“Aventuras no Sítio” — Inclusão, Arte e Resistência no Palco
- Delcio Marinho

- 22 de out.
- 2 min de leitura
Entrevista com o diretor Renato Tozo Sampaio


DM — O que o motivou a adaptar a obra de Monteiro Lobato e como foi o processo de adaptação para o teatro?
Renato — Adaptar a obra de Monteiro Lobato é retornar à minha infância. Foi o Sítio do Picapau Amarelo que me impulsionou a enveredar pelo mundo das artes há 40 anos. Hoje, sinto que é necessário apresentar novamente a essa juventude os grandes autores da nossa literatura brasileira.
DM — Qual a importância de ter um elenco formado por pessoas com deficiência e como essa inclusão enriquece o espetáculo?
Renato — Trabalhar com pessoas com deficiência é provar à sociedade que elas são plenamente capazes. É fazer com que ocupem o lugar que lhes é de direito. Personagens com deficiência demonstram autonomia, coragem e uma visão única do mundo — o que enriquece qualquer história contada.
DM — Quais foram os maiores desafios na direção de Aventuras no Sítio e como você os superou?
Renato — O maior desafio foi fazer com que os atores decorassem seus textos e se sentissem seguros, sem medo do esquecimento ou do erro. A superação veio através do processo criativo e do desenvolvimento do espetáculo — com exercícios teatrais e, principalmente, com a construção da confiança na direção. Esse processo levou oito meses.

DM — Qual é a mensagem principal que o espetáculo busca transmitir ao público?
Renato — Independente da história contada, a mensagem principal é que “inclusão é um direito”. O espetáculo reafirma que a arte inclui — e resiste ao capacitismo.
DM — Quais são suas expectativas para o futuro de Aventuras no Sítio e quais outros projetos estão em mente?
Renato — Desejo promover o acesso à cultura e fortalecer a luta por uma sociedade verdadeiramente acessível a todos. Em 2026, nosso objetivo é adaptar Sonhos de uma Noite de Verão, de William Shakespeare, e provar mais uma vez que pessoas com deficiência (PCDs) podem — só precisam de oportunidades.
Edição e produção digital com ChatGPT
Conteúdo criado para a Revista do Villa — Luis Villarino
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Delcio Marinho

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