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Revista do Villa

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Convidamos você a se juntar a nós nesta jornada, acompanhando as novidades e publicações

em forma de matérias, entrevistas e artigos realizados pela equipe de colunista.

Resultados encontrados para ""

  • Destinos mais luxuosos pelo mundo afora

    Os destinos mais luxuosos do mundo são conhecidos por sua exclusividade, hotéis sofisticados, gastronomia de alto nível e experiências personalizadas. Aqui estão alguns dos mais icônicos: 1. Maldivas – Paraíso dos Resorts Privativos • Bangalôs sobre a água, praias de areia branca e serviço personalizado. • Resorts como Soneva Jani, Cheval Blanc Randheli e One&Only Reethi Rah oferecem experiências ultraexclusivas. 2. Dubai, Emirados Árabes – Oásis da Extravagância • Hotéis icônicos como Burj Al Arab, Atlantis The Royal e One&Only The Palm. • Ilhas artificiais, lojas de grife e passeios de iate no Golfo Pérsico. 3. Santorini, Grécia – Romance e Exclusividade • Resorts com vista para o mar Egeu, como Canaves Oia, Katikies e Grace Hotel Santorini. • Pôr do sol inesquecível e vinhos gregos sofisticados. 4. St. Barts, Caribe – Refúgio de Bilionários • Hotéis de luxo como Eden Rock, Cheval Blanc e Le Toiny. • Praias paradisíacas, festas privadas e restaurantes estrelados. 5. Courchevel, França – O Ski Resort Mais Exclusivo • Parte dos Alpes Franceses, conhecido pelo luxo e privacidade. • Hotéis 5 estrelas como Cheval Blanc Courchevel e Les Airelles. 6. Kyoto, Japão – Tradição e Luxo Oriental • Hotéis boutique sofisticados como Aman Kyoto e The Ritz-Carlton Kyoto. • Experiências gastronômicas com chefs Michelin e rituais japoneses autênticos. 7. Costa Amalfitana, Itália – Charme Mediterrâneo • Hotéis icônicos como Le Sirenuse e Belmond Hotel Caruso. • Passeios de iate por Capri, Positano e Ravello. 8. Seychelles – Paraíso Tropical Exclusivo • Ilhas privativas como North Island e Six Senses Zil Pasyon. • Praias isoladas e serviço ultra-personalizado. 9. Aspen, EUA – Luxo nas Montanhas Nevadas • Hotéis sofisticados como The Little Nell e St. Regis Aspen Resort. • Destino de ski preferido por milionários e celebridades. 10. Serengeti, Tanzânia – Safári com Conforto Máximo • Experiências de safári em lodges como Singita Grumeti e Four Seasons Safari Lodge. • Passeios de balão e jantares privativos na savana. Esses destinos oferecem o que há de mais luxuoso no turismo mundial, com experiências inesquecíveis. Viviane Fernandes

  • Eric Herrero: Tenor e radialista

    O próximo dia 11 de fevereiro traz uma grande novidade: a estreia de Eric Herrero, reconhecido artista lírico e gestor, como radialista. É isso mesmo! "Momento Clássico, com Eric Herrero", programa que ocupará o início das noites de terças-feiras da nova Rádio Tropical Web Brasil promete ser uma ótima opção para a música de concerto, a Ópera e o Ballet, com curiosidades, agenda cultural e entrevistas com artistas, gestores, políticos e personalidades que produzem e movimentam a cultura do país. Para Herrero, o programa é um presente: há um bom tempo tempo pensado em ter um programa que traga música e informação relacionada ao setor, dando espaço aos meus colegas que atuam, produzem e dirigem. Essa estreia dias depois do meu aniversário, com certeza é um presente! A Rádio Tropical Web Brasil acaba de nascer, e está estreando programas variados, desde samba, passando por prestação de serviço até faixa de horário dedicada à música clássica, com oportunidade de participação direta dos ouvintes, via WhatsApp. Uma boa opção para as noites de terça-feira vem chegando, portanto. Serviço : Momento Clássico, com Eric Herrero Sua conexão com a Cultura Todas as terças-feiras, das 19hs às 20h Radio Tropical Web Brasil www.radiotropicalwebbrasil.com.br (Há opção também de app para Android e IOS) Revista do Villa | Eric Herrero

