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Revista do Villa

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A Técnica Como Coadjuvante da Interpretação

Estreou os ballets Noite de Walpurgis; Animated Frescoes; Capricho Espanhol; Escamillo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ). 

Estreou os ballets Noite de Walpurgis; Animated Frescoes; Capricho Espanhol; Escamillo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ).

 

Espetáculo da Companhia de Ballet da Escola Maria Olenewa do TMRJ. Realização da AMADANÇA.

 

A direção geral é de Hélio Bejani. E a direção artística é de Jorge Teixeira.

 

A concepção, remontagem, adaptação e mise-en-scene é de Hélio Bejani e Jorge Teixeira.

 

A primeira parte consistiu da apresentação de três ballets.

 

A primeira apresentação foi Animated Frescoes. Quatro bailarinas se apresentaram com elegância, beleza, leveza, técnica e emoção. Deixaram transparecer equilíbrio, harmonia e entrosamento. Figurinos de bom gosto.

 

A segunda apresentação foi Escamillo, executado pelo Pas de Deux de Marcela Borges e Michael Willian. O par esbanjou técnica e emoção. Estavam exuberantes!

 

Marcela Borges se apresentou com qualidade, firmeza, sensualidade e sensibilidade, realizando diversos giros no centro do palco, e manejando seu leque vermelho. Ela representou a figura do touro, com suavidade, querendo brincar, e também a força da mulher espanhola.

 

Michael Willian faz um toureiro que manejava seu pano e tentando driblar e ludibriar o seu "touro", com uma atuação correta. Demonstrou estar seguro e firme, galante e cortejador.

 

Os bailarinos formaram um Pas de Deux de qualidade, demonstrando entrosamento e afinidade, ao som de músicas do folclore espanhol.

 

Por fim, tivemos a apresentação de Capricho Espanhol. Duplas de bailarinos trajando vestuário folclórico espanhol. Técnica, emoção e beleza, aliada a uma música pulsante. 

 

Num segundo momento, as três bailarinas com leques nas mãos foi um momento meigo e sublime. 

 

Em outro momento, os quatro bailarinos e a bailarina deixaram transparecer harmonia e equilíbrio. Ela esbanjou elegância em sua dança.

 

Final apoteótico com os quatro casais se apresentando com excelência. Figurinos de bom gosto e adequados.

 

A segunda parte consistiu da apresentação de Noite de Walpurgis.

 

Cena da ópera Fausto, de Charles Gounod, com coreografia original de Leonid Lavrovsky, adaptada por Jorge Teixeira.

 

Retrata o momento em que Pã leva Fausto para um culto à sensualidade, entre sátiros e bacantes.

 

Marcado por forte sensualidade e alegria.

 

Ana Luiza Azer faz a linda e jovem Marguerite, disputada por Fausto e Pã. 

 

Ana Luiza em sua Marguerite deixa transparecer leveza, e expressão. Livre, leve e solta brincando com os sátiros e as bacantes. Deixa transparecer a personagem.

 

Mateus Imperial faz um Pã correto. Sedutor e arteiro. Ele dança com os sátiros.

 

Michael Willian faz um Fausto que exibe masculinidade e sensualidade para seduzir a jovem Marguerite. Força e firmeza, sobretudo ao segurar Margarite e colocá-la no alto. Momento sublime!

 

As três graças, num figurino branco de bom gosto, expressam leveza e suavidade. Calma e tranquilidade. Paz e amor.

 

Bacantes e sátiros se apresentam felizes na floresta.

 

Espetáculo vibrante, contagiante, dinâmico. Música envolvente.

 

Os figurinos de Tânia Agra primam pelo bom gosto e adequação. Ganham destaque aqueles do espetáculo Noite de Walpurghis, sobretudo os das bacantes, sátiros, e três graças.

 

A cenografia criada por Carlos Dalarmelino é criativa, adequada e bonita. Ao fundo um belo painel de uma floresta, uma pedreira, e duas pilastras. Na parte dianteira dois painéis com imagens diabólicas.

 

A iluminação criada por Paulo Ornellas para cada um dos espetáculos apresenta um bonito desenho de luz, imperando diversos tons, e contribuindo para realçar a apresentação dos bailarinos.

 

Em todos os ballets, os bailarinos exibem uma boa técnica. Mas, o que ganha relevo é o personagem que cada um incorpora. Eles deixam transparecer os personagens. A interpretação é o auge da variação dos movimentos. Bailarinos e bailarinas estão livres, leves e soltos, como devem ser os personagens. Eles deixam transparecer emoção nas expressões, gestos e movimentos que executam. Essa tem sido a marca da direção coordenada por Hélio Bejani, e Jorge Teixeira.

 

Os ballets foram executados com garra, vigor e determinação deixando transparecer ares promissores de renovação. Tem gente boa se formando e despontando!


 

Excelente produção de ballet!


Crédito das fotos: Maria Salles Fotografia

 Alex Varela


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