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Empresário brasileiro empenhado em cultivar gergelim e algodão na Região das Beiras, Portugal

Piccini diz que as Beiras oferecem “condições únicas para se tornar um hub agrícola inovador”
Piccini diz que as Beiras oferecem “condições únicas para se tornar um hub agrícola inovador”

Foto: Divulgação

 

Rodrigo Piccini, empresário e agricultor de Mato Grosso, Estado da Região Centro-Oeste do Brasil, regressou pela terceira vez a Portugal, nos últimos dias, onde lidera um projeto-piloto para introduzir o cultivo de gergelim e algodão na Região das Beiras. A parceria com a Câmara de Comércio da Região das Beiras (CCRBeiras) é considerada estratégica para a “cooperação bilateral entre Brasil e Portugal, unindo inovação, sustentabilidade e desenvolvimento rural”.

 

A experiência de Piccinini no agronegócio brasileiro é vista como “referência global na produção de commodities agrícolas”, especialmente em Mato Grosso, que “responde por aproximadamente 70% da produção brasileira de gergelim e 30% da safra nacional de algodão”.

 

O interesse com o projeto, informou a CCRBeiras “é avaliar a adaptação de culturas tropicais ao clima português, com foco na sustentabilidade e inovação agrícola. O gergelim, reconhecido pela sua resistência à seca, e o algodão, com forte potencial para a indústria têxtil, foram selecionados pelo seu valor comercial e alinhamento com as tendências do mercado europeu”.

 

Dados levantados pela CCRBeiras apontam que “a União Europeia importa anualmente cerca de 200 mil toneladas de gergelim, principalmente do Sudão e da Índia”.

 

Focada na importação de grãos por países europeus, juntamente com outras entidades, a CCRBeiras prometeu “infraestrutura local e integração com o ecossistema de startups agrotech”, isto é, empresas com especialistas para desenvolverem, com base em tecnologias, resultados à produção.

 

O projeto-piloto passará por algumas etapas, entre elas referente aos “testes de solo e clima”, que procederá a várias “análises técnicas na Cova da Beira, região com características climáticas semelhantes a zonas agrícolas brasileiras”; com relação à “transferência de tecnologia”, haverá a “aplicação de sistemas de irrigação inteligente e monitorização por satélite, tecnologias já consolidadas no Cerrado brasileiro”.

 

Segundo apurámos, o projeto envolverá também a “capacitação de produtores locais” para a formação de “agricultores em parceria com instituições acadêmicas e centros de inovação regionais”.

 

Há ainda benefícios do projeto à produção local apontados pela CCRBeiras, como a redução de “custos logísticos, aumentar a competitividade e fortalecer a segurança alimentar do bloco”. Sobre o “algodão, o cultivo em território português poderá seguir práticas de baixo carbono e agricultura regenerativa, aproveitando incentivos da UE vinculados ao Pacto Ecológico Europeu e à Política Agrícola Comum (PAC)”.

 

Piccini destacou que “Portugal, e as Beiras em particular, têm condições únicas para se tornar um hub agrícola inovador”.

 

 

“Queremos replicar aqui o sucesso do Cerrado brasileiro, adaptando técnicas que respeitam o meio ambiente e valorizam o produtor local”, disse este empresário.

 

A presidente da CCRBeiras, Ana Correia, afirmou que a “parceria reforça o papel das Beiras como laboratório de soluções agrícolas para o futuro”.

 


Ígor Lopes


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