  • Quatroloscinco faz curta temporada do espetáculo FAUNA no Sesc Copacabana

    Após percorrer 21 estados, grupo mineiro chega ao Rio com uma “peça-conversa” que se inspira na obra O circuito dos afetos, de Vladimir Safatle, propondo uma experiência de cocriação com o público.  O grupo Quatroloscinco – Teatro do Comum, de Belo Horizonte, apresenta pela primeira vez ao público carioca o espetáculo Fauna , sexto trabalho do repertório da companhia, que acumula 17 anos de trajetória. A curta temporada acontece de 13 a 23 de fevereiro, na Sala Multiuso do Sesc Copacabana, com sessões de quinta a domingo, sempre às 19h.   Nesta montagem, estreada em 2016, Ítalo Laureano e Rejane Faria assinam a direção, enquanto Marcos Coletta e Assis Benevenuto dividem a dramaturgia e a atuação. Proposta como uma "peça-conversa", Fauna  subverte a estrutura teatral tradicional, dissolvendo os limites entre palco e plateia. Sem seguir uma narrativa linear e a ideia de personagens, a obra constrói uma série de situações que integram o público à cena, promovendo um diálogo cênico que estimula reflexão e interação.   “Em Fauna, temos uma dramaturgia fixa a ser seguida, que se apresenta ao público de um modo poroso e aberto à cocriação, e é nessa relação convivial que estabelecemos com os espectadores a dinâmica da peça-conversa”, destaca Assis.   Inspirado no livro O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e fim do indivíduo , do filósofo Vladimir Safatle, o espetáculo aborda temas como violência, desejo, liberdade, intimidade, solidão e desamparo. A peça explora o corpo como instrumento político e social, conectando indivíduo e coletivo para refletir sobre convivência, encontros e a capacidade de transformação. Também são levantadas questões sobre a consciência da extinção da espécie humana e o impacto de nossas marcas no planeta. Em uma das passagens, Marcos compartilha sua experiência nos campos de concentração nazistas de Auschwitz, onde ele visitou galpões turísticos que armazenam cabelos, brinquedos, próteses, pequenos objetos pessoais e sapatos dos mortos. A partir dessa reflexão, ele provoca o público com a seguinte questão: “o campo de concentração fala do que a gente é e pode vir a ser a qualquer momento”.   “Indagar sobre os afetos dominantes que limitam a sociedade e a política atuais são chaves importantes apontadas por Safatle, e para nosso teatro também. Nossa sociedade está cada vez mais individualizada, apesar de hiper conectada. Como retomar o sentido de comunidade, ainda que temporária, como é o caso do teatro?” , finaliza.     Fauna integrou o Sesc Palco Giratório em 2018, o maior projeto de circulação teatral do país, e já passou por mais de 40 cidades em 21 estados, sendo apresentado em diversos festivais nacionais e internacionais.   Sinopse:   "Ei, você me conhece? Posso me aproximar? Eu sou só um animal vivo." Nesta peça-conversa, dois atores convidam o público a explorar a dimensão política dos afetos. Jogam com expectativas criadas a partir de elementos simples, como a profissão de alguém ou o tipo de sapato que usa, questionando assim as imagens que formam as identidades individuais e coletivas. Os espectadores são convidados a participar em uma relação convivial, numa dramaturgia aberta ao diálogo a cada apresentação.     Sobre o grupo:   Fundado em 2007 e integrado pelos artistas Assis Benevenuto, Ítalo Laureano, Marcos Coletta e Rejane Faria, o Grupo Quatroloscinco mantém trabalho continuado de pesquisa e prática teatral baseado na criação coletiva e autoral sob uma estética contemporânea. O grupo busca uma cena centrada no jogo entre os atores, na relação com o texto e no encontro com o espectador. Surgido como um coletivo de pesquisa de alunos de Teatro da UFMG, o Quatroloscinco se profissionalizou e se tornou um dos mais destacados nomes do teatro mineiro, conquistando prêmios, circulando em dezenas de festivais e realizando ações em 88 cidades de 21 estados do país, além de Cuba, Uruguai e Argentina. Criou as peças Velocidade  (2025) Luz e Neblina (2024), Apossinarmológuissi (2023), Tragédia (2019), Fauna  (2016), Ignorância (2015), Humor  (2014), Get Out! (2013), Outro Lado  (2011) e É só uma formalidade (2009), além de um filme documentário e seis livros lançados com a dramaturgia de seus espetáculos.     Sobre os artistas   Assis Benevenuto – Atuação e dramaturgia   Doutor e mestre em Estudos Literários pela Faculdade de Letras da UFMG. Graduado em Letras pela UFMG. Ator formado pelo Centro de Formação Artística do Palácio das Artes. Realizou estudos em Dramaturgia na Universidad Nacional de Las Artes (Buenos Aires, 2017). Trabalha como ator, diretor, dramaturgo, improvisador, poeta e pesquisador. Cocriador e coordenador editorial da Editora Javali, especializada em livros de teatro e cinema. Integrante do Grupo Quatroloscinco desde 2009. Integrou o Grupo Espanca! como ator e dramaturgo convidado (2009-2018). Escreveu e dirigiu espetáculos para diversos coletivos teatrais de Belo Horizonte. Coordenou o Ateliê de Dramaturgia/BH e o Núcleo de Pesquisa em Dramaturgia do Galpão Cine Horto (2013-2015). Traduziu as peças Litoral, de Wajdi Mouawad; Escola, de Guillermo Calderón; Ñuke, de David Arancibia; Adiós Rohejata, de Natalia Santos; Máta-me, por favor, de Eduardo Calla. Foi um dos curadores do Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte/FIT-BH, em 2024.   Marcos Coletta – Atuação e dramaturgia    Doutor em Artes da Cena e Mestre em Artes, ambos pela EBA/UFMG. Graduado em Licenciatura em Teatro pela UFMG e formado pelo Curso Técnico de Formação de Atores do Teatro Universitário da UFMG. Desenvolve trabalhos como ator, diretor, dramaturgo e pesquisador. Cofundador do Grupo Quatroloscinco. Integrou o Mayombe Grupo de Teatro, a Uma Companhia de Improvisação e foi ator convidado da Cia Drástica de Artes Cênicas. É autor de textos teatrais para outros grupos e coletivos mineiros como Os Conectores, Plataforma Beijo, Grupo Trama, Cefart/Palácio das Artes, Conexão Galpão e Cia. Luna Lunera. Possui 7 textos teatrais e um livro de poesia publicados. Realizou workshops e orientações de dramaturgia para espetáculos de formatura do Cefart e do Teatro Universitário da UFMG. Integra a equipe do Centro Cultural Galpão Cine Horto, onde coordena o Centro de Pesquisa e Memória do Teatro. É membro do conselho editorial da Editora Javali. Foi coordenador pedagógico do Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte/FIT-BH, em 2024. Ítalo Laureano – Direção   Ator formado pelo Curso Técnico de Formação de Atores do Teatro Universitário da UFMG e graduado em Licenciatura em Teatro pela UFMG. Desenvolve trabalhos como ator, diretor e produtor cultural. Cofundador do Grupo Quatroloscinco. Foi ator convidado da Cia Drástica de Artes Cênicas. Trabalhou como produtor cultural na Agentz Produções e em importantes festivais como Festival Mundial de Circo, FIMPRO - Festival Internacional de Improvisação, Festival de Performance de BH e FIT-BH - Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte. Lecionou no Curso de Produção Cultural do Senac Minas em 2017. No audiovisual, atuou em séries, telenovelas, curtas e médias-metragens, tais como "Bom Sucesso" (Rede Globo, 2019); "Espelho da Vida" (Rede Globo, 2018); "No coração do mundo" (Filmes de Plástico, 2019); "Santino e o Bilhete Premiado" (Globo Filmes, 2016) e "Azul Celeste" (Dromedário Filmes, 2022). Rejane Faria – Direção    Atriz, diretora e professora de teatro graduada pela UFMG; formada também no curso de Artes Cênicas - Aperfeiçoamento do Comunicador, no UNI-BH. Cofundadora do Grupo Quatroloscinco. Dirigiu o Grupo de Teatro dos Correios de Minas Gerais, onde também foi Supervisora Sociocultural (2005-2017). Integrou a Cia. Móvel de Teatro, dirigida por Luiz Arthur e Mônica Ribeiro. No audiovisual, atuou em 22 filmes e séries, com destaque para "Temporada", de André Novais, a série "Segunda Chamada", da Rede Globo, e o longa "Marte Um", de Gabriel Martins, representante brasileiro no Oscar 2023 e vencedor de 4 prêmios no Festival de Gramado. Recebeu os prêmios: Sinparc de Melhor Atriz Coadjuvante, 2010; Melhor Atriz no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão, 2016; dois prêmios Sinparc de Melhor Atriz, 2017 e 2020; Melhor Atriz no Festival CineTamoio, 2020; e Menção Honrosa de Melhor Atriz no GIMFA - Gralha International Monthly Film Awards, 2020.   Ficha Técnica: Direção:  Ítalo Laureano Assistência de direção: Rejane Faria Dramaturgia e atuação : Assis Benevenuto e Marcos Coletta Orientação Vocal:  Ana Hadad Orientação Corporal: Rosa Antuña Provocação Criativa: Alexandre Dal Farra Cenografia:  Ed Andrade Figurino:  O grupo Criação de luz : Rodrigo Marçal Operação de luz:  Marina Arthuzzi Trilha sonora : Barulhista Produção local: Amanda Dias Leite Assessoria de imprensa: Lyvia Rodrigues | Aquela Que Divulga Produção:  Grupo Quatroloscinco - Teatro do Comum Realização: Sesc RJ     Serviço   FAUNA   Data:  13 a 23 de fevereiro de 2025 Dias da semana: Quinta a domingo Horário:  19h Local:  Sala Multiuso do Sesc Copacabana Ingressos:  R$ 8 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira) Endereço:  Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ Informações:  (21) 31805226 Bilheteria -  Horário de funcionamento: Terça a sexta - de 9h às 20h; Sábados, domingos e feriados - das 14h às 20h. Classificação indicativa : 18 anos Duração:  80 min Mais informações: www.quatroloscinco.comwww.sescrio.org.br/unidades/sesc-copacabana/     Alex Varela

