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Dia Nacional do Samba - a voz que move o Brasil

Revista do Villa - Por Luís Villarino

Com suporte de Délcio Marinho & ChatGPT


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No calendário afetivo do Brasil, poucas datas carregam tanta identidade quanto o Dia Nacional do Samba. É mais que música: é história viva, memória afetiva, fundamento cultural. É a reafirmação desse ritmo que atravessou séculos e hoje se impõe como um dos maiores símbolos do país.


Quando o Samba chega ao Rio de Janeiro, ele encontra seu berço definitivo. Foi ali que ganhou poesia, forma e personalidade. E ninguém traduz melhor essa alma carioca do que Zé Keti, que imortalizou a frase que virou manifesto:


“Eu sou o Samba, sou natural daqui do Rio de Janeiro.”


Em “A Voz do Morro”, ele não apenas canta: ele apresenta o Samba ao mundo como um sujeito vivo, consciente de sua origem, de sua força e de sua missão cultural.


É essa voz — ancestral, coletiva e orgulhosa — que repercute nas ladeiras, nos botequins, nos ensaios e nas madrugadas do Rio. E é essa mesma voz que faz do Samba um dos maiores atrativos turísticos do Brasil, capaz de transformar a cidade em um palco global onde milhões vêm sentir, ao vivo, um patrimônio que pulsa no compasso da história.


Mas hoje, nossa comemoração vai além das escolas e dos desfiles.


O Dia Nacional do Samba pertence a cada pessoa que põe o coração na avenida e na rua:


À porta-bandeira que carrega a honra com leveza.


Ao mestre-sala que dança com elegância e devoção.


À Velha Guarda, que guarda no peito um tempo que nunca morre.


À Ala de Compositores, que cria universos em forma de melodias.


Aos passistas, que transformam o corpo em instrumento.


Ao mestre de bateria, comandante de um exército de tambores.


Aos músicos, cantores e compositores, que mantêm o Samba respirando.


Aos carnavalescos, figurinistas, costureiras, aderecistas, artistas invisíveis que constroem mundos inteiros.


E não podemos esquecer dos blocos e bandas de rua, berço absoluto da democracia cultural brasileira. São eles que devolvem a cidade às pessoas e lembram que a alegria — a verdadeira — é coletiva.


O Samba, desde sua origem, abraça todos: ricos, pobres, velhos, jovens, moradores, turistas, iniciados e curiosos. E é justamente essa mistura que explica por que ele permanece tão atual e tão necessário.


No fundo, celebrar o Dia Nacional do Samba é reafirmar que a alegria é a finalidade da vida.


E enquanto houver alguém capaz de bater no peito e cantar junto, o Samba seguirá vivo, resistente e natural — como Zé Keti ensinou.


Viva o Samba. Viva quem faz o Samba. Viva quem vive o Samba.


Délcio Marinho


 
 
 

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