Verdades, poucas verdades.
A cada minuto, não, segundos
Quantas de nós morrem?
Temos nomes, temos vontades
Temos desejos, temos sonhos
Mas quantas de nós morrem?
Nem sempre notícia
Nem sempre novidade
Mas sempre espanto
Para todos?
Não!
Na dor, na agonia
Me diz, quantas de nós morrem?
Mãe, filha, irmã, sobrinha, tia, amiga…
Lembradas, sempre!
Outras… Na sarjeta esquecidas.
Quantas de nós morrem?
Àquelas que morrem e não voltam
Àquelas que morrem e vivem
Quantas de nós morrem?
Na violência!
Na escuridão…
A lágrima cai.
Minha alma queima
Meus olhos fervem
Meu punho fecha
Meus lábios sangram
Meu corpo sangra
A pergunta é a mesma:
Quantas de nós morrem?
O redemoinho de nojo
Da misoginia, do patriarcado
Tanto ódio...
Tanto achar...
Do meu corpo
Do meu ser
É difícil...
É difícil respirar
Já no primeiro respiro
Me tornei mulher...
Autora: Prof.ª Mariana R R Oliveira
João Paulo Penido
Brasileiro, 43 anos, divorciado, tenho dois Filhos, sou natural de Monte Carmelo/MG. Atualmemte resido em São Paulo/SP, exerco atividades como Agente Escolar/Consultor Comercial/Tributário. Formado em Administração (Usf-Itatiba/SP), Cursando Pedagogia (Faculdade Anhanguera) e tenho como hobbies jogar futebol, tocar violão, ler.
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