  • Entrevista: Dra. Sumaya Neves (renomada dermatologista)

    A minha entrevistada é a renomada dermatologista Sumaya Neves.  Drª Sumaya na clínica Médica formada pela UFRJ, Pós-graduada em Dermatologia e Cosmiatria no Hospital das Clínicas de Buenos Aires. Clínica e Dermatologista, Chefe de Clínica Dermatológica do Hospital Federal dos Servidores do Estado, Preceptora de Dermato-cosmiatria da Residência Médica do HFSE-RJ. Atualmente atende na Clínica Goa Dermatologia Avançada (Barra da Tijuca, Rio de Janeiro). Médica auditora da Rede D”Or, atua em Trabalhos voluntários como Inca voluntário Dona Meca (RioInclui). Na clínica fazendo procedimento 1- O que é ser dermatóloga ? É o médico que atende as demandas de saúde da pele, cabelos e unhas. Na verdade a pele, que é o maior órgão do corpo, apresenta muitas doenças internas que são evidenciadas através da pele. E é interessante esse aspecto , porque a gente tem que aprender muito clínica médica para se especializar… e até aspectos emocionais se apresentam através da pele. Esse aspecto é interessante e me fez olhar a dermatologia como um mundo interno susceptível que se exterioriza através de pele. A dermatologia tem vários campos de atuação tanto na saúde pública com os pacientes de hanseniase  (lepra) que até hoje sofrem preconceito, como na área estética,  que seria a Dermatocosmiatria, aonde a gente vai tentar melhorar as doenças com cicatrizes  e as que incomodam os pacientes por serem inestéticas como as manchas , espinhas e sinais no corpo, perda de cabelos e micoses de modo geral. Posso citar ainda a Dermato-cirurgia, aonde atuamos em pequenos procedimentos cirúrgicos até tratamento de câncer de pele. Uma especialidade com tantos desafios é o que nos estimula, amo ser dermatologista.  2- O câncer de pele anda muito em alta, fale um pouco sobre ele. Então, muito importante tocar nesse assunto pq de uns tempos pra cá (2014) vem aumentando a incidência do câncer da pele e é um câncer que pode ser letal e as pessoas não se dão conta que existem formas de se evitar, e são mudanças de hábito fáceis de praticar. Aumentou 165% porque a população não tinha o hábito de se proteger, pelo contrário… A proteção solar, embora polêmica, é muito importante e a gente que é formador de opinião deve sempre ser um motivador (incentivador) para que se use o protetor solar na praia, piscina e inclusive na rua durante o dia a dia. Fotoproteção química e física com formulações mais adequadas aos diversos tipos de pele, além do uso de barreiras como uso de bonés, chapéus, roupas com fotoproteção, barracas... 3- Há necessidade de se reciclar constantemente? Sim, na minha área específica que é a Dermato-cosmiatria, participar de congressos e workshops porque muitos produtos químicos e injetáveis novos chegam a todo momento e são lançados no mercado. Além das novas tecnologias (como laser e ultrassom) que estão sempre evoluindo para melhorar os resultados e para otimizar os tratamentos com menor tempo fora das atividades diárias, sempre com muito critério e qualidade. 4- O que leva alguém a procurar uma dermatologista? Várias causas desde as primeiras marcas da adolescência como as espinhas, até os tratamentos estéticos propriamente como manchas, cicatrizes, rugas, queda de cabelos e ainda feridas na pele que não cicatrizam, sangram e quando vamos diagnosticar já se trata de câncer da pel. É indicado visitar um dermatologista de rotina uma vez por ano, pelo menos, para avaliação e prevenção de várias doenças principalmente o câncer da pele. Importante divulgar que a Sociedade de Dermatologia faz uma Campanha anual que é a “Dezembro Laranja”, onde  reunimos vários Serviços e Clínicas para realizar o Exame dermatológico para a população em geral, para diagnosticar o câncer de pele ou lesões pré-malignas e orientar o tratamento. 5- Como foi o período em que passou em Portugal? Portugal foi um grande aprendizado, nova cultura, novos hábitos, novas paisagens, só não foi possível assumir meu posto de médica em Saúde pública, porque começou justamente nesse período a pandemia e então as mudanças começaram a ocorrer e infelizmente tive que retornar Brasil. Foi um momento muito preocupante com tantas dificuldades e perdas, mas cá estou de volta à terra que tanto amo e também como cidadã portuguesa, terra dos meus avós com muito orgulho. 6- Quais são os grandes desafios da medicina no Brasil? O Brasil é um país continental e claro que a medicina tende a ter desafios bem regionais. A medicina no Brasil enfrenta uma série de desafios atualmente, que envolvem aspectos estruturais, financeiros, sociais e tecnológicos. Eu citaria: distribuição desigual de recursos pelas várias regiões; dificuldade de acesso  nas áreas rurais ou periféricas devido à falta de hospitais ou médicos; nosso Sistema Único de Saúde ainda sofre com insuficiência de recursos para manutenção dos serviços essenciais; carência de médicos e enfermeiros especialmente em regiões remotas. Envelhecimento populacional gerando aumento das doenças crônicas como diabetes, hipertensão e câncer com maior necessidade de unidades de saúde, avanço das doenças infecciosas sazonais, incidência preocupante de tuberculose, hanseníase e sífilis , especialmente em populações vulneráveis. 7- Como é seu trabalho como auditora? Sempre tive interesse em Gestão hospitalar e a pós-graduação em Auditoria no Sistema de Saúde me proporcionou aprendizado necessário para ampliar os conhecimentos dentro das várias áreas da medicina, que cresceu muito nos últimos tempos gerando necessidade da formatação de protocolos para otimizar as internações. Atualmente realizo auditorias na Rede D”Or. 8-  Como você se sentiu ao ser nomeada embaixadora de turismo do Rio de Janeiro Muito honrada em primeiro lugar, porque faço agora parte de um grupo seleto de formadores de opinião, oriundos de várias profissões e culturas e formas de viver o Rio de Janeiro. Essa pluralidade é que nos estimula à vencer os novos desafios para a gente engrandecer ainda mais o nosso estado e a nossa população. Sumaya Recebendo o título de Embaixadora de Turismo do RJ, com Paulo Leite Sumaya com as patronesses da Feira da Providência: Monica Clark e Tânia Carvalho Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação  Chico Vartulli

