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Revista do Villa

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Entrevista com o ator Will Aleksander

Will Aleksander é um talentoso ator, nascido em Araraquara, SP. Graduou-se em Artes Dramáticas pelo SENAC, sendo reconhecido por suas performances no teatro, cinema e webséries.


Como ator, já atuou em mais de 30 trabalhos entre espetáculos, comercial, webséries, curtas-metragens e longa-metragem. Também já trabalhou como cineasta e roteirista, realizando mais de 20 produções, entre série, webséries, curta-metragem e filmes, além de contos de terror e séries baseadas em livros. Domina a língua inglesa e espanhol e faz trabalhos como dublador, editor de vídeos, efeitos especiais, é professor inglês e interpretação e também canta, integrando uma banda que faz tributo ao RBD.


Will Aleksander é um artista versátil e que se entrega inteiramente à sua profissão.

 

1 – Como despertou o seu interesse pela arte de atuar?


Desde pequeno, quando meu pai me colocava para assistir filmes de terror como Brinquedo Assassino, Sexta-feira 13, e Freddy Krueger, eu já sentia vontade de estar dentro desses filmes. Eu tinha uns 6 ou 7 anos. Depois, veio Chiquititas em 1998, e eu também queria muito atuar nesta novela, mas era muito tímido. E meus pais sempre me apoiaram.


2 - Quais foram os seus primeiros passos em sua carreira?


Em 2011, entrei no curso técnico de ator porque vi que tinha um módulo de cinema, e eu queria ficar por trás das câmeras, já que era extremamente tímido. Quando tinha alguma peça ou intervenção, eu pedia ao professor para ficar registrando, filmando a galera.

Eu não gostava de ficar na frente das câmeras. Até que em 2014, li o livro do Larry Moss, “Como Parar de Atuar”, e a técnica dele me libertou, porque eu me sentia um bobo atuando. Depois dessa leitura, comecei a experimentar, a realmente gostar e ter prazer ao interpretar vidas e vivenciar histórias, e percebi que era isso que eu queria.


3 – Você já fez participação em diversas novelas, como Além do Tempo, Nos Tempos do Imperador, Orgulho e Paixão, A Regra do Jogo, a série Ilha de Ferro, na Globo e Os Dez Mandamentos, na Record, entre outros. Conte-nos como foram essas experiências.


A novela que eu mais gostei de gravar foi “Os Dez Mandamentos” porque gravei bastante e fiz muitas amizades. Eu amava a cidade cenográfica, achava incrível, linda, e tudo era novo para mim. Também gostei muito de gravar “Além do Tempo”, porque tive uma participação em primeiro plano; o diretor me colocou em destaque. Em “A Regra do Jogo”, aconteceu algo parecido. Foi uma experiência incrível estar em sets de gravação de superproduções. Eu me sentia totalmente realizado.

 

4 – Você realizou a Websérie Noturno, que aborda o tema dos vampiros e, inclusive já está na segunda temporada, Noturno 2: Segredos e Sombras. De onde surgiu a ideia dessa Websérie? E como foi a criação do personagem Athus?


Desde pequeno, sempre gostei de vampiros. Meu pai me apresentou a um filme chamado A Hora do Espanto 2, dos anos 80, e eu achei simplesmente incrível. A personagem Regine Dandridge me fascinou. Sempre sonhei em ser vampiro. Assisti a novela Vamp quando era pequeno, depois O Beijo do Vampiro, e também Entrevista com o Vampiro, entre outros filmes.

Com todas essas referências, criei um vampiro para mim chamado Athus, inspirado nesses seres dos anos 80 e 90. Sempre quis fazer um filme de vampiros, e a arte me proporcionou realizar esse desejo. Em 2022, criei a série “Noturno”, realizando meu sonho de ser um vampiro e de ter um filme sobre esse universo. A segunda temporada foi um sucesso ainda maior do que a primeira.





