top of page

Revista do Villa

Revista do Villa

Revista do Villa

Convidamos você a se juntar a nós nesta jornada, acompanhando as novidades e publicações

em forma de matérias, entrevistas e artigos realizados pela equipe de colunista.

Entrevista: Paulo Nahal (Ator/Apresentador)


Começo o dia falando de Paulo Nahal: Ator, apresentador, musico e além disso, um profissional no meio público Hospitalar. Na entrevista vamos conhecer melhor um pouco de cada experiência deste incrível e guerreiro homem em sua trajetória de vida.


 

1-      Quando começou seu nome artístico Paulo Nahal de batismo?

 

 Na verdade Paulo Nahal é parte do meu nome de batismo. Ainda quando criança, na época em que estudava, nas minhas turmas havia sempre mais de um aluno com o nome Paulo, por ser muito comum e como Nahal é de origem libanesa e não é um sobrenome comum, minhas professoras me identificavam como Paulo Nahal, o que acabou tornando-se habitual no meio de minhas amizades e quando consegui o meu Registro Profissional pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT), decidi optar oficialmente por Paulo Nahal como nome artístico.

 

2-      Como é para você trabalhar em um Hospital público e chegar em casa cuidar dos pets gatos), poder morar com a mãe com idade de 94 anos? Sua vida no lazer com amigos...o que significa esta rotina pra ti?

 

 Minha rotina diária começa às 04:00h da manhã, quando acordo e vou rumo ao hospital onde trabalho e muito de segunda a sexta, porque sou diarista e não plantonista. Quando retorno, dedico parte do meu tempo a minha mãe, que hoje está com 94 anos. Apesar de ter uma boa saúde dentro dos limites de sua idade, dependente muito de meus cuidados. Esclareço que não moramos juntos, mas sim próximos. Ao chegar em minha casa, preciso dar atenção aos meus pets amados, o Sol e a Lua, um casal de felinos, que são amados como filhos. Eles necessitam de atenção para brincar e desfrutam de minha cia como se não houvesse o amanhã. Confesso que gosto bastante desse grude. Meu lazer de segunda a sexta fica muito restrito, exceto em raras exceções porque acumulo também rotinas diárias de um dono de casa, mas ... entre uma função e outra, tem que sobrar um tempo para estar ou até mesmo responder os meus amigos seja por telefone ou em redes sociais. Na verdade tenho uma rotina bastante agitada e cansativa, mas é compensadora, sou feliz assim.

 


3-      Quando teve interesse pela música na adolescência, começou a tocar violão e até chegou a compor música... participando com a orquestra da Rede Globo... Explique este ciclo de sua vida, por favor.

 

 Aos 12 anos comecei a estudar violão, o que sempre foi uma grande paixão e cheguei a compor algumas músicas. Aos 17 anos, tomei conhecimento de um grande festival de música, denominado FEMCAI, com inscrições abertas para novos talentos, onde os finalistas teriam suas composições regidas pelo maestro Dulcídio Gavião e orquestra, ambos da Rede Globo. Para as centenas de músicas inscritas, apenas 15 participariam da grande final e duas de minhas composições ficaram selecionadas entre as finalistas. Liberdade para os Passarinhos me rendeu o quarto lugar e Relembrando Elis, o segundo lugar que foi consagrada pela plateia como a grande campeã. No ano seguinte fui convidado para uma participação especial apresentando minha música durante a contagem de pontos dos novos participantes. Esse ciclo precisou ser pausado com a minha convocação para prestar o serviço militar.


                          

4-      No tempo de alistamento militar, você costumava sair em algumas boates em horário livre, na qual, teve oportunidade de tocar em algum show a convite da dona da boate? E acabou sendo contratado. Fale desta experiência.

 

 Nos finais de semana, quando não estava de serviço, frequentei bastante uma boate que ficava localizada no bairro da Tijuca onde existia um terraço muito aconchegante. Não me recordo como, mas um dia surgiu um violão e nesse terraço com alguns amigos, comecei a tocar enquanto todos cantavam e se divertiam e isso acabou tornando-se rotina. Até que um dia, a proprietária da boate convidou-me para fazer um show no palco localizado no andar térreo e a partir desse dia, passei a fazer parte do elenco da casa. Não fui oficialmente contratado, mas rolava um bom cachê depois de cada apresentação e tinha liberdade para levar meus amigos sem que pagassem a entrada.