  • Correios do Brasil e de Portugal assinam protocolo que prevê ofertas a emigrantes

    Foto: Assessoria de Comunicação dos Correios Brasil e CTT Portugal. Os correios brasileiros e portugueses assinaram um acordo que prevê a ampliação da oferta aos emigrantes residentes em Portugal e no Brasil. Também foi estabelecido um “compromisso de oferecer serviços e produtos, operações e atendimento ao cliente em cada empresa nos seus mercados, abrangendo as áreas de negócio onde ambas atuam, como mensagens, encomendas, logística e tecnologia de suporte aos negócios”.   Com a assinatura do protocolo, as partes preveem “o aumento dos serviços às comunidades imigrantes, considerando a forte afinidade entre os países e a relevância da comunidade portuguesa no Brasil e da brasileira em Portugal. As duas empresas também se comprometem a avaliar potenciais investimentos conjuntos em áreas como infraestrutura, tecnologia, inovação e sustentabilidade”.   O presidente dos Correios do Brasil, Fabiano Silva dos Santos, considerou o acordo necessário entre as “nações irmãs” em “atenção especial aos residentes”. Para Santos, a “parceria renderá resultados importantes para as operações postais dos dois países, que possuem históricos laços sociais, culturais e comerciais”.   Por sua vez, o CEO dos Correios de Portugal, João Bento, disse que “os Correios do Brasil são mais uma expressão do nosso importante papel social e da proximidade dos CTT aos portugueses, estejam eles onde estiverem. A partir de agora, a comunidade portuguesa no Brasil terá acesso facilitado aos serviços dos CTT, reforçando os laços e afinidade entre os dois países”.   Ígor Lopes