5 - Você é o que podemos chamar de artista multifacetado, pois além de ator, também é cantor, cineasta e diretor. Na sua opinião, quais são os maiores desafios no momento de dirigir uma obra audiovisual?


O maior desafio é conseguir que todos os atores estejam presentes no set. Já tentei fazer outros projetos antes de Noturno, que não deram certo porque uma pessoa não podia em um dia, outra não podia em outro, e assim por diante. Acabou que nunca deu certo. Mas, por uma mágica, com Noturno tudo funcionou. Com base nas minhas experiências, acredito que o maior desafio é realmente conseguir reunir todo o elenco.


6 – Você também esteve atuando em peças de teatro. Como é estar no palco se apresentando para várias pessoas? Costuma ficar nervoso?

 

Eu fico extremamente nervoso, tenho vontade de desistir, fico com medo, vontade de chorar, de correr. Eu faço teatro não só porque amo, mas também porque era muito tímido, e o teatro me ajuda a perder a timidez. Mudei muito de 2011 para cá. Claro que ainda sou tímido, mas quem me vê hoje, como minha amiga que estudou e se formou comigo, diz que sou uma pessoa totalmente diferente. Mudei muito de lá pra cá.

Eu faço teatro porque amo atuar e gosto de me apresentar para as pessoas. É um grande desafio para mim, e ali estou treinando o meu “eu ator”. Estar no palco é sensacional, mas ao mesmo tempo dá medo. Mas depois que termina, é gratificante e dá vontade de fazer mais.


7 – Sem dúvida, a profissão de ator permite explorar novas formas de ver e sentir o mundo e dar vida a inúmeros personagens. Qual é a sensação de estar trabalhando em algo que você ama? Se sente realizado?


Com toda certeza do mundo. Eu não me vejo fazendo outra coisa, e amo muito o que faço. Já fiz vários trabalhos de graça, sem cachê, porque realmente amo o que faço. Mas, claro, a gente precisa do dinheiro para pagar as contas, então com cachê é ainda melhor. Fazer o que ama e ser pago por isso é a melhor coisa que existe. A sensação de estar trabalhando com algo que você ama é incrível. Como um professor me disse uma vez: em um trabalho convencional, a gente não vê a hora de chegar sexta-feira para curtir o sábado e o domingo. Mas, nesse trabalho, não importa se é feriado, sábado ou domingo. Já fui chamado para atuar, seja no teatro ou gravação, em pleno domingo, e fui com o maior prazer. Inclusive no feriado também. Então, é aquela sensação de chegar em casa e se sentir realizado, com uma satisfação diferente de trabalhos convencionais, onde a gente só pensa em chegar em casa e dizer “ufa, ainda bem que acabou”. Eu realmente amo muito o que faço.


8 – Que conselho daria para quem sonha em seguir a área artística?


Meu conselho é: se você realmente ama atuar, faça vários cursos. Não fique pensando na DRT ou se já vão te chamar para a tal emissora. Faça vários trabalhos, mesmo que sem cachê. Crie seu portfólio e experiência. Se você ama atuar, vai encontrar formas de interpretar em seus próprios projetos de curta-metragem, no TikTok, no YouTube, no Instagram, fazendo novelinhas... E se não tem quem edite, aprenda, porque hoje em dia no YouTube tem vários tutoriais ensinando. Eu comecei assim, aprendendo a editar, por que quem iria fazer isso para mim? Se eu não aprendesse a editar e a escrever histórias, ninguém faria isso por mim, e eu ficaria esperando até hoje. Então, se você realmente ama isso, corre atrás. Faça!




Uma frase que eu levo comigo é: “feito é melhor que perfeito.”


Essa frase eu ouvi de um professor, e não fico esperando a perfeição chegar. Eu vou lá e faço, e com isso vou aprimorando e melhorando, como aconteceu com Noturno.



Douglas Delmar - colunista da Revista do Villa


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