 


5-      Foi coroado em concurso como: Garoto Gaivota, Garoto Boêmio, Garoto Batom Vermelho, Garoto Cá entre Nós, Gato OK e Garoto de Ipanema? De onde surgiu esta ideia de Garotos?

 

A ideia surgiu dos organizadores de cada boate e apesar da veia artística aflorada, sempre fui um ser relativamente tímido. No primeiro concurso que participei o de Garoto Gaivota (em uma boate localizada na Barra da Tijuca), minha inscrição não foi feita por mim e sim por alguns amigos sem que eu soubesse. No dia do evento, uma forte chuva inundou o Rio de Janeiro e quase ninguém conseguiu chegar ao local e por conta da chuva, transferiram para o sábado seguinte e por timidez, cheguei a solicitar que meu nome fosse retirado do concurso. Sem ser atendido, acabei concorrendo e fui o vencedor. A partir dali, minha autoestima aumentou e acabei participando de alguns outros concursos, que me renderam os títulos mencionados acima.


                 

6-      Você foi convidado em participar em várias peças de teatro comediante e inclusive foi descoberto como apresentador... o que isto significa pra ti?

 

Após um desses concursos que participei, fazia parte do corpo de jurados a grande comediante Marlene Casanova, que me fez um convite para uma participação especial em uma peça de teatro onde ela era a grande estrela. Após o término dessa peça, fui sendo convidado para outras, o que me deu uma grande bagagem dentro do cenário teatral. Nessa mesma época, eu participava de um grupo fechado de amigos, onde nos reuníamos uma vez ao mês e cada um contribuía com uma mensalidade irrisória e no final do ano nos rendia uma grande festa com direito a convidados especiais. Neste evento, acontecia uma entrega de troféus, com categorias engraçadas, como o mais galinha, o mais sem noção e outras categorias nesse sentido, e eu era o apresentador deste pequeno evento que acontecia em uma casa de festas. Em uma dessas festas, alguém convidou um dos maiores produtores de shows que já conheci. Estou falando de Orlando Almeida, o qual infelizmente nos deixou no ano passado. E ali, em 1992, surgiu o convite para apresentar uma edição do Miss Rio de Janeiro Gay, que seria o terceiro ano oficial do concurso e que acontecia na antiga quadra do GRES Estácio de Sá.

    

                                            

7-      Ao longo de 8 anos você teve oportunidade de trabalhar na quadra da Escola de Samba Estácio de Sá. Teve alguma participação de alguma atriz como passista na época e quem eram estas atrizes entrevistadas?

 

Na verdade é um concurso de luxo, elegância, beleza, passarela e muito glamour e não um concurso de entrevistas, onde acabei ficando por oito anos consecutivos como apresentador mas não apenas na quadra da Estácio de Sá. Esse mesmo concurso esteve também na quadra do GRES Mangueira, GRES São Clemente e GRES Unidos da Tijuca. Ao meu lado, tive a honra de ter grandes estrelas como a rainha da Lapa Meime dos Brilhos e a internacional Nany People como apresentadoras, entre outras personalidades. Atrizes, atores e grandes profissionais de outras áreas eu tive a oportunidade de apresentar, como a eterna Miss Brasil Marta Rocha, a Miss Brasil que chegou ao topo como Miss Universo Ieda Maria Vargas, a Miss Brasil Márcia Gabrielle, a qual me convidou para apresentar o lançamento de sua Meson MG Brasil que aconteceu no Caesar Park em São Conrado, Cláudia Raia, Miguel Falabella, Leonardo Vieira, Susana Vieira, Milton Cunha, Monique Evans, o carnavalesco Max Lopes que nos tornamos grandes amigos e tantas outras celebridades, que eu ficaria horas mencionando sem conseguir lembrar de todos e todas.