  • A pequena invenção de um grande brasileiro

    Uma das figuras mais importantes da medicina e da ciência do Brasil, o médico Manoel de Abreu é uma das personalidades científicas brasileiras totalmente ignoradas atualmente. Salvou milhares de vidas e outros tantos milhares de contos de réis e cruzeiros ao “contribuinte”. Foto 1. Manoel Dias de Abreu. 1942. Foto domínio público. Autor não identificado. Acervo do Arquivo Nacional. Fundo Correio da Manhã. Manoel Dias de Abreu nasceu na rua Barão de Itapetininga, capital paulista, em 4 de janeiro de 1892. Filho do português Júlio Antunes de Abreu e da sorocabana Dona Mercedes Dias. Não foi um dos alunos mais brilhantes no curso de Medicina, mas se formou com distinção, defendendo uma tese relacionando clima com civilização. Talvez, uma variação das antigas teorias “deterministas” sobre as causas do desenvolvimento ou atraso dos povos. Foto 2. Hospital Militar do Morro do Castelo, antiga Faculdade de Medicina. Jornal A Noite 1913. Foto sem identificação. Acervo BNRJ. Após a formatura, em 1913, (em outras fontes, 1914), na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, partiu para França com a família. Retido em Lisboa pelo início da Primeira Grande Guerra, desembarcou na França em 1915. Trabalhou no  Nouvel Hôpital de la Pitié , sob orientação de Gaston Lion  e no velho hospital do Hôtel-Dieu , onde o Dr. Augustin Nicolas Gilbert  era professor de clínica médica. Foto 3. Hôtel Dieu. Paris. Sem data. Postal sem identificação. Reprodução de internet. Certa vez, viu o mestre Gilbert auscultando um paciente na enfermaria. Ao final do procedimento, o médico vaticinou que não existia afecção pulmonar. Entretanto, após exame radiológico subsequente, o especialista constatou que o enfermo tinha um quadro gravíssimo de tuberculose. Essa experiência chamou a atenção de Abreu para a importância da radiologia no diagnóstico preciso da doença, na descoberta das chamadas “lesões mudas”. Foto 4. Professor Augustin Gilbert. Cartão. Sem data e autor. Acervo National Library of Medicine. EUA. Durante a Guerra Mundial, o front consumia recursos materiais e humanos. O laboratório de radiologia tinha poucos insumos e era comandado por uma pessoa sem formação. O Dr. Gilbert convidou Abreu para assumir a direção do setor. Abreu trabalhou, em 1917, no hospital mantido pela comunidade brasileira na França, o Franco-Brésilien, sob a direção de Paulo do Rio Branco, filho do famoso barão. Foi neste estabelecimento que iniciou seus trabalhos com radiologia e daí para a fotografia do monitor (ecrã) radiológico. Com base em muito estudo, em 1918, apresentou uma comunicação à Academia de Medicina Francesa sobre a densimetria dos campos pulmonares. Foto 5. Hospital Franco Brasileiro de Paris. Sem data, sem autor. Cartão postal. Rua Vaugirard. Site researchgate.net Acabado aquele grande conflito, trabalhou no hospital Laennec , de Paris, com o fisiólogo Edward Rist,  onde adquiriu maior familiaridade com as radioscopias. Essa experiência gerou um livro, de sucesso internacional, lançado em 1921 (em outras fontes, 1920) e prefaciado por Rist,  “ Radiodiagnostique dans la Tuberculose Pleuro-Pulmonaire ”, obra pioneira sobre a interpretação radiológica das lesões pulmonares. Foto 6. Hospital Laennec. Paris. Sem data. Cartão Postal. Site geneanet.org Foto 7. Dr. Eduardo Rist. Sem data. Foto Estúdio Damrémont. Banco de Imagens Université Paris Cité Retornou ao Brasil em 1922. A tuberculose, a “peste branca", foi um dos problemas de saúde mais graves no país da primeira metade do século XX. No Rio de Janeiro, matava 5.000 pessoas por ano, na década de 1930. O preço para fazer uma chapa de raio-x era proibitivo para ser usado em larga escala. Os profissionais envolvidos eram poucos e eram submetidos a cargas repetidas. Além disso, as radiografias exigiam grandes espaços para o maquinário e outro tanto para a armazenagem dos resultados dos exames. Foto 8. Instalações de Raios X. Revista A Casa. 1936. Foto autor não identificado. Acervo BNRJ. Foto 9. Aparelho de Raios X. Revista A Casa. 1936. Foto autor não identificado. Acervo BNRJ. Entre os anos de 1935 e 1936, trabalhou nos hospitais Jesus, de Vila Isabel, onde chefiou o serviço de radiologia, e no antigo Hospital Alemão do Rio de Janeiro, da rua Barão de Itapagipe, bairro da Tijuca, onde retomou suas experiências. Anos depois, com a Segunda Guerra Mundial e a entrada do Brasil na luta ao lado dos aliados, o hospital passou a se chamar “Itapagipe” e, finalmente, em 1942, o Hospital Central da Aeronáutica. Foto 10. Hospital Jesus. 1935. Revista da Semana. Foto sem identificação. Acervo BNRJ. Foto 11. Hospital Allemão do Rio de Janeiro. Revista Excelsior. 1934. Reprodução de divulgação. Acervo BNRJ Com o auxílio de insumos mais refinados e aparelhagem moderna, Manoel de Abreu conseguiu resultados satisfatórios em suas experiências, chapas com maior nitidez. O novo aparelho era, basicamente, uma máquina fotográfica que utilizava filmes de 35 milímetros na base pequena do aparelho e o monitor na base grande, separados por uma caixa em forma de pirâmide truncada, impermeável à luz. Foto 12. O aparelho de abreugrafia. A Noite. 1937. Foto de autor desconhecido. Acervo BNRJ O novo método foi apresentado à Sociedade Brasileira de Tuberculose em julho de 1936. Foi aprovado e indicado como processo de excelência para o diagnóstico da tuberculose. No mesmo ano, Abreu enviou os desenhos do aparelho para a Siemens , na Alemanha, e para a sede da General Electric , nos EUA. Ambas as matrizes das companhias ignoraram solenemente o projeto. Foto 13. Abreu, ao centro, de pé, observa o Dr. Francisco Benedetti que examina uma chapa de abreugrafia. Jornal A Noite . 1938. Foto de autor desconhecido. Acervo BNRJ Contudo, em novembro de 1937, chegou ao Rio para uma conferência, na Academia Nacional de Medicina, o famoso radiologista alemão Dr. Hans Holfelder , da Universidade de Frankfurt. O alemão se empolgou com o invento e enviou o projeto para a matriz da companhia Siemens, na Alemanha. Conseguiu que se produzissem modelos que se espalharam pela Europa. O primeiro aparelho de abreugrafia do Brasil foi fornecido pela Casa Lohner (avenida Rio Branco, número 133), representantes da Siemens-Reiniger-Werke, de Berlim, famosa pela revenda de produtos da indústria alemã. Foto 14. Casa Lohner. 1929. Revista O Malho. Foto autor não identificado. Acervo BNRJ Foto 15. Aparelho de Roentgenfotografia alemão. 1938. Acervo site ResearchGate-Siemens-Archive Abreu creditou o sucesso internacional do seu invento à interferência do Dr. Holdelfer . Infelizmente, o doutor alemão era um antissemita, um nazista convicto e um SS-Führer empedernido. Os exames radiológicos ajudaram a selecionar os membros da fictícia “raça ariana”, da SS e da juventude hitlerista. Holfelder foi o criador das “Tropas Roentgen” que conseguiram realizar milhares de exames na Alemanha. Ele morreu em 1944, em Budapeste. Tinha muitos admiradores no Brasil, principalmente na área da medicina. Foto 16. Hans Holfelder em 1931. Acervo site ResearchGate Na rua do Resende, número 128, foi instalado o aparelho de “roentgenfotografia” (nome em homenagem ao descobridor dos raios-x, Wilhelm Konrad Von Roentgen), no ano de 1937, fornecido pela Casa Lohner , no Centro de Saúde número 3 da antiga Capital Federal. Esta unidade se tornou o primeiro centro de recenseamento torácico do país. Dali por diante, o exame podia ser feito em salas ventiladas e sob os cuidados de pessoas minimamente treinadas. Três tiras de filme da marca “Leica”, de 2,4 por 3,6 centímetros, produziram 200 exames. Para efeito comparativo, em 1937, cada mini chapa de roentgenfotografia custava módicos 150 réis. Já as antigas radiografias custavam 15 mil reis, a unidade. Foto 17. Prédio da Diretoria Geral de Saúde Pública. Rua do Resende. Revista Leitura para todos . 1914. Foto autor não identificado. Acervo BNRJ. Foto 18. Prédio da antiga Diretoria Geral de Saúde Pública, da rua do Resende. Aspecto atual. 2025. Foto do autor. O sucesso do novo exame atraiu a comunidade médica internacional para o centro de saúde da rua do Resende. Entre 1937 e 1938, o cadastro torácico universalizado se espalhou pelo Brasil, pelo continente sul-americano e pela Europa. Foi em 1939, durante o Primeiro Congresso Brasileiro de Tuberculose, que, por sugestão do presidente do evento, doutor Ary Miranda, adotaram oficialmente o nome de abreugrafia. Em 1958, o presidente Juscelino Kubitschek criou o “Dia da Abreugrafia”, comemorado em 4 de janeiro. Até sua morte, o doutor Manoel de Abreu foi uma referência em sua área, sempre ocupando cargos de chefia e supervisão em órgãos de saúde da antiga capital federal. Foto 19. Reprodução da primeira abreugrafia. 1937. Reprodução de internet Na década de 1970, já não era necessária uma grande triagem e exposição da população aos exames de abreugrafia, devido à diminuição drástica de casos. A OMS - Organização Mundial de Saúde - em 1974, recomendou o fim do uso da abreugrafia em massa. A doença passou a ser detectada pelo exame do escarro. Foto 20. Manoel de Abreu. Data e autor desconhecidos. Acervo Academina Nacional de Medicina. Reprodução de internet. Manoel de Abreu era um fumante inveterado. Confessou que, em certa altura da vida, fumava de 4 a 5 maços de cigarros por dia. Morreu, ironia do destino, de câncer de pulmão, no Rio de Janeiro, em 30 de abril de 1962. Está sepultado em São Paulo, no cemitério da Consolação. Ainda em vida, apenas vinte anos após sua pequena grande inovação, já era um completo desconhecido dos brasileiros. * Nas fotos: “BNRJ” significa Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro #abreugrafia #hospitaljesus #radiologia #tuberculose #roentgenologia #distritofederal #riodejaneiro #historiadobrasil #historia #memoria #fisiologia #vonroentgen #tísica #raiox #clínicamedica #hoteldieu #augustinnicolasgilbert #tisiologia #nazismo Flavio Santos

