top of page
FB_IMG_1750899044713.jpg

Revista do Villa

Revista do Villa

Revista do Villa

Revista luso-brasileira de conteúdo sobre cultura, gastronomia, moda, turismo,

entretenimento, eventos sociais, bem-estar, life style e muito mais...

Elis Zerbinatto — Uma Vida de Palco, Superação e Amor à Arte

Desde a infância marcada por desafios, até os holofotes dos palcos e das câmeras, a trajetória de Elisângela de Oliveira Nunes, conhecida artisticamente como Elis Zerbinatto, é uma verdadeira ode à arte como forma de cura, resistência e renascimento.

 

Nascida em Queimados, na Baixada Fluminense, Elis começou sua jornada artística aos sete anos, quando ingressou nas atividades de música e teatro da Paróquia de São Roque, na Igreja Católica. O canto se tornou sua forma de consolo e expressão diante das dores da violência familiar que enfrentava. Logo fez parte do coral mirim e passou a se apresentar nas missas todos os domingos. Aos 14 anos, continuou sua formação artística em outra paróquia, agora no grupo jovem, destacando-se nos corais e nas peças teatrais, principalmente nas encenações das coroações de Maria.

 

Aos 18 anos, enquanto trabalhava como doméstica em Ipanema, Elis alimentava um sonho: tornar-se atriz e cantora profissional. Esse sonho começou a ganhar forma em 1993, quando ela ingressou na tradicional Escola Estadual de Teatro Martins Pena, no Centro do Rio. Lá, teve seu primeiro contato com os textos de Nelson Rodrigues, encenando clássicos como O Beijo no Asfalto, Anjo Negro e Álbum de Família, sob orientação do renomado ator e dublador Luiz Carlos Persy. Essa vivência lhe deu a visceralidade cênica que marcaria sua atuação.

 

Em 2000, ampliou sua formação na Escola de Música Villa-Lobos, onde estudou percepção musical, leitura e escrita, além de prática vocal. Já em 2009/2010, voltou à Martins Pena para aprofundar seu conhecimento com o ator e diretor Anselmo Vasconcelos, estudando construção, desconstrução e reconstrução de personagens.

 

A carreira na televisão começou ainda na década de 1990, com participações em programas da TV Globo, como Comédia da Vida, Casseta & Planeta, Faustão, Você Decide, Linha Direta e Chico Anysio Show. Esteve presente também em novelas como Cara e Coroa, Que Rei Sou Eu?, Explode Coração (núcleo da tenda cigana) e A Cor do Pecado, onde contracenou com Maytê Proença. Em Cara e Coroa, esteve ao lado da veterana Arlete Salles. Na Rede Manchete, atuou em Tocaia Grande, contracenando com Denise Del Vecchio, e em 2011, participou da novela Rei Davi, da Record TV.

 

Paralelamente à atuação, Elis também atuou como produtora de elenco e fiscal da agência Sauna, recrutando talentos para gravações de novelas da Globo como Malhação (1ª e 2ª temporadas) e Salsa e Merengue, além de filmes e comerciais.

 

Em 1999, participou da caravana do show Clareando – Homenagem a Clara Nunes, com apresentação em Minas Gerais. No teatro musical, teve destaque em 2013, nas montagens de Só Dói Quando Não Rio e Alice – O Musical, com direção de João Batista Leite, coreografias de Daniela Cavanelas (do Dança dos Famosos) e preparação vocal de Paula Leal (grupo As Chicas).

 

Entre 2014 e 2018, brilhou nos palcos com espetáculos como Distorções do Amor, sob direção de Dennis de Paiva, e Depois do Fim, texto de Marcinho Fortuna e direção de Márcio Vieira, em temporadas por teatros importantes como o João Caetano, Gláucio Gil, Vannucci, Dulcina e Raul Cortez.

 

O nome artístico Zerbinatto, herdado da avó paterna que lhe dava proteção e afeto, foi escolhido após um sonho consolador que teve na semana da morte da avó, quando ainda era uma criança de oito anos. No sonho, ela lhe disse: “Use meu nome, estarei sempre com você.” Desde então, Elis carrega esse sobrenome como símbolo de força, inspiração e legado.

 

A história de Elis Zerbinatto é um testemunho emocionante de superação e amor à arte. Ela transformou as dores da infância em força criativa, usando a música, o teatro e a televisão como plataformas de expressão e libertação. Sua trajetória inspira todos aqueles que acreditam que o palco pode ser um altar de cura e resistência. Elis segue firme, com sua estrela brilhando e sua voz ecoando — como um lembrete de que a arte pode, sim, salvar vidas.



Adriano Gonçalves 


1 Comment


Elis Zerbinatto
Jun 29

Gratidão por contar minha história no palco da arte e da vida

Like

©2024 Revista do Villa    -    Direitos Reservados

Política de Privacidade

bottom of page