Entrevista: Paulo Henrique Bergqvist (Advogado)

Entrevista com o super advogado Paulo Henrique Barros Bergqvist, Sócio do escritório Bergqvist & Alvarez Advogados

Introdução:

Com mais de três décadas de dedicação à advocacia empresarial, Paulo Henrique Barros Bergqvist construiu uma carreira pautada pela excelência técnica, pela ética e pela busca incessante da melhor solução para seus clientes. À frente do Bergqvist & Alvarez Advogados, sediado no centro do Rio de Janeiro, ele compartilha um pouco de sua trajetória, seus valores e sua visão sobre os principais desafios e transformações do Direito na atualidade.

O competente advogado Paulo Bergqvist em seu escritório

1- Gostaria de saber um pouco sobre sua trajetória pessoal. O que inspirou sua escolha pelo Direito, vocação natural? A decisão de seguir essa carreira foi influenciada por algum membro da sua família ou, ao contrário, foi uma busca pessoal por um caminho que refletisse suas próprias convicções?

Minha trajetória na advocacia é construída ao longo de mais de três décadas de atuação no contencioso empresarial, sempre buscando a excelência técnica, a eficiência na solução de conflitos e, sobretudo, a lealdade e o entendimento profundo das necessidades dos clientes. A escolha pelo Direito foi, sem dúvida, uma vocação pessoal — mas também sofreu uma forte influência familiar. Meu avô, Benedicto de Azevedo Barros, foi um grande advogado aqui no Rio de Janeiro, uma referência de integridade, de seriedade e de compromisso com a advocacia e com os clientes. Desde cedo, seus ensinamentos e seu exemplo me mostraram o verdadeiro caminho da profissão: atuar com lealdade, ética e dedicação absoluta a quem confia no nosso trabalho.

Hoje, o Bergqvist & Alvarez Advogados, sediado na Rua do Mercado, nº 17, no Centro do Rio de Janeiro, é a continuidade desse compromisso. Nosso escritório conta com uma equipe multidisciplinar de excelência, atuando de forma muito forte e integrada nas áreas cível, comercial, tributária e trabalhista. Seguimos fiéis à missão de prestar um serviço jurídico técnico, ágil e eficiente, sempre alinhado à ética profissional e ao objetivo de buscar a melhor solução para nossos clientes.

2-No contencioso civil, sabemos que o excesso de processos e a morosidade judicial são desafios diários. Na sua experiência prática, que estratégias você tem adotado para tornar o processo menos desgastante para o cliente?

A morosidade do Judiciário é um desafio que enfrentamos diariamente, mas que não pode ser desculpa para a perda de eficiência na atuação. Sempre procurei minimizar esse desgaste com uma comunicação muito transparente e contínua com o cliente, explicando cada etapa, cada prazo e cada cenário possível. Mais do que informar, é preciso antecipar riscos, propor alternativas — inclusive extrajudiciais — e atuar de maneira estratégica para acelerar a resolução de conflitos. Em cada processo, o compromisso é claro: buscar soluções rápidas e seguras, sem abrir mão da qualidade técnica e da lealdade ao cliente.

3-Em tempos de inteligência artificial, quais aspectos do Direito acredita que jamais poderão ser substituídos por máquinas?

A tecnologia é uma ferramenta que pode — e deve — ser utilizada para aprimorar a advocacia, mas jamais substituirá o essencial: o olhar humano, a capacidade de interpretação, a sensibilidade para entender as nuances de cada caso e a habilidade de construir soluções criativas e personalizadas. O Direito é feito de pessoas, valores e escolhas éticas. Por isso, aspectos como a estratégia processual, a condução de negociações complexas e a defesa genuína dos interesses dos clientes continuarão sempre dependendo da atuação humana, pautada pela experiência, pela ética e pelo senso de justiça.

