Entrevista: Allan Carvalho Novo
- Delcio Marinho

- 6 de nov.
- 3 min de leitura
Apresentação

Sou Allan Carvalho Novo, conhecido artisticamente como Allan Novo, comunicador e produtor de rádio. Minha trajetória começou ainda jovem, movido pela paixão pela comunicação popular e comunitária. Atuei em emissoras de rádio no Rio de Janeiro e também na televisão, integrando a equipe da Rede América, em São Paulo.
Atualmente aguardo a outorga para implantação de uma emissora em Saquarema, e realizo um grande sonho profissional: fazer rádio AM na Rádio Livre 1440, onde sigo produzindo e apresentando com dedicação e amor pelo que faço. Meu estilo de locução é natural e envolvente — ainda que eu não tenha uma voz tão “radial” assim, procuro transmitir emoção, verdade e leveza em cada palavra.
O rádio tem uma magia única. Como foi seu primeiro contato com o microfone e quando percebeu que essa seria sua vocação?
Meu primeiro contato com o microfone foi ainda na adolescência, em uma rádio comunitária da minha cidade. Lembro do frio na barriga e da emoção de saber que minha voz estava chegando a tantas pessoas. Naquele momento percebi que o rádio não era apenas um meio técnico, mas uma extensão da alma — uma forma de servir, informar e inspirar. Foi aí que entendi que essa seria minha missão de vida.
Em tempos de internet e redes sociais, qual é o segredo para manter o rádio relevante e conectado com o público?
O segredo está em integrar o rádio às novas mídias sem perder sua essência. O rádio continua sendo uma companhia fiel, mas agora precisa conversar com o ouvinte também nas redes sociais, nos podcasts e nas transmissões digitais. O importante é manter o calor humano, a voz próxima e verdadeira, mesmo dentro da modernidade tecnológica.
Já viveu alguma situação curiosa ou emocionante durante uma transmissão ao vivo?
Várias! Uma das mais marcantes foi quando um ouvinte ligou emocionado dizendo que uma mensagem que eu havia lido no ar o motivou a recomeçar um projeto de vida. Foi um daqueles momentos que mostram o quanto o rádio toca corações e ultrapassa barreiras. É uma energia que nenhuma tecnologia substitui.
Quem foram ou são suas maiores inspirações no rádio? Algum locutor ou comunicador marcou sua trajetória?
Tive muitas referências, mas destaco Luís Nascimento e Daisy Lucidy, pela forma como comunicam com emoção, elegância e verdade. Tive o prazer de conhecer Daisy Lucidy pessoalmente na Rádio Nacional, onde ela permaneceu 40 anos ininterruptos no ar — um verdadeiro exemplo de dedicação e amor ao rádio. Cada um desses profissionais me inspirou de um jeito: seja pelo estilo humano de se expressar, seja pelo respeito com o público.
Que conselho você daria para quem sonha em trabalhar no rádio hoje, com tanta tecnologia e novos formatos de comunicação?
Diria para nunca perder a autenticidade. A tecnologia muda, os formatos evoluem, mas o poder da voz sincera e do conteúdo relevante continua o mesmo.
O rádio é muito além de falar em um microfone — envolve técnica, compromisso, responsabilidade e, acima de tudo, compreensão do impacto que uma mensagem pode ter.
Também é importante entender que gostar de rádio é diferente de gostar de radiodifusão: o rádio é paixão e expressão; a radiodifusão é um sistema técnico e institucional, que exige estudo, gestão e conhecimento profundo sobre leis, frequência e operação.
Quem compreende essa diferença está um passo à frente no caminho da verdadeira comunicação.

Allan Novo – Comunicador e Produtor
Rádio Livre AM 1440
Crédito: Delcio Marinho & ChatGPT
Delcio Marinho

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