  • Bairros Históricos do Rio de Janeiro

    Nesta série de matérias, convido ao leitor a uma fantástica viagem aos bairros históricos da cidade maravilhosa. LAPA   O bairro localiza-se em um espaço privilegiado no centro do Rio de Janeiro entre a zona norte a zona sul, tendo como bairros vizinhos Santa Teresa e Glória. Em homenagem à Nossa Senhora da Lapa do Desterro, em 1751 o bairro foi nomeado como Lapa, antes conhecida como Areias de Espanha. A ocupação do local deu -se significativamente em 1808 após a vinda da família real. Imagem dos primórdios da Lapa - 1780 - Arquivo Nacional Imagem da Lapa - Final do século XIX - Brasiliana Fotográfica No início do século XX, a Cidade do Rio de Janeiro passou por transformações urbanísticas significativas na gestão de Pereira Passos. Na Lapa não foi diferente, inúmeros trabalhadores foram expulsos do centro e arredores a fim de demolirem os cortiços para construção de avenidas e alargamento das ruas. Além disso, o prefeito arborizou o espaço do largo e permitiu a construção do lampadário no local remetendo às influências francesas da época. Imagem do chamado, bota abaixo do Prefeito Pereira Passos - Arquivo Nacional Abertura de avenidas como Mem de Sá e Gomes Freire, alargamento da Rua Frei Caneca foram algumas das grandes reformas urbanas realizadas ainda nesta gestão. Aliás, o Largo da Lapa situado atrás dos Arcos, local atual do Circo Voador, surgiu após o aterramento da Lagoa do Boqueirão. Imagem da abertura da Avenida Mem de Sá - Arquivo Nacional Após das transformações visuais arquitetônicas que abandonavam os resquícios da colônia, a Lapa configurou uma percepção no imaginário coletivo como um dos berços do samba e da boemia. O local também foi ponto de encontro de intelectuais, políticos e artistas, sobretudo no início do século XX. Portanto, o bairro torna-se parada quase que obrigatória para visitantes pois, em conjunto com outras áreas do centro, integram um circuito de entretenimento e lazer da cidade.     O AQUEDUTO CARIOCA   Um dos maiores símbolos do Rio Antigo Preservado, o Aqueduto Carioca, começou a ser construído no governo de Antônio de Brito Freire de Menezes (1717-1719), porém concluído no governo de Aires de Saldanha de Albuquerque Coutinho Matos e Noronha (1719-1725) no ano de 1723. Imagem em perspectiva dos Arcos da Lapa no século XVIII - Arquitetura Inicialmente, a função do aqueduto era minimizar o problema de abastecimento de água na região. A ideia era transportar água do Rio Carioca (localizado no Morro do Desterro, conhecido hoje como bairro de Santa Teresa) até o Morro Santo Antônio (atual Largo da Carioca) na fonte Carioca. Dessa forma, a água seria distribuída para a população do Campo de Santo Antônio.   A partir de 1876, o aqueduto passou a ser um viaduto, portanto, a mudança do seu nome para Arcos da Lapa. O que antes a função do monumento destinava ao abastecimento, agora passou a servir de transporte público para o bonde ligando o Centro do Rio para o bairro de Santa Teresa. Imagem dos bondes dos Arcos da Lapa - MultiRio O cartão postal da Lapa e da cidade do Rio de Janeiro é composto por 42 arcos dispostos em 270 metros de extensão. Hoje, os Arcos da Lapa é uma das maiores obras arquitetônicas realizadas no Brasil Colônia no século XVIII.   A multifuncionalidade que foi de transporte de água à deslocação de gente, os Arcos também foi palco de encontro entre os sambistas e de prática coletiva do samba. “O samba caracterizado pela música cantada por solista e pelo choro, quase sempre formado por todos os participantes da roda. Sua realização ocorre idealmente em ambientes informais (terreiros, botequins e fundos de quintais)” (HERSCHMANN, 2007 p,47). Inclusive, tendo como um dos protagonistas Noel Rosa, frequentador assíduo da Lapa na época, foi considerado o “responsável de unir o samba do morro com o asfalto.”. Imagem do quotidiano da Lapa - Início do século XX - Fotos Antigas A INFLUÊNCIA DA FRANÇA NA LAPA   Com a urbanização do bairro e o crescimento da população, era difícil não perceber a influência da cultura francesa no cotidiano do carioca. Podia-se perceber sua presença desde bares até os bordeis da lapa. A começar pela língua que era aplicada dia após dia por toda a Lapa. Chamar o garçom, pedir o menu ou até mesmo a comida “a la carte”, são expressões recorrentes e passam quase que imperceptíveis ao brasileiro. Porém, no início do século XX, os viajantes de outros estados ficavam admirados com a proficiência carioca na língua francesa. Em seu livro, Isabel Lustrosa relata um conto de Aluísio Azevedo no qual é retratado, através de um diálogo entre os personagens, a presença da cultura francesa já absorvida pelos moradores do Rio de Janeiro. Imagem do Largo do Lampadário - Lapa - Início século XX - Marc Ferrez “- Garçom! - Gritou o Paiva, entrando no gabinete com um ar sem-cerimônia. La Carte! O criado disparou. - Tu falas francês? - inquiriu Amâncio, já com admiração na voz. Ora - respondeu o Paiva, levantando os ombros. - Aqui na Corte será difícil encontrar alguém que não fale francês. Pois eu ainda não sei… - disse aquele tristemente. Questão de prática! observou o outro”. (LUSTOSA, Isabel., p21).   Antes do inglês, a França possuía o título de idioma da cultura por excelência e da elegância por costume. Na época, era a língua da globalização. Muitas eram as francesas que vinham para o Rio e estas ganharam destaques por sua aura de requinte e glamour. Nos bordeis da Lapa, possuíam um espaço próprio e sabia-se de longe que eram de maior valor dentre suas concorrentes: as mulatas e as polacas. Foi a França também que influenciou Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro no início do século XX, responsável pela reforma urbana na cidade inspirado no modelo parisiense de Haussmann. Na época, conferiu à Lapa o título de “Montmartre Carioca”. Dentre seu legado, está o Passeio Público, primeira praça pública do Rio de Janeiro. Imagem do Passeio Público do RJ - IMS Fontes : Arquivo Nacional Biblioteca Nacional Brasiliana Fotográfica MultiRio André Conrado

