A Tartaruga e o Rapaz
- Alex Gonçalves Varela

- 19 de set.
- 1 min de leitura
Estreou Jonathan no teatro Poeira.

A peça é um monólogo estrelado por Rafael Souza-Ribeiro.
O texto de Rafael Souza-Ribeiro é ficcional, memória, ancestral, anticolonial, anti-opressão, anti-reacionário, anti-racista, lírico e bem humorado. Narra a trajetória de Jonathan, um jovem de 17 anos, que carrega o destino de proteger a vida da tartaruga mais velha do mundo numa ilha hostil, função que era exercida pelo avô, onde cada gesto fora da ordem pode custar muito caro.
Rafael Souza-Ribeiro tem uma atuação de qualidade. Ele atua com potencia, segurança, e firmeza. Intenso, ativo, e dinâmico. Interpreta com perfeição, e emociona também. Domina o texto e o palco. Boa comunicação com o público. Apresenta uma linguagem acessível e de fácil compreensão. Portanto, um desempenho deferido e merecedor de aplausos.
A direção é de Dulce Penna que focou no texto e deixou o ator livre e a vontade para realizar a sua interpretação de qualidade.
O figurino criado por Carla Ferraz é simples, adequado, jovial, facilita o deslocamento do ator, e colorido. Criativa a camisa com estampas de tartaruga.
A cenografia criada por Dulce Penna e Dodô Giovanetti é simples. Ela é constituída por um píer, com piso de madeira, onde o ator sobe para visualizar o mar.
A iluminação criada por Paulo Denizot é boa e adequada.
A trilha sonora criada por Arthur Ferreira apresenta uma boa sonoridade e ritmo cadenciado.
Jonathan é um monólogo que apresenta um texto potente, ancestral, e divertido; um ator que atua com qualidade; e cenografia, figurinos e iluminação que se complementam e formam um correto conjunto.
Excelente produção cênica!
Alex Varela








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