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CCILB: tarifas dos EUA com foco no Brasil “pressionam” por avanço nas negociações entre Mercosul e UE

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Foto: Otacílio Soares da Silva Filho, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira (CCILB)/Agência Incomparáveis


A recente adoção de tarifas comerciais pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros, de 50%, pode funcionar como catalisador para uma reaproximação “urgente” entre o Mercosul e a União Europeia. Quem o defende é Otacílio Soares da Silva Filho, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira (CCILB), que vê neste cenário uma “oportunidade estratégica” para acelerar o entendimento entre os dois blocos e dar novas oportunidades e cenários comerciais para o mercado brasileiro.


Otacílio Soares analisa os efeitos da nova vaga de protecionismo global e da chamada “desglobalização”, um processo em curso que tem levado grandes potências a reverem cadeias de fornecimento, adotarem políticas comerciais mais restritivas e reforçarem o controlo sobre setores económicos estratégicos.


“Para o Brasil, um país de grande produção de alimentos, energia e minerais, o caminho lógico a seguir será uma relação mais estreita com a União Europeia, para ganhar escala, competitividade e diversificação da economia”, defendeu este responsável, que destacou o potencial da parceria intercontinental. A proposta de acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul, que continua por ratificar após décadas de negociações, surge como instrumento central para “reequilibrar as relações económicas internacionais e fortalecer a cooperação Sul-Norte”.


Otacílio Soares sublinha que a complementaridade entre Brasil e Europa é “evidente”, sobretudo num contexto em que o continente europeu procura novas fontes de matérias-primas, energia e mercados para inovação sustentável. Para Otacílio, a entrada em vigor do acordo UE-Mercosul poderia servir como “âncora regulatória e institucional, promovendo investimentos bilaterais, emprego qualificado e avanços tecnológicos em ambos os blocos”.


Combinados, Mercosul e União Europeia representariam um mercado de mais de 700 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto próximo dos 22 mil milhões de dólares. Para o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, este potencial deve ser aproveitado com “pragmatismo, superando resistências políticas e barreiras internas”.


A adoção de novas tarifas pelos Estados Unidos, segundo Otacílio Soares, torna ainda “mais urgente” a construção de “pontes comerciais sólidas e confiáveis entre os blocos euro-latino-americanos”.


“Nunca foi tão necessário pensar grande, agir com visão de longo prazo e transformar desafios em oportunidades concretas”, afirmou este empresário, que aponta a “convergência, e não o isolamento, como resposta à incerteza global”.


“A cooperação entre o Mercosul e a União Europeia pode marcar a diferença diante de um cenário de fragmentação económica e um novo ciclo de crescimento partilhado”, finalizou Otacílio Soares.


Ígor Lopes

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