 

                                 

8-      Teve um trabalho muito importante, apresentando algumas Miss brasileiras e até de outros países... conte como foi estas mulheres e o que via nelas?

 

 Apresentei durante quatro anos consecutivos o Concurso de Miss Angola Brasil, que seria apenas para mulheres angolanas, que residiam no Brasil. A vencedora iria participar do Miss Angola rumo ao Miss Universo, com todas as despesas pagas. Na primeira edição estive apresentando ao lado da Miss Brasil Deise Nunes e nos demais anos, apresentei sozinho o concurso. Neste período, estive com a deslumbrante Leila Lopes, que representou muito bem o seu país Angola, chegando ao título máximo de Miss Universo em 2011. Em cada candidata eu via o sabor da vitória estampado em seus rostos, mas infelizmente apenas uma poderia levar a coroa e o tão cobiçado título.

 


9-      Você recebeu algumas homenagens, dentro delas até recebeu Troféus como melhor apresentador. Fale destas conquistas?

 

 Desde o início de minha carreira recebi algumas homenagens e alguns troféus, placas e medalhas que guardo com muito orgulho e que na verdade perdi as contas de quantos são. E depois de tantos anos na batalha, 2024 foi um ano de muitas emoções. Recebi uma grande homenagem com uma placa de Moção de Honra pela relevância e importância de minha história como apresentador em uma das maiores premiações que acontece aqui no Rio de Janeiro. Eu estou falando do troféu Lívia de Martinelly, a quem reverencio sempre e neste dia tive a honra de ser anunciado por um grande apresentador, que sempre me cita como sua grande inspiração, eu falo de Jeyco Ferraz, um grande talento. Em Juiz de Fora – MG, fui lembrado através do troféu M. Marques aos melhores de 2024 na categoria apresentador. Recentemente, já em 2025, mas em referência ao ano de 2024, no teatro Gonzaguinha, fui homenageado com o Troféu Aceite ou me Respeite, também na categoria de apresentador e que me deixou com as pernas trêmulas, uma vez que fui convidado para apresentar a entrega de troféus e para minha surpresa, em uma das categorias estava eu sendo homenageado por esse ícone que chama-se Tbengston Martins a quem nesse momento aproveito mais uma vez para agradecer pelo reconhecimento ao meu trabalho.

   

 

10-   Agora neste ano de 2025 os trabalhos continuam e se puder contar algum projeto para ficarmos por dentro.

 

Com certeza os trabalhos continuam em 2025 e em muito breve estarei envolvido em um grande evento com uma grande produção que será lembrado por toda a sua história, mas infelizmente ainda não estou autorizado a revelar que evento é esse e muito menos o local que ele será realizado. Ressalto que acontecerá no segundo trimestre de 2025. Aguardem...


 

11-   Como chegou ao palco do tão cobiçado Miss Brasil Gay, obtendo a marca de 10 edições como apresentador? Cite algumas das grandes personalidades que por lá você apresentou.

 

Foi um convite muito especial do próprio idealizador do Concurso, o querido Chiquinho Mota, em 2002. Durante alguns anos ele tentou me levar, mas como eu já apresentava o Miss Rio de Janeiro, foi de sua preferência aguardar para que eu estivesse apenas no Miss Brasil, uma vez que a candidata eleita pelo Rio estaria lá participando e representando o estado. No primeiro ano que lá estive, em 2002, fui muito bem recebido e aceito pelo público, fato este que me fez retornar em 2003, 2004, 2005, 2006, 2009, 2010, 2011, 2013 e 2022 e tive apresentadoras de grandes nomes ao meu lado, mas antes já estive fazendo parte do corpo de jurados oficiais em 1995 se não me falha a memória. Neste grande evento, tive a honra de apresentar o saudoso e polêmico Clodovil Hernandes, Luiza Brunet, Ísis de Oliveira, a deslumbrante Elke Maravilha, Cajurú, Viviane Araújo, Adriane Galisteu e ressalto que em 2022 foi marcado por conta de um grande show ao vivo de Glória Groove, o Lady Lest.



 

João Paulo Penido


                                                    

Comments


©2024 Revista do Villa    -    Direitos Reservados

Política de Privacidade

bottom of page