  • Entrevista: LOBOBOY (Cantor Sertanejo)

    Nesta temporada cheia de manias, de alegrias em bailes, em bares restaurantes, espaços públicos há um grande movimento de pessoas indo atrás de diversão no campo musical para dançar, cantar e distrair na vida... buscando felicidade, através do som do violão, do batidão, do pisodeiro e também do sertanejo diferenciado! Neste meio há mais de 50 décadas muitos se unem em prol do movimentar do corpo, de se sentir no modão sertanejo! Buscando estilos de roupa, botas, chapéu e até fazendo grupo de dança raiz caipira... e hoje venho bater um papo legal com nosso querido Cantor Sertanejo “ Loboboy” que vem se destacando com catarinenses e expandindo a mundo a fora com grandes personalidades da música sertaneja! youtube.com/@cantorloboboyoficial?si=Ke80YdZ2B7dW9_1w https://www.threads.net/@cantorloboboyoficial?xmt=AQGz3B4kJG_1wgVAe-pEM8IabTLUlMG1Q-egL28cc58zZ7c   Loboboy sertanejo natural de São Paulo e que hoje mora em Balneário Camboriú Sc. O cantor conhecido com sua voz marcante, seu estilo único e sua presença de palco que chama muita atenção! O cantor se reinventou totalmente e vem para ser umas da promessa do sertanejo. O cantor falou sobre as composições do JC, Renata Ville que traz muita musicalidade do cantor, e que também promete trazer muitas novidades, personalidades e características próprias do cantor ao mercado da música, nacional e internacional. Neste projeto conta com a visão do grande gestor Johnathan Rodrigues. E que traz também a participação da talentosa cantora Venezuelana e portuguesa Gabi Cabral. Aguardem, ansiosos, para este lançamento que em breve estará disponível para todos e que também contará com documentário do cantor. E que deixar os agradecimentos a todos os apoiadores como a cachaça Moendão, Construtora e incorporadora Maresias, Rosana Kossatz, Confort Movelaria, Tico Gorinelli, Ws Personal, Dom accessori, Franca Boots, Alexandra Garcia, Calvet designer, Ciro Franca e Marlon dy faria.   1-    Onde nasceu Lucca Lima e onde passou a infância... gostava de cantar desde cedo?     Nasci em São Paulo Mogi das Cruzes e me lembro que gostava muito de passar minha infância nas férias em Paraibuna interior de São Paulo ou no litoral são as lembranças que eu tenho. Gostava de cantar desde de cedo sim, como já tocava bateria na igreja mais nunca pensando em seguir uma carreira, porque até então eu jogava Futebol e rodei muitos estados tentando, mais a música já estava me esperando mais foi muito bom o que viver no futebol e que eu hoje coloco na música e na carreira.   2-     Qual era os cantores que mais te inspirava no meio musical e qual este significado pra ti?     Eu gosto de muitos cantores, e até difícil citar um nome ou até alguns, porque a música, cada um traz sua essência. Mais eu gosto muito do Zezé de Camargo e Luciano, Daniel, Leonardo, Eduardo Costa e poderia colocar mais aqui fica difícil deixar de fora porque é muita gente que tem uma importância tão grande na música sertaneja. O que inspirava e que as músicas dessa turma e muitas outras que poderia citar traz lembranças das férias no sítio em Paraibuna, o campo fala de amor da vida simples e dos verdadeiros significados de muitas coisas   3-     Porque deu início ao apelido “LoboBoy” sendo garoto lobo?     Garoto lobo foi boa kkk mais LOBOBOY veio para mudar minha roupagem tirar o que estava machucado e trazer cura o LOBOBOY é uma mistura de uma pessoa simples do interior ou tanto como uma vida de uma pessoa que vive em uma cidade grande com suas vidas corridas e que nem sempre é fácil de viver mais temos que viver e enfrentar tudo é um nome de superação para mim.   4-     Qual idade começou a dedicar com a música sertaneja e quais mais cantava no início da sua carreira?   Eu comecei cedo na música como disse já com 4 anos já tocava bateria e comecei na igreja mais eu era ligado ao futebol como disse, rodei muito estados com o futebol. E falar de uma música quais eu cantava e algo muito relativo falar porque cada ciclo de nossas vidas é um então por isso que eu sempre falo que a música e algo incrível, ela consegue nós conectar a algo que pode torna um grande sentindo em nossas vidas. Por isso eu amo a música música!   5-    Hoje vemos muitos cantores, duplas e bandas fazendo shows em eventos: Estádios, Bares restaurantes, Praia, praça municipal de cidade do interior entre outro lugar a fora... você pretende também cantar internacionalmente?     Sim já tive algumas dessas experiências de cantar em estádio de futebol, e para muita gente por sinal duas vezes, uma vez em Biritiba mirim SP e a outra no estádio da galera em Ilhabela com o grande cantor Daniel aonde a grande Gina viera também me Fez cantar na praia com a dupla Maria Cecília e Rodolfo em Ilhabela com aquela praia lotada e o mar lindo de Ilhabela isso é algo que me marcou muito. E sobre a carreira internacional eu já venho trabalhando isso desde de 2019 começando com Portugal com a música Lobo Mau e depois tive a oportunidade de gravar uma música com o cantor Jimmy Dub da Romênia e agora esse trabalho novo também com a cantora Venezuelana e portuguesa Gabi Cabral. Então carreira internacional e um sonho sim e eu gosto muito de outras culturas como country, pop, Reggaeton e músicas árabes   6-    Quais apoio no meio artístico musical tem hoje... fale um pouco desta amizade o que significa para você neste momento, por favor?     Apoio no meio musical não é algo muito fácil de ter, não entendo as vezes, e sempre digo música não é campeonato aonde muitas vezes podemos nos unir mais, e tem gente que leva para um outro lado como se tivesse disputando uma guerra quem é melhor, quem canta melhor, quem é isso o aquilo, música e para transmitir o que o público se identifica, paz, amor, união, superação etc.. Mais graças a Deus eu tenho alguns apoio sim começando por Deus, meus fãs, meu gestor Johnathan,  JC, minha esposa Alexandra e cada patrocinador que acredita em cada projeto porque música envolve muito dinheiro e sem apoio e muito difícil fazer alguma coisa.   7-     Qual estilo de música costuma ouvir além do estilo sertanejo e o que sente quando ouve?     Eu citei algumas em algumas das perguntas, mais eu eu gosto de escutar música gospel que é o que me conecta a Deus e minha fé, música country, pop, Reggaeton e Árabe.   8-    Você já tem o seu fã clube e qual plataforma social utiliza atualmente para ter esta atratividade?     Sim tenho alguns fãs e sempre uso a plataforma do Instagram que nós conecta muito a cada fã ou pessoas que admiram o trabalho, as postagens e o que eu venho mostrando nas redes sociais e sempre compartilhando experiências.   9-  Tem o projeto “Amigos” no meio sertanejo que é a junção de muitas talentosas duplas sertanejas já conhecidas... o que acha do projeto e se acredita em de repente unir o samba/ pagode?     Olha o projeto amigos e incrível realmente é um grande espetáculo e sobre o samba e pagode porque não ter algo que uni grande nomes e fazer um projeto assim não sei se já existe mais séria muito bom porque tem grandes nomes para isso quanto o sertanejo o samba e pagode tem grande nomes para projetos assim eu super sou a favor, sempre bom ter algo assim no mercado ainda mais cantores que marcam gerações.   10-  Deixe uma mensagem motivadora para cantores que estão começando a carreira?     Nunca desistam a caminhada é muito longa, no caminho vai haver obstáculos, desertos, tempestades, mais faz parte. Nunca se esqueçam que Deus e nossa força que temos para levantar todo os dias e ir em busca do sim da benção da vitória. E tem uma frase do Michael Jordan que eu sempre digo o talento vence jogo, mas o trabalho duro em equipe ganha campeonato. Então busque ter uma boa equipe e não fique só no talento vai além do talento, estude, treine, busque conhecimento e mantenha o foco.   João Paulo Penido

