Entrevista: Ana Paula de Deus
- Delcio Marinho

- há 6 horas
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Profissão: Assessora de Imprensa e Comunicadora
Experiência: 15 anos no setor público e atuação em projetos de grande impacto social, cultural e institucional.
Como você iniciou sua trajetória na assessoria de imprensa e o que te atraiu nessa área?
Iniciei minha trajetória na comunicação no setor público, onde atuei por 15 anos em redes complexas, desafiadoras e extremamente humanas. Trabalhei na ALERJ, na Biblioteca Parque de Manguinhos e na Empresa de Obras Públicas do Estado, sempre muito próxima das comunidades, dos movimentos sociais e das pautas de direitos.
O que me atraiu para a assessoria de imprensa foi justamente a possibilidade de transformar histórias reais em narrativas que importam, dar visibilidade a vozes que muitas vezes são silenciadas e promover informação com responsabilidade. A comunicação, para mim, é uma ferramenta de impacto social — e isso orienta todas as minhas escolhas profissionais.
Quais são os principais desafios de atuar na comunicação em tempos digitais e de alta velocidade?
O maior desafio hoje é equilibrar agilidade com profundidade. As redes exigem respostas rápidas, mas um bom assessor de imprensa precisa garantir estratégia, contexto e responsabilidade.
Outro desafio é manter uma narrativa consistente num ambiente saturado de informações. Por isso, invisto em planejamento, monitoramento constante e construção de mensagens autênticas. Comunicação não é só publicar conteúdo — é sustentar uma reputação.
Como você constrói uma relação sólida e estratégica entre cliente e imprensa?
Acredito que relação se faz com verdade, preparo e respeito ao tempo do jornalista.
Antes de qualquer disparo ou abordagem, estudo profundamente o cliente: história, causas, riscos e potencial. Depois, construo uma ponte com a imprensa oferecendo pautas que fazem sentido, com dados, contexto e relevância.
O jornalista precisa confiar em quem envia a pauta. E essa confiança se constrói com entrega, precisão e coerência — valores que sempre guiaram meu trabalho, seja na ALERJ, na Fiocruz, na WGH Brazil ou em eventos como o Baile Alto Rio, a Marcha dos Quibandeiros e a FLIP.
Que habilidades considera fundamentais para quem deseja atuar como assessor(a) de imprensa?
Primeiro, escuta ativa. Depois, organização, domínio de narrativa, equilíbrio emocional e compreensão profunda das dinâmicas das redes e da imprensa.
Também considero essencial ter sensibilidade social, algo que desenvolvi ao longo de toda minha trajetória em pautas de diversidade, cultura, direitos humanos e movimentos sociais.
Por fim, networking — não como troca de favores, mas como construção de vínculos reais e profissionais.
Qual foi um momento marcante ou case de sucesso na sua carreira que te enche de orgulho?
Tive alguns momentos marcantes, mas destaco quatro recentes:
• A Marcha dos Quibandeiros, no Rio Grande do Sul, pela sensibilidade da pauta e pela projeção nacional que conseguimos.
• A pesquisa Transvestilidades Negras, com a FONATRANS na Fiocruz, pela força histórica e pela responsabilidade de comunicar um trabalho tão necessário.
• O lançamento do livro A Cor da Lei, que circulou da Casa Gueto na FLIP à USP, passando pelo Complexo do Alemão — mostrando como a literatura também é ferramenta de justiça social.
• Minha construção ao lado da Academia Brasileira de Letras do Cárcere, com o Desembargador Siro Darlan, onde atuei desde a comunicação até o cerimonial, fortalecendo uma instituição pioneira no país.
Esses projetos revelam meu compromisso: comunicação com propósito, impacto e responsabilidade social.

Créditos:
Entrevista por Delcio Marinho para a Revista do Villa
Edição em parceria com IA Avançada – by Delcio Marinho & ChatGPT
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