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Governo brasileiro quer aumentar interação empresarial com África

A Missão Empresarial à África Ocidental iniciou no dia 27 de janeiro e terminou dia 7 de fevereiro, visando “fortalecer as relações do Brasil com Nigéria, Gana, Costa do Marfim e Senegal”. Promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a iniciativa reuniu mais de 40 empresas brasileiras para aprofundar as relações económicas do Brasil com o continente africano.

 


O presidente da agência, Jorge Viana, considerou a “decisão do presidente Lula de buscar a reaproximação com o continente africano” devido ao “universalismo e pragmatismo” da política externa do governo petista. Viana também argumentou que o afastamento de sete anos dos demais países africanos levou o “fluxo de comércio” a uma queda de “US$ 28 mil milhões em 2013 para US$ 11,5 mil milhões em 2020”.

 

“O nosso trabalho tem sido redinamizar esse comércio e buscar novas formas de cooperação, para gerar ganhos tanto para o Brasil como para os países africanos. Em 2024, as nossas exportações para a África cresceram mais de 20%, e começar o ano com essa missão mostra que o continente é prioridade para a ApexBrasil. Mais que só aumentar fluxos de comércio, queremos estabelecer parcerias, baseadas na cooperação, para que todos ganhem”, completou Viana.

 

Para o embaixador e diretor do Departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Agricultura do Ministério das Relações Exteriores, Alex Giacomelli, “esta missão demonstra a importância que a diplomacia brasileira atribui à África. Um passo essencial na política de incrementar o comércio e os investimentos com o continente foi dado em junho de 2023, em Joanesburgo, quando reunimos os Setores de Promoção Comercial (SECOMS) e de Ciência e Tecnologia (SECTECs), além das adidâncias agrícolas das embaixadas do Brasil na África”.

 

Giacomelli disse que no âmbito do encontro chegou-se à conclusão de retomar a organização das “missões empresariais e a participar de feiras. Desde então, já o fizemos, por exemplo, na África do Sul, Angola, Argélia, Botsuana, Egito, Etiópia, Marrocos, Moçambique, Namíbia, Quênia, Tanzânia e Zimbábue. Pretendemos intensificar o nosso trabalho nesses países e continuar expandindo as nossas ações a outros países neste ano. Essa política coincide com o interesse da iniciativa privada. Basta ver o grande número de empresas presentes nessas missões”.

 

A diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza, contou que “A Missão à África Ocidental” incorporou uma “estratégia de atuação regionalizada para maximizar as oportunidades. Dividimos o continente em quatro grandes áreas de atuação — Norte da África, África Ocidental, África Oriental e sul da África — e decidimos retomar as missões empresariais e a participação do Brasil nas grandes feiras do continente”.

 

Conforme informações da diretora, as ações de aproximação foram dadas com “o Fórum Empresarial Angola-Brasil, realizado durante a visita de Estado do presidente Lula a Angola. Já em 2024, a ApexBrasil, em parceria com as agências de promoção comercial de Angola (AIPEX), África do Sul (DTIC), Moçambique (APIEX) e Tanzânia (TanTrade), realizou a Missão Brasil-Africa Solutions, que movimentou R$ 104,8 milhões em negócios para empresas brasileiras, somando as vendas imediatas e as esperadas para os 12 meses subsequentes”.

 

Ana Paula Repezza disse ainda que as ações continuaram em 2024, quando esteve presente “nos grandes eventos comerciais africanos. Com a participação na Africa´s Big 7, na 39ª Feira Internacional de Luanda (FILDA) e na 59ª Feira Internacional de Moçambique (FACIM), retomamos as ações para o Sul da África. Em 2025, além de manter nossa atuação nessa região, teremos ações para as demais, sendo a primeira a Missão à África Ocidental”.

 

O estudo “Inteligência de Mercado da ApexBrasil” lembra que a “África é o segundo continente mais populoso, com maior taxa de crescimento populacional do mundo e um mercado consumidor em forte expansão. Tomado em conjunto, o continente foi o terceiro maior mercado para produtos brasileiros em 2024, atrás de China e Estados Unidos, mas à frente da Argentina. Em comparação com 2023, as exportações brasileiras para a região cresceram 20,5%. Dada a queda nos preços dos produtos exportados, o resultado se deve ao aumento do volume exportado, fruto dos esforços MRE, Mapa e ApexBrasil, incluindo iniciativas como a abertura de novos mercados e a ênfase estratégica na priorização de mercados africanos”.

 

O estudo ainda informou que “a África apresenta mais de seis mil oportunidades para produtos brasileiros, com destaque para produtos alimentícios e máquinas e equipamentos de transporte. Nigéria, Gana, Costa do Marfim e Senegal, países que receberão as mais de 40 empresas brasileiras durante a Missão à África Ocidental, somam 740 oportunidades”.

 

“A nossa reaproximação com a África é baseada em dados e análises de inteligência. Na região, a exemplo do mundo, vemos uma concentração grande das exportações brasileiras em poucos mercados. Egito, Nigéria, África do Sul, Argélia e Marrocos somam mais de 60% das nossas exportações. Precisamos diversificar os destinos de nossas exportações e agregar valor a elas. Por isso, a Missão à África Ocidental é muito relevante.”, concluiu o gerente de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, Igor Celeste.

 

 

Ígor Lopes


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