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Abel Ferreira, 5 Anos de Mística: A Trajetória, a Liderança e o Legado Imortal do Maior Vencedor da História do Palmeiras


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Vamos contar um pouco dessa linda história de amor, o Império Silencioso,  a História de Abel Ferreira no Coração do Palmeiras. 


​Novembro de 2020. Enquanto o mundo se reajustava, um murmúrio cruzava o Atlântico. Não era o som de uma promessa vazia, mas o passo firme de quem sabia onde queria chegar. Chegava em silêncio um português de olhar sagaz e convicções inegociáveis: Abel Ferreira. O Palmeiras, buscando um rumo em águas turbulentas, não apenas encontrava um treinador, mas o arquiteto de uma das eras mais gloriosas de sua história.


 A Origem e a Trajetória: De Portugal ao Infinito


​Abel não é feito apenas de tática, mas de história. Sua origem em Portugal lhe deu o rigor europeu no método, a paixão pela disciplina e o apreço pelo trabalho constante. Sua trajetória como jogador e, posteriormente, como técnico, foi um laboratório de aprendizado contínuo. Ele não veio para se adaptar ao caos do futebol brasileiro, mas para impor uma ordem, uma filosofia.


​O que o trouxe ao Palmeiras não foi o estrelato, mas a coragem e a fé em suas ideias. Ele atravessou o Atlântico com uma mala cheia de planos e a certeza de que a grandeza se constrói diariamente, tijolo por tijolo.


 Cinco Anos de Legado: Títulos, Trabalho e Emoção


​Em cinco anos à frente do Palmeiras, Abel Ferreira não apenas venceu, ele construiu um império. Fez do clube uma máquina de competir, onde a intensidade, a união e a crença mútua se tornaram a marca registrada. Mais do que vitórias, ele plantou uma filosofia, transformando o elenco em uma verdadeira família.


​Seus feitos são a tradução tangível de seu trabalho:

​Libertadores: 2020 e 2021

​Brasileiro: 2022

​Copa do Brasil: 2020

​Paulista: Tri-campeão consecutivo (e outros títulos que formam uma coleção inestimável).

​Cada taça é um capítulo, e cada derrota foi apenas um pretexto para crescer. Ele redefiniu o conceito de resiliência no clube, fazendo de cada revés uma lição e de cada vitória, um momento de profunda gratidão e humildade.


Abel: Cabeça Fria, Coração Quente

​A essência de Abel reside em um paradoxo que se tornou a sua grande força: “cabeça fria e coração quente”.

​A Cabeça Fria é o estrategista, o professor. É o treinador que mantém a calma sob pressão, que estuda o adversário nos detalhes, que exige disciplina tática e física de seus atletas. É o europeu no método, o que garante a solidez e a previsibilidade positiva do time.


​O Coração Quente é a alma, o líder que inspira. É o pai que defende seus "filhos" (os jogadores), que celebra cada conquista com lágrimas genuínas e que toma para si o peso das derrotas. É o latino na alma, que entende a paixão e a emoção que movem o futebol brasileiro.


​Essa filosofia deixou de ser uma frase motivacional para se tornar uma tatuagem invisível na pele do Palmeiras.


​ O Abel Humano: Família e Velocidade

​O Abel treinador é inseparável do Abel humano. Sua força vem de pilares que o sustentam fora de campo:


​Abel Ferreira Família: O seu refúgio, a sua âncora. É a menção constante à esposa e filhas que o humaniza e o conecta com o propósito maior. É a força que o mantém de pé nos dias nublados, lembrando-o do que realmente importa além das quatro linhas.


​Abel Ferreira Apaixonado por Automobilismo: A paixão pela velocidade não é apenas um hobby, é uma metáfora. No automobilismo, é preciso precisão, risco calculado e muita cabeça fria para pilotar na alta velocidade. Essa busca por controle na intensidade reflete-se diretamente em seu trabalho à beira do campo.


O Líder Raro: Respostas na Tempestade

​Não faltaram as tempestades. As vaias no Allianz, os pedidos de saída, as manchetes que o julgavam "cansado" ou "ultrapassado". Nesses momentos, Abel se revelou o líder raro.


​"Uma mentira repetida muitas vezes faz com que as pessoas comecem a acreditar."

​Essa é a sua resposta. Em vez de fugir, ele se manteve sereno e ferido. Defendeu os seus, abraçou os que duvidavam e nunca fugiu da responsabilidade. A sua comunicação, ora transparente, ora cortante, mas sempre verdadeira, é o espelho de sua alma: pura emoção em um mundo que exige protocolo.


 O Legado

​Hoje, Abel Ferreira é mais do que um técnico. Ele moldou uma geração, redefiniu padrões de excelência e fez do Palmeiras um espelho de sua própria intensidade e humanidade.


​Cinco anos depois da chegada silenciosa, ele é parte da alma verde. O que o sustenta não são apenas os títulos, mas o que eles representam: trabalho, coragem e humanidade.


​Professor Abel,


​em nome de uma parcela significativa da torcida palmeirense , a grande maioria– aquela que reconhece a sua inestimável contribuição e o legado que você está construindo no nosso clube –, venho por meio deste artigo expressar um profundo pedido de desculpas.Lamentamos as manifestações de fraqueza, ingratidão e desrespeito que, por vezes, surgiram em meio à nossa torcida. Sabemos que as críticas injustas e os momentos de pressão desmedida não condizem com a sua dedicação e os resultados históricos que você e a sua comissão técnica nos proporcionaram. O seu trabalho é a nossa maior resposta.


​Além disso, estendemos esse pedido de desculpas pelas declarações infelizes e xenofóbicas proferidas recentemente pelos ex-treinadores Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão em um evento, mesmo que dirigidas inicialmente a outro colega estrangeiro Carlos Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira de futebol. Tais falas, que atingiram a dignidade de todos os técnicos estrangeiros que trabalham no Brasil, não representam o sentimento de hospitalidade e admiração que a maioria de nós nutrimos por profissionais como você.


​O Palmeiras, e o futebol brasileiro, têm muito a aprender e a ganhar com a sua presença. O seu profissionalismo, a sua paixão e a sua forma de elevar o nosso patamar são celebrados.


​Obrigado, Abel, por ter nos dado não apenas vitórias, mas uma lição de vida.

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Gilson Romanelli


 
 
 

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