Dr Paulo Henrique em seu luxuoso local de trabalho

4- No tributário, muitos falam da insegurança jurídica como um dos maiores problemas para o ambiente de negócios. Pela sua prática, como enxerga a reforma fiscal que tanto o Congresso quer aprovar, e quais sinais de alerta apontaria?

A insegurança jurídica é, sem dúvida, um dos maiores entraves ao desenvolvimento econômico do país. Embora a reforma tributária seja necessária para simplificar e modernizar o sistema, ela traz sinais de alerta importantes: o risco de aumento disfarçado da carga tributária, a criação de novos conflitos interpretativos e o longo período de transição, que pode gerar ainda mais litígios. Na minha visão prática, uma boa reforma deve priorizar a segurança jurídica, a previsibilidade e a justiça fiscal — e não criar novos focos de incerteza. O país precisa de um sistema tributário claro, objetivo e estável para fomentar o crescimento econômico de forma sustentável.

5-Gerenciar o relacionamento com o cliente é tão importante quanto vencer uma ação. No contencioso tributário e civil, como você equilibra a necessidade de ser realista com o cliente e, ao mesmo tempo, manter a confiança dele no andamento do processo?

A confiança do cliente é conquistada, antes de tudo, com a verdade. Desde o início de cada trabalho, adoto uma postura de absoluta transparência, apresentando com clareza as chances, os riscos e os caminhos possíveis. Ser realista não significa ser pessimista — significa respeitar a inteligência do cliente e prepará-lo para todos os cenários, bons e ruins. A confiança se mantém pela atuação diligente, pela atenção contínua às necessidades do cliente e, principalmente, pelo comprometimento em buscar o melhor resultado possível com lealdade e competência.

6- Aproximando-se do fim, uma curiosidade mais pessoal: olhando para trás, existe algum caso — civil ou tributário — que marcou sua carreira de forma especial, seja pelo desafio jurídico, pela estratégia montada ou pelo impacto na vida do cliente?

Ao longo desses mais de trinta anos de advocacia, diversos casos marcaram minha trajetória. Sempre acreditei que o mais importante é a qualidade do atendimento e a efetiva satisfação do cliente, independentemente da dimensão da causa. Mas há um caso especial que merece destaque: a atuação em favor de um grande fundo de pensão em uma complexa questão tributária, na qual obtivemos uma decisão final favorável no âmbito dos tribunais superiores. Essa decisão representou um precedente relevante, que contribuiu para fortalecer a segurança jurídica não apenas para o cliente atendido, mas também para outros fundos de pensão em todo o país. Casos como esse reforçam a importância de uma atuação técnica, estratégica e comprometida com resultados sólidos e sustentáveis.

7-Para encerrarmos, se pudesse enviar uma única mensagem aos estudantes de Direito que estão ingressando agora na carreira, qual conselho daria para que construam uma trajetória promissora, ética e satisfatória?

O maior conselho que posso dar é: respeitem o tempo da construção. Uma carreira sólida e respeitada não se faz da noite para o dia. Estudem com profundidade, ajam com ética inegociável, sejam leais aos seus clientes e mantenham a humildade de aprender continuamente. A advocacia é uma profissão que exige paixão, coragem e resiliência. Sejam advogados que honrem a palavra empenhada, que valorizem a excelência técnica e que coloquem o interesse do cliente no centro da sua atuação. Com trabalho sério e integridade, o reconhecimento virá naturalmente.

Fechamento:

Em um cenário de constantes mudanças, Paulo Henrique Barros Bergqvist reafirma o valor atemporal da advocacia construída com ética, competência e lealdade ao cliente. À frente do Bergqvist & Alvarez Advogados, sua trajetória é exemplo de que a excelência não se improvisa — é resultado de décadas de dedicação à busca pela justiça e pela solução efetiva dos conflitos, sempre com integridade e respeito à confiança depositada em seu trabalho.

Pronto para agir no trabalho com toda elegância

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Chico Vartulli