  • Império Serrano: A Nobreza do Samba

    Fundado em 23 de março de 1947, o Império Serrano é uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro. Representante do bairro de Madureira, suas cores verde e branco simbolizam a força e a elegância de uma agremiação que sempre prezou pela valorização do samba de raiz. Entre os grandes nomes de sua história, destacam-se Silas de Oliveira , compositor de clássicos como Aquarela Brasileira e Os Cinco Bailes da História do Rio , além de figuras icônicas como Arlindo Cruz e Roberto Ribeiro , que ajudaram a imortalizar o samba do Império. Com desfiles marcantes, enredos memoráveis e uma comunidade apaixonada, o Império Serrano mantém viva a tradição do samba com sua essência nobre e autêntica. Fontes Delcio Marinho ChatGPT Revista do Villa | Delcio Marinho

  • Minha trajetória na moda

    Comecei minha carreira na moda desfilando pela Maria Augusta da Socila quem me levou para a Rede Manchete, e lá tive a oportunidade de trabalhar com grandes nomes. Fiz várias capas da revista Cruzeiro com Roberto Barreira. Depois, passei a trabalhar com a Nicole De La Riviere que fazia alta costura. Com Nicole, aprendi muito sobre o ofício e, juntas, tivemos um ateliê na Visconde de Caravelas, em Botafogo, por muitos anos. Criávamos roupas sofisticadas, toilettes, para diversas lojas do Rio de Janeiro. Mais tarde, segui meu próprio caminho e fundei minha marca, Ravache, dedicada ao prêt-à-porter. Participei de todos os grandes desfiles de moda do Rio de Janeiro ao lado de estilistas como Marco Rica, Jorge Henri , Luís de Freitas, Gregório Fraganello, Sônia Mureb  e tantos outros. Éramos o centro da moda carioca. Depois virei um ateliê de alta costura abri um espaço  no Fórum de Ipanema, na Rua Augusta e no Shopping Iguatemi. Passei a vender para todo o Brasil, trabalhando com tecidos nobres como linho Brás pérola seda pura e crepe. Também montei um ateliê de alta costura na esquina da Avenida Viera Souto com Joana Angélica, onde comecei a produzir roupas sob medida, especialmente para madrinhas e noivas. Minha clientela incluía figuras importantes da sociedade carioca, como Dona Neusa Brizola, Dona Dulce Figueiredo e Regina Priori. Tinha uma parceria com Glorinha Pires Rebelo e Lucília Lopes; quando a demanda era alta, dividíamos os pedidos entre nós. Também criei roupas para Vera Loyola, que foi eleita a mais bem-vestida na festa do Jockey Club promovida por Ângela  Fragoso Pires. Meu trabalho me levou a fazer desfiles pelo Brasil inteiro, incluindo eventos em Belo Horizonte, Goiânia, Brasília e Vitória. Costurei para grandes nomes, como Helo Amado , Marta Rocha e Lélia Gonçalves Maia entre outras .Foram muitos anos dedicados à moda, o que me tornou conhecida no meio. Mais tarde, fui para a Globo e passei a vestir diversas celebridades. Um dos momentos mais marcantes foi quando criei o icônico vestido branco e dourado que a Xuxa usou em sua primeira aparição no Criança Esperança, saindo da nave. Foram 38 anos de trabalho intenso e apaixonado pela moda no Rio de Janeiro, deixando minha marca nesse universo fascinante. Revista do Villa | Regina Bogossian

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