, trazendo grandes nomes da música para se apresentar no Brasil. É uma grande referência por promover a cultura em nosso país.


Além disso, sempre foi uma descobridora e incentivadora de talentos no Brasil, dedicando toda a sua vida a isso. É uma mulher guerreira e inspiradora, por seus grandes feitos e realizações.



8- Quais são os seus planos futuros?


Quanto a meus planos para o futuro, pretendo seguir o que sinto como um dos meus propósitos de vida: continuar me dedicando a música, estudando, dando concertos e ensinando, transmitindo meus conhecimentos aos meus alunos.


A série Música no Museu segue valorizando a música clássica e a produção brasileira em diálogo com grandes nomes internacionais, realizando concertos gratuitos em espaços culturais emblemáticos do Rio de Janeiro.


Patricia Glatz e Laura Proença.
Patricia Glatz e Laura Proença.

Fotos: Angelice Pereira Lira



Serviço:

Música no Museu - Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro

Concertos – “Os Imortais da Música Brasileira e os Gênios Internacionais” - outubro de 2025 -  www.musicanomuseu.com.br


Dia 22 de outubro (quarta-feira)

Horário: 12h30

Local: CCBB

Rua Primeiro de Março Nº 66- 4º andar/Sala 26 – Centro - RJ

Capacidade: 90 lugares.

Músico: Patricia Glatzl, piano.

Programa: Homenagem póstuma o pianista Miguel Proença



ASSESSORIA DE IMPRENSA:

Renata Monteiro

(21) 988807192



Idealizador e Diretor dos Projetos Música no Museu e XX RioHarpFestival

Sergio da Costa e Silva

(21) 999889332




Fotos de divulgação:



Chico Vartulli

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2 comentários


Convidado:
19 de out.

Exatamente!

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Maria
19 de out.

Parabéns pelo belíssimo trabalho Chico Vartuli, artista super talentosa, a arte da música é um